“Se a gente não se mobilizar e fizer pressão ou vai demorar muito para fechar a negociação como o ano passado e o reajuste vai ser insuficiente diante da inflação ou vai ficar uma situação muito difícil para toda a categoria porque as empresas só oferecem 5% de reajuste salarial”. Com esse alerta, o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Thiago Tanji, iniciou as assembleias desta quarta-feira (9) na campanha salarial de rádio e televisão.
Alguns jornalistas se posicionaram durante a assembleia e pontuaram que não é possível retroceder neste momento, reafirmando a necessidade em manter a reivindicação com o reajuste salarial pela inflação (de 10,95%, de acordo com o INPC) retroativo à data-base, em dezembro.
Com assembleias representativas nas quais a participação da categoria tem crescido, o Sindicato apoia a decisão da categoria em não dar nenhum passo para trás.
Na assembleia, a categoria aprovou nova contraproposta às empresas, conforme segue:
– reajuste de 10,95% na data-base (1º de dezembro)
– retorno das cláusulas de PLR/abono nas fundações
– negociação da cláusula de alimentação e refeição (11ª)
– negociação da cláusula sobre reembolso funeral (15ª)
– negociação da cláusula de auxílio creche (16ª)
– negociação da cláusula de seguro de vida (17ª)
– negociação da cláusula de viagem (29ª)
– negociação da cláusula sobre controle de jornada (32ª)
– negociação da cláusula sobre contribuição ao Sindicato (39ª)
Mobilização e resistência
Por meio de um calendário de mobilização, que começa nesta quinta-feira (10), o Sindicato aposta no enfrentamento e na resistência como palavra de ordem tanto na capital quanto nas regionais.
O primeiro ato está marcado para quinta-feira na porta da TV Record, em São Paulo e segue por outros dias e em outras emissoras até culminar no dia 16 de fevereiro, dia do repórter. Neste dia, a mobilização contará com engajamento da categoria, que deve se vestir de preto por salários e dignidade.