O Sindicato dos Jornalistas (SJSP), o Sindicato dos Empregados em Administração dos Jornais e Revistas e a Federação dos Trabalhadores Gráficos assinaram um documento conjunto, destinado a Marcelo Batuíra, presidente em exercício do Sindicato de Jornais e Revistas do Estado de São Paulo (Sindijori).
As entidades representativas dos trabalhadores apelam pela imediata abertura das negociações salariais de cada categoria. No caso dos jornalistas, ainda não foi instalada a mesa de negociação mesmo a data-base já tendo passado há 5 meses.
A carta foi entregue por Thiago Tanji, presidente do SJSP, e pelos diretores da Regional Piracicaba, Patricia Sant'Ana (diretora regional), Adriana Ferezim e Martim Vieira, diretamente na sede do Jornal de Piracicaba, empresa presidida por Batuíra, na quarta passada (9/11). Ele não se encontrava, mas já respondeu, em ofício enviado por e-mail.
O presidente do Sindijori voltou a alegar que a diretoria da entidade patronal não está regularizada e não tem poder de representação. Ele alega se encontrar “de mãos atadas para dar início às negociações” e chega, inclusive, a pôr em dúvida a continuidade do Sindijori, “que se viu reduzido a muitos poucos associados, tornando o custeio deste Sindicato praticamente inviável”.
Para Thiago, seria possível ao Sindijori buscar alternativas para resolver ou contornar as dificuldades burocráticos se houvesse a determinação de garantir as negociações com cada uma das categorias. “Por isso é fundamental que os jornalistas se mantenham organizados junto ao Sindicato, participem das reuniões e mobilizações, para pressionarmos empresas e sindicato patronal a tomar providências imediatas. Pois, enquanto a entidade está há meses falando de suas questões burocráticas, o salário dos jornalistas segue corroído pela inflação, nesse momento de custo altíssimo de vida para a classe trabalhadora”, avalia o presidente do SJSP.
Relembre os passos da campanha salarial até aqui.
Visita às redações
Thiago e os diretores regionais também visitaram redações de Piracicaba. Eles estiveram na Jovem Pan News e na Câmara Municipal, além da Gazeta de Piracicaba, onde puderam conversar com os jornalistas sobre a decisão judicial do último dia 7. A Gazeta faz parte do grupo econômico condenado, em primeira instância, a pagar salários e outras verbas trabalhistas devidos há anos aos trabalhadores do Correio Popular, de Campinas. Veja aqui.