Na quarta rodada de negociação da Campanha Salarial de Rádio e TV 2017-2018, realizada na tarde desta segunda-feira (18) na capital paulista, a bancada dos jornalistas seguiu defendendo as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e também a reposição das perdas acumuladas na campanha anterior.
A soma das perdas sobre os salários e benefícios é de 5,7%, pois o reajuste de 2016 ficou abaixo da inflação e a CCT foi assinada após dois anos de congelamento devido à intransigência das empresas, que não fecharam acordo em 2015.
Por isso, a direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) propôs a reposição salarial e dos demais itens da pauta econômica em duas vezes, sendo 2,5% em 2017 e outros 1,95% para o próximo ano, e a proposta será avaliada pelas empresas para discussão nas próximas rodadas.
No início da negociação, os empresários registraram a retirada da contraproposta que aumentaria a jornada de trabalho dos jornalistas e também a que excluiria o direito à complementação dos salários dos profissionais que recebem auxílio-doença ou auxílio-acidente do INSS. Nestes dois casos, serão mantidas as cláusulas já existentes.
Quanto à contraproposta patronal para os demais itens, entregue na terceira rodada no último dia 12, o SJSP tem concordância com 26 das 46 cláusulas apresentadas pelas empresas, mas para os outros pontos a bancada dos jornalistas propôs emendas e a manutenção de conquistas já garantidas na CCT para defesa da categoria, sobretudo diante da reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) que vigora desde 11 de novembro.
Para dialogar com os jornalistas de rádio e TV sobre o que está em jogo nesta Campanha Salarial, os dirigentes do SJSP realizam assembleias por local de trabalho a partir desta quarta-feira (20) e as reuniões prosseguem após o final de ano, a partir de 5 de janeiro.
O intuito do Sindicato também é acelerar as negociações e as próximas rodadas ocorrem nos dias 9 e 16 de janeiro, na sede do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo (Sertesp), na zona oeste da capital paulista. Até lá, as cláusulas da atual CCT continuam vigentes.
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Escrito por: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Alterado em 21/12/2017, às 17h40, para atualização de informação.