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Sindicato insiste na inserção dos jornalistas entre os grupos prioritários de vacinação

Sindicato insiste na inserção dos jornalistas entre os grupos prioritários de vacinação

Jornalistas denunciam aglomeração dos profissionais de imprensa durante coletivas de imprensa do governo do Estado de São Paulo

Preocupado em preservar a saúde dos profissionais de imprensa, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) pleiteia, há meses, a inclusão dos jornalistas que seguem trabalhando presencialmente entre os grupos prioritários de vacinação.

Para garantir a vacinação de toda a categoria, os pedidos são feitos para o Governo do Estado de São Paulo e destacam que as equipes de reportagem, que entram em hospitais, cemitérios e aglomerações, depois, encontram-se com os colegas nos estúdios, salas de edição e na redação, aumento a possibilidade de disseminar o vírus entre os profissionais.

Levantamento da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) contabiliza a morte de 164 profissionais em todos o país, sendo o Estado de São Paulo um dos recordes com 22 mortes de março de 2020 a 6 de abril de 2021.

A responsabilidade em incluir os jornalistas entre os grupos prioritários de vacinação é do governo federal, que reconheceu o jornalismo como serviço essencial por meio do Decreto nº 10.288, de 2020. No entanto, não existe previsão para a vacinação dos profissionais de imprensa no Plano Nacional de Imunização (PNI). Com isso, o governo Bolsonaro abandona os jornalistas à própria sorte.

O presidente do SJSP, Paulo Zocchi, destaca que, para levar as informações necessárias para as pessoas, os jornalistas se expõem ao vírus e, por isso, as entidades sindicais reivindicam a vacinação prioritária da categoria. “Os jornalistas que estão em atividade presencial, como os repórteres que saem para a rua, vão a hospitais, a cemitérios e a outros locais, estão correndo risco e se expondo ao vírus e têm que ser vacinados para garantir a saúde dos profissionais e a permanência da atividade jornalística. Como atividade essencial, o jornalismo deve ser mantido a qualquer custo com um trabalho que exige se expor ao risco e, por isso, a necessidade da vacinação prioritária dos trabalhadores visa a garantir que essa atividade possa ser mantida de todas as formas”, disse Zocchi.

Desde janeiro de 2020, o SJSP pede ao Centro de Contingência do coronavírus do governo do estado de São Paulo a inclusão da categoria na vacinação regional, mas segue sem ser atendido. Foram diversos pedidos e, nas respostas, o Governo do Estado reitera o plano de vacinação já apresentado sem argumentar os motivos pelos quais não inclui a categoria entre os grupos prioritários.

Profissionais de imprensa que exercem profissão na rua seguem expostos, inclusive em coletivas de imprensa de órgãos oficiais / Foto: Marcelo Peireira / Secom Estado de SP

Além disso, o Sindicato cobra do governo estadual de São Paulo a adoção de medidas sanitárias compatíveis à pandemia durante as coletivas de imprensa do próprio governo, de outros órgãos e prefeituras. De acordo com denúncias dos profissionais de imprensa, os jornalistas e cinegrafistas precisam se aglomerar para que consigam as informações necessárias para as matérias jornalísticas. Para o SJSP, as condições de trabalho a que estão submetidos os jornalistas nestas coletivas é inaceitável. Imagens enviadas pelos próprios profissionais comprovam que as entrevistas com os órgãos governamentais têm provocado aglomerações, expondo os profissionais ao risco de contaminação e transmissão do vírus enquanto exercem sua profissão.

Coletivas de imprensa não garantem medidas sanitárias e expõem categoria ao risco

Como o apelo ao governo do estado tem sido infrutífero, resta a tentativa de incluir os jornalistas nos planos municipais. Por isso, o Sindicato solicita, nesta segunda-feira (31), uma reunião com o presidente da Câmara Municipal da capital, Milton Leite, e, nas grandes cidades do interior, as regionais já estão contatando as prefeituras e câmaras municipais para ampliar os esforços e tratativas que garantam a vacinação para a categoria. Em São José do Rio Preto, a regional solicitou à Prefeitura local e à Câmara Municipal a inclusão dos profissionais entre os grupos prioritários no município.

Mobilização nacional

Entendendo a necessidade de vacinar uma categoria considerada como serviço essencial durante a pandemia e que não foi incluída pelo governo federal no PNI, alguns governos estaduais e municipais estão incluindo os jornalistas entre os vacinados nos planos locais de vacinação.

Para ampliar o movimento pela vacinação dos jornalistas, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) lançou um abaixo-assinado virtual pela imunização da categoria. Para assinar, clique aqui.

O Brasil, de acordo com levantamento feito pela Fenaj, é o país com maior número de mortes de jornalistas em decorrência da covid-19.

A Fenaj também atua junto ao Congresso Nacional para que os jornalistas sejam inseridos, por meio de um Projeto de Lei, entre os grupos prioritários do PNI.

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