O Sindicato denunciou, na quinta-feira (17), o risco de contágio por covid-19 na redação da Record em São José dos Campos, em razão de um colega, por ordem da empresa, trabalhar na redação mesmo testando positivo nos dias 12 e 14 de fevereiro.
Na quinta-feira (17), o Sindicato, que já havia cobrado da emissora, voltou a exigir ações urgentes, como o devido isolamento e afastamento do jornalista positivado e dos contactantes – ou seja, toda a redação.
O Sindicato também reivindicou testagem de todos os trabalhadores. Mas a redação passou por teste custeado pela empresa uma única vez, no dia 14, e continua trabalhando apreensiva.
A Vigilância Sanitária recebeu pedido de fiscalização dia 17 e não tomou providências, até agora.
Em protesto, na sexta-feira (19), o Sindicato denunciou, frente ao prédio da redação, a vulnerabilidade em que se encontram os jornalistas da Record em São José dos Campos e agora prepara outras medidas.
Está em jogo a saúde e a vida dos trabalhadores, mas o que interessa para um sistema de exploração é a roda girando.
Portaria
Em janeiro deste ano, o Governo Federal negacionista de Jair Bolsonaro lançou a Portaria n° 14, de 2020, que reduz o tempo de isolamento de pessoas infectadas e contactantes, flexibiliza o prazo de acordo com os sintomas, além de outros absurdos.
A medida serve apenas aos interesses das empresas, prejudica o combate à pandemia, despreza a saúde dos trabalhadores e até mesmo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que mantém a regra de isolamento mínimo de 14 dias. Por isso, a CUT subscreve ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja anulada a portaria.