A Campanha Salarial 2019-2020 de Jornais e Revistas do interior e litoral segue sem avanços na terceira rodada de negociação desta quarta-feira, dia 10, e as empresas pediram mais dez dias para apresentar a proposta econômica de reajuste salarial. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP) reiterou, durante a negociação, a importância da reposição da inflação com ganho real. Paulo Zocchi, presidente do Sindicato, destacou que “na negociação do ano passado houve reajuste e a inflação disparou no mês seguinte”.
Com a queda da Medida Provisória 873, que impedia o desconto em folha de pagamento da contribuição assistencial feita pelos jornalistas não sindicalizados, o SJSP propôs a manutenção da cláusula na Convenção Coletiva com a atual redação. “O Sindicato está fazendo um trabalho para que os jornalistas se sindicalizem e deixem de pagar a taxa assistencial”, disse Zocchi.
O Sindicato levantou ainda a proposta de vigência das cláusulas sociais por dois anos, mantendo apenas negociação das cláusulas econômicas em 2020. Para o secretário do interior, José Eduardo de Souza, “a manutenção das cláusulas sociais por dois anos vai garantir direitos aos jornalistas e trata-se de um ganho importante diante da conjuntura atual.” As empresas ficaram de avaliar a proposta e sugeriram que a redação assegure negociação de cláusulas sociais antes do prazo determinado em caso de alteração na legislação vigente.
O sindicato patronal avaliará, nos próximos dias, o pleito dos jornalistas de manutenção das cláusulas sociais por dois anos. Em dez dias, o sindicato patronal se comprometeu apresentar uma proposta econômica e a resposta em relação aos demais itens negociados. A partir dessa resposta, o SJSP definirá os próximos passos da Campanha.