Reunidos em assembleias online nesta quarta-feira (19), jornalistas do segmento de rádio e TV debateram os rumos da Campanha Salarial em curso e aprovaram por unanimidade a manutenção das 32 cláusulas já presentes na Convenção Coletiva e reivindicam a reposição da inflação (10,95% do índice INPC), mais 2% de perdas salariais anteriores, pagos retroativamente à data-base. O restante das perdas salariais acumuladas, os jornalistas propõem negociar na próxima campanha.
A categoria reivindica ainda a inclusão de cláusulas que abordam temas como abono das Fundações e PLR; questões de saúde e segurança do trabalho como o fornecimento de equipamento de segurança, risco de morte e motolink; a garantia de direito às mulheres por meios das cláusulas de assédio moral e proteção à vítima de assédio sexual, bem como acúmulo de função e teletrabalho.
A próxima rodada de negociação com o sindicato patronal acontece na próxima quarta-feira (26).
Nas próximas semanas, o Sindicato deve iniciar uma campanha de mobilização pelas redes sociais a pedido dos profissionais, na qual denunciará a intransigência das emissoras que estão lucrando enquanto os jornalistas podem sofrer arrocho salarial.
De acordo com informações da imprensa, a Rede Globo tem R$ 12,5 bilhões em caixa e a Band deve lucrar, apenas em janeiro, R$ 80 milhões. A maior parte das emissoras lucrou com o aumento da audiência durante a pandemia, mas segue oferecendo apenas 4% de reajuste aos seus profissionais frente a uma inflação de 11%.