Na sétima rodada de negociação, as empresas apresentaram nova proposta na Campanha Salarial de Jornais e Revistas da Capital, elevando a reposição inflacionária de 4,78% para salários de até R$ 10 mil e valor fixo de R$ 478 para os demais salários. A última proposta apresentada para a categoria propunha reposição da inflação (4,78%) para salários de até R$ 7 mil e aumento fixo de R$ 334,60, mas foi amplamente rejeitada pelos jornalistas (leia mais aqui).
Diante da nova proposta, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) volta às redações para consultar a categoria por meio de plebiscito, que acontece de 3 a 6 de dezembro tanto nas redações quanto na sede do SJSP. Desde o início da Campanha, o SJSP pleiteia o aumento real e, diante da dificuldade em avançar com a proposta, defendeu que ao menos a reposição inflacionária de 4,78% se desse em todos os salários. A atual proposta apresentada pelas empresas inclui a recomendação sugerida pelo Sindicato de que as empresas que puderem concedam correção de 4,78% para todos os salários, ampliando a possibilidade de ganho real para a categoria.
Do lado patronal, as empresas alegam que a proposta chegou ao seu limite, tendo, inclusive, empresas que se opõem ao valor proposto. Com isso, propõem que as diferenças salariais relativas à data base de 1º de junho possam ser pagas em até três parcelas, nos meses de janeiro a março de 2020.
A proposta reajusta as demais cláusulas econômicas em 4,78% e garante avanços nas cláusulas sociais com nova redação às cláusulas de assédio moral e assédio sexual, estabelecendo procedimento de denúncia e apuração com o objetivo de proteger as vítimas e a nova redação à cláusula de defesa judicial dos jornalistas, estabelecendo que as condições econômicas dos jornalistas sejam observadas desde o inicio dos processos que possam levar os profissionais a condenações solidárias às empresas.
Veja abaixo a entrada do SJSP nas redações: