É silêncio o que os patrões de jornais e revistas da capital oferecem aos jornalistas do segmento na Campanha Salarial em curso. Quatro meses após a data-base, tudo que as empresas ofereceram foi metade da inflação. A última mesa de negociação entre o sindicato patronal e o Sindicato dos Jornalistas aconteceu em agosto e, desde lá, não houve mais nenhuma oferta das empresas ou disposição em dialogar sobre o reajuste da categoria e as demais cláusulas.
Enquanto isso, a categoria sofre com a escalada de preços.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Thiago Tanji, lembra que esta proposta já foi, inclusive, rejeitada pela categoria. “O conjunto dos jornalistas quer que as empresas voltem para a mesa para debater com uma proposta minimamente aceitável porque como está a categoria e o Sindicato entendem que é impossível. É um cenário difícil, mas os jornalistas vão brigar pelo que têm direito”, destacou.
O reajuste de 4,45%, aliás, vale apenas para salários de até R$ 10 mil. Acima desse valor, os salários recebem recomposição fixa de R$ 445. O índice oferecido corresponde a metade da inflação no período, que foi de 8,9% de acordo com o INPC.
Sem recompor os salários com a inflação, os patrões ainda querem retirar a multa da PLR da convenção. Atualmente, redações que não tem programa de participação nos lucros e resultados pagam uma multa de R$ 791,90 aos funcionários.
A indisposição de negociar vai além das cláusulas econômicas. A reivindicação de que as mulheres jornalistas gestante e adotantes tenham seis meses de licença-maternidade e os homens, 20 dias de licença-paternidade também não avançou.
Em nome da categoria, o Sindicato protestou em frente à Folha de S. Paulo e fez uma ação nas redes sociais, mas até agora tudo que a categoria tem é metade da inflação e nada mais.
O SJSP precisa de você!
Para que o Sindicato dos Jornalistas de SP continue a desenvolver o seu trabalho em defesa dos interesses da categoria, é fundamental a participação de tod@s na construção e no fortalecimento da entidade. Sindicalize-se! A mensalidade é de 1% do salário (com teto de R$ 60 na capital e de R$ 38 no interior) ou de R$ 60 e R$ 38 fixos (capital e interior) para quem não tem vínculo empregatício. O processo de sindicalização é online. Veja aqui.