Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Logo da Federação Internacional de Jornalistas
Logo da Central Única dos Trabalhadores
Logo da Federação Nacional de Jornalistas

Nota do SJSP contra as agressões à imprensa em São Bernardo do Campo

Nota do Sindicato dos Jornalistas de SP contra as agressões à imprensa em São Bernardo do Campo

Diante das intimidações e agressões sofridas por algumas equipes de reportagem na cobertura da prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) tem o dever de informar e esclarecer o que segue:

1 – Condenamos qualquer tipo de violência contra os jornalistas, que são trabalhadores em pleno exercício profissional. Qualquer agressão ou tentativa de censurar a esses profissionais é incoerente com a nossa defesa da democracia e das liberdades de imprensa e de expressão;

2 – Lamentamos que alguns poucos manifestantes – mesmo com todo o espaço que a organização da manifestação, a partir da CUT, deu publicamente para a questão do respeito aos jornalistas – não consigam diferenciar os trabalhadores e trabalhadoras dos donos das empresas de comunicação;

3 – Registramos que, desde quinta-feira à noite (5), dirigentes do SJSP estiveram presentes junto à imprensa, dialogando com os manifestantes e intervindo sempre que possível, no que contamos com o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Registramos, ainda, que, ao contrário do que está sendo divulgado, não houve qualquer incitação à violência contra os jornalistas no discurso de Lula ou de dirigentes do PT. Ao contrário, a denúncia foi justamente contra os “donos” da mídia tradicional, que fazem parte do golpe político, jurídico e midiático desde 2016;

4 – Essa situação lamentável é resultado também da política das empresas de comunicação, que são protagonistas do golpe, e que adotam uma linha editorial de hostilidade contra as organizações populares;

5 – Tais empresas, que protagonizaram o golpe, o fazem inclusive porque querem aplicar as “reformas” contra os seus trabalhadores. Hoje mesmo, os jornalistas de Rádio e de TV do estado de São Paulo estão sem piso salarial e outros direitos, desde 20 de janeiro. As empresas também querem cassar a cidadania de seus jornalistas, achando que podem impedir que os profissionais expressem livremente suas convicções políticas (nos perfis pessoais de redes sociais, ou em manifestações);

6 – Para impedir que casos de agressão e tentativas de censura se repitam é preciso que se retome a  democracia, o que só será possível com Lula livre e com a garantia de o povo brasileiro poder votar legitimamente nas eleições de 2018.

São Bernardo do Campo, 7 de abril de 2018.

Direção – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo

 

veja também

relacionadas

mais lidas

Pular para o conteúdo