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Correio Popular: jornalistas continuam em greve após 24 dias

Correio Popular: jornalistas continuam em greve após 24 dias

A greve dos jornalistas da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC), que publica o Correio Popular, de Campinas, começou em 14 de fevereiro e completa 24 dias nesta sexta-feira (9), na paralisação que é a maior da história da categoria no estado de São Paulo. Os profissionais seguem de braços cruzados porque os salários continuam em aberto desde dezembro passado e a audiência com o Tribunal Regional da 15ª Região (TRT15-Campinas), no último dia 28, terminou sem acordo com a empresa.

Neste 6 de março, dirigentes da Regional Campinas do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) estiveram numa mesa redonda com a direção da RAC no Ministério Público do Trabalho (MPT), que investiga as irregularidades cometidas pela rede.

A audiência do MPT terminou sem avanços porque a proposta da empresa se limitou à continuidade dos pagamentos semanais de um quarto do salário mensal e do vale alimentação, e prazo de 30 dias para que outros débitos possam ser quitados, o mesmo que a rede propôs na audiência do dissídio de greve em 28 de fevereiro.

Além dos salários de dezembro, janeiro e fevereiro, a RAC deve o 13º de 2017, seis meses de vales refeição e alimentação, e quem saiu de férias nos últimos dois anos não recebeu um terço de salário adicional. Existem, ainda, irregularidades nos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que já fizeram a rede ser multada pelo Ministério do Trabalho, e no recolhimento do Imposto de Renda que, apesar de descontado em folha, não está sendo repassado à Receita Federal e vários jornalistas caíram na malha fina.

Enquanto a data do julgamento do dissídio não é definida no TRT15-Campinas, a continuidade da greve é o caminho de luta unificada dos jornalistas para pressionar a rede diante do tamanho da dívida com os trabalhadores e trabalhadoras.

Foto: Carlos Gilberto Roldão Estudantes da PUC Campinas apoiam grevistas

Ao longo das semanas de mobilização, é crescente o apoio da população campineira à paralisação dos jornalistas do Correio Popular. Nesta semana, o apoio veio dos estudantes de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, que fizeram cartazes e foto para prestar solidariedade aos grevistas, imagem que teve amplo alcance e dezenas de compartilhamentos nas redes sociais do Sindicato. 

Segundo Carlos Gilberto Roldão, professor de jornalismo da PUC Campinas, o corpo docente do curso iniciou uma arrecadação para os grevistas e, “quando os estudantes tomaram conhecimento da situação, organizaram espontaneamente uma campanha de solidariedade. Eles estão fazendo um movimento interno por iniciativa própria e, inclusive, estiveram em outras faculdades para que os alunos contribuam”, afirmou.

Bazar da Amizade

Todo apoio é importante para continuidade do movimento e, para ampliar a arrecadação ao fundo de greve, entre os dias 8 e 10 de março, os grevistas realizam o “Bazar da Amizade”, na Associação Campineira de Imprensa, na na Rua Barreto Leme nº 1479, no centro, com roupas, sapatos, acessórios, livros e diversos outros artigos doados em bom estado vendidos a preços simbólicos.

A gestão do dinheiro do fundo é feita pelos próprios grevistas e contribui com o pagamento emergencial dos trabalhadores e trabalhadoras. É possível colaborar depositando qualquer quantia na conta corrente abaixo:

Caixa Econômica Federal
Agência 4070
Conta corrente 1143-3
(caso o depósito ou transferência seja entre contas da Caixa, o código da operação é 003)
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
CNPJ 62.584.230.0001-00

Quem quiser também pode fazer doação de cestas básicas, que devem ser entregues na Regional Campinas do SJSP, na Rua Dr. Quirino nº 1319, no 9° andar, centro campineiro.

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