Celebrado nesta quarta-feira (16), o Dia do Repórter foi dia de luto e de luta para os jornalistas do segmento de rádio e tv. Em uma dura campanha salarial, na qual a categoria reivindica o reajuste pela inflação (10,95%) e a volta da PLR e os patrões oferecem apenas 5%, os e as jornalistas se mobilizaram e demonstraram união, vestindo-se de preto.
O Sindicato dos Jornalistas no Estado de São Paulo (SJSP) demonstrou disposição em representar a categoria e esteve na porta de emissoras no interior e na capital. Mais uma vez de sacolas vazias, o SJSP deu o recado: sem reajuste não dá!
Em Campinas, todos os diretores da Regional manifestaram-se em frente da EPTV. “Estivemos na porta da EPTV e, mesmo com 70% da categoria em home office, foi possível fazer a abordagem e conversar com os jornalistas. Foi importante a nossa presença e reforçamos nossas reivindicações: os 10,95% de reajuste salarial e a volta da PLR para convenção coletiva”, disse Marcos Alves, diretor da regional Campinas.
Na capital, o ato concentrou-se na porta da TV Globo, que ficou repleta de sacolas vazias, resultado da inflação alta que desidratou o salário dos profissionais. “A categoria entrou em campo e recebemos diferentes relatos sobre a boa adesão ao dia de vestir uma roupa preta, como protesto silencioso e maneira de mostrar aos patrões a nossa união e determinação em reconquistar a PLR e lutar pelo reajuste de 10,95%, para que não tenhamos perdas em nossos salários”, disse o presidente do SJSP, Thiago Tanji.
O ato em São Paulo contou com o apoio do Sindicato do Radialistas no Estado de São Paulo.
O Sindicato avalia as manifestações realizadas nesta quarta-feira (16) de maneira positiva. “Todas as jornalistas e os jornalistas que trabalham nas emissoras de rádio e televisão estão de parabéns e agora esperamos que as empresas retornem às negociações com uma proposta viável para continuarmos nosso diálogo”, apontou Tanji.
No Rio de Janeiro, o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio também marcou presença em frente à Rede Globo com sacolas vazias. Os colegas cariocas enfrentam as mesmas dificuldades em negociar na campanha salarial em curso.