A Campanha Salarial de Jornais e Revistas da Capital 2018-2019 teve início no último dia 19, quando os dirigentes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) visitaram redações para fazer panfletagem e dialogar com os trabalhadores e trabalhadoras. A data base do setor é no próximo dia 1º de junho.
Neste documento, o SJSP disponibiliza a pré-pauta para que a categoria se aproprie do que está em debate e, até o próximo dia 20 de março, o Sindicato realiza reuniões para discutir, votar e aprovar as propostas.
Além do reajuste de salários e benefícios, para defender os jornalistas em tempos de reforma trabalhista o SJSP está propondo a inclusão de novas cláusulas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), entra as quais proibir a terceirização na atividade principal das empresas de comunicação e também o trabalho intermitente, modalidade de contrato na qual o jornalista fica à disposição do empregador, mas só recebe quando é chamado para trabalhar.
No trabalho intermitente, além da precarização em si, com incerteza quanto à própria remuneração, o profissional, se for convocado e não comparecer, ainda terá que pagar, em até 30 dias, uma multa equivalente a 50% do valor que receberia pelo serviço.
Proteção a todos os e as jornalistas
Na pré-pauta, o Sindicato também reivindica que a Convenção Coletiva seja aplicada a todos os jornalistas independentemente da faixa salarial, pois a reforma trabalhista criou a figura do “trabalhador hipersuficiente”, aquele com formação superior e salário maior que dois tetos da Previdência (pouco mais de R$ 11 mil) e que por isso poderá ser obrigado a negociar individualmente com os empresários.
Na campanha passada, foi criada uma Comissão Paritária para negociar pontos como o controle de jornada e a compensação de horas, mas os trabalhos não foram iniciados e o Sindicato busca retomar o debate.
Devido à reforma trabalhista, não existe mais a ultratividade, ou seja, a prorrogação dos efeitos da Convenção Coletiva enquanto o SJSP e o sindicato patronal negociam a renovação da CCT. Na prática, isso significa que a atual convenção é válida até 31 de maio e, por isso, é fundamental antecipar a entrega da pauta às empresas. O objetivo do Sindicato é fazer a entrega da pauta final com as reivindicações aos patrões em 22 de março.
Confira abaixo ou faça o download da pré-pauta clicando aqui.