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Jornalistas salvam vidas, são categoria essencial e lutam por salários e dignidade: carta aberta às emissoras de rádio e televisão do Rio de Janeiro e de São Paulo

Jornalistas salvam vidas, são categoria essencial e lutam por salários e dignidade: carta aberta às emissoras de rádio e televisão do Rio de Janeiro e de São Paulo

Nós, jornalistas, ouvimos recorrentemente que nosso trabalho é atividade essencial. Uma afirmação que se provou mais do que verdadeira durante os dois anos de cobertura da pandemia. Nas mensagens das chefias e nos comunicados de executivos para o mercado de anunciantes, o elogio ao nosso trabalho é sempre lembrado. Mas o tapinha nas costas não basta. Como trabalhadoras e trabalhadores, exigimos salário digno e a garantia de direitos, como a PLR. 

Nos últimos anos, temos passado por negociações muito difíceis, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo. As maiores empresas de comunicação do país estão instaladas nas duas cidades e têm papel fundamental para garantir a reposição dos salários pela inflação e resgatar conquistas históricas, como no caso da PLR. Infelizmente, essa não é a postura adotada nas mesas de negociação. 

Não é segredo para ninguém que o setor de rádio e televisão foi o menos afetado nos últimos anos em comparação com as demais empresas jornalísticas, como aquelas de publicações impressas. Mesmo diante de novas conjunturas e possibilidades, as emissoras vêm investindo em novos programas, tecnologias e conta com resultados financeiros robustos e significativos – como os próprios executivos apresentam ao mercado. 

Infelizmente, se da porta para fora as companhias esbanjam mensagens positivas, a realidade é bem diferente na hora de negociar os reajustes da nossa categoria. No Rio de Janeiro a inflação bateu 10,6%. Em São Paulo, o índice é de 10,95%. Mas as empresas insistem em apresentar reajustes que não chegam à metade dessa inflação. E se recusam a discutir outras cláusulas para aprimorar e fortalecer direitos. 

Não é preciso ser jornalista e lidar diariamente com informações para saber que os nossos atuais salários já não dão conta do custo de vida. Houve aumento (acima do índice do INPC) nos alimentos, nos aluguéis, nos combustíveis e nos demais serviços essenciais. Se já era difícil fechar as contas no final do mês, agora essa tarefa é praticamente impossível. 

Temos certeza de que os patrões reconhecem a importância central de nosso trabalho e sabem que, sem os jornalistas, não há sentido dessas empresas existirem. Portanto, nada mais coerente do que garantir o reajuste salarial para devolver o poder de compra e manter os direitos conquistados nos anos anteriores. Desejamos resolver essa situação o quanto antes e estamos preparados para aumentar a mobilização caso nossas reivindicações continuem a ser deixadas de lado. Assim como o nosso trabalho, defender nossos salários também é uma tarefa essencial.

Jornalistas do Rio de Janeiro e de São Paulo

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