Os patrões de jornais e revistas da capital continuam a demonstrar intransigência e pouca disposição ao diálogo nas negociações da campanha salarial 2021/2022. Em reunião realizada na última sexta-feira (20 de agosto), as empresas apresentaram um reajuste de 4,45% para salários até R$ 10 mil; para salários acima desse valor, haveria uma recomposição fixa de R$ 445. O índice de 4,45% corresponde à metade da inflação oficial calculada pelo INPC entre junho de 2020 a maio de 2021.
Além disso, o sindicato patronal quer retirar a multa da PLR da convenção coletiva (atualmente, redações que não têm um programa de PLR são obrigadas a pagar multa de R$ 791,90 aos funcionários). Para as demais cláusulas econômicas, como auxílio-creche e vale-refeição, a proposta de reajuste segue os 4,45%.
Não houve avanço na reivindicação de que jornalistas gestantes e adotantes tenham direito a seis meses de licença-maternidade (para os jornalistas, a licença-paternidade ficaria em 20 dias). A cláusula que discute o home office — com o controle de jornada e recebimento de R$ 250 reais mensais a título de reembolso das despesas — também não foi abordada pelas empresas.
Para discutir como a categoria responderá à tentativa de arrocho salarial das empresas, o Sindicato dos Jornalistas convoca uma assembleia para a próxima sexta-feira (27 de agosto), às 10h.
É muito importante que o maior número de profissionais participe dessa reunião, demonstrando a união e a força da categoria em resistir à tentativa das empresas de retirar direitos e impor perdas em nossos salários. Diante de uma inflação crescente, sentimos no bolso a perda do poder de compra de nossos rendimentos.
O link para a assembleia será distribuído nos grupos de WhatsApp das redações, mas é possível pedir o link enviando uma mensagem para (11) 98289-7205.