Na última quinta-feira (24), o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) participou de mais uma rodada de negociação da Campanha Salarial de Rádio e TV, chamada pelas empresas.
A categoria, que se reuniu semanas antes em assembleia para debater os próximos passos da campanha, já havia decidido recusar a proposta patronal apresentada e reafirmaram o pleito pela reposição inflacionária nos salários (5,2%) e pela manutenção da PLR.
Na última sexta-feira (18), o SJSP também foi para a porta das empresas para dialogar com a categoria e enviou uma carta ao sindicato patronal exigindo uma resposta formal sobre a última proposta da categoria, que demonstra disposição em negociar e propunha:
– 5,2% de reajuste a partir de junho de 2021;
– abono de 21% a título de retroativo (3% ao mês, referente a dezembro de 2020);
– manutenção da PLR, com pagamento de 50% do valor referente a 2020.
Para o Sindicato dos Jornalistas, a convocação para esta nova rodada de negociação responde à reivindicação da categoria, mas na mesa de negociação as empresas reafirmaram a proposta anterior, estendendo o prazo para negociação até 15 de agosto. Dessa forma, as empresas propõem:
– 4,3% de reajuste, sendo 2,25% em julho e 2% em setembro;
– retirada da PLR da Convenção Coletiva de Trabalho;
– 14% de abono a título de retroativo (cerca de 2% ao mês, de dezembro de 2020 a julho de 2021);
Sem avanço concreto na proposta patronal que não seja no prazo de negociação, o Sindicato dos Jornalistas defende que é necessário buscar uma solução para a campanha e, principalmente, que resulte em uma organização e mobilização da categoria. Por isso, o SJSP está aberto a dialogar com os jornalistas em emissoras de rádio e televisão e debater a situação para garantir a manutenção dos direitos dos profissionais.