O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) realiza na próxima semana plebiscito nas redações para votar a proposta patronal para a Campanha Salarial 2019- 2020. As empresas do segmento de jornais e revistas da Grande São Paulo, do interior e litoral propuseram a reposição inflacionária nas cláusulas econômicas. Sendo assim, pisos salariais, salários, auxílio-creche, vale-refeição e PLR serão reajustados em 4,78%, conforme o índice INPC acumulado no período de 1º de junho de 2018 a 31 de maio de 2019.
O patronal propõe ainda que a diferença salarial retroativa a 1º junho de 2019 (junho e julho) seja paga nos meses de janeiro e fevereiro de 2020.
O SJSP ressalta que a luta pela garantia da reposição inflacionária é muito importante, uma vez que a primeira proposta patronal era de reajuste zero.
Agora, a categoria será consultada, por meio de plebiscito nas redações, a respeito se aceita ou não a proposta patronal.
A Campanha Salarial está na quarta rodada de negociação e estendeu a vigência da convenção anterior para garantir os direitos dos jornalistas. A medida é necessária já que a reforma trabalhista determinou que as convenções deixam de valer no último dia. A data-base da categoria é 1º de junho.
Diante da atual conjuntura e da dificuldade em avançar na proposta, a direção do Sindicato recomenda que a categoria aceite o reajuste oferecido.
Outras cláusulas
Além da reposição inflacionária, as empresas de jornais e revistas da Grande São Paulo, do interior e litoral acataram a proposta de incluir multa por atraso no pagamento do 13º salário e nas verbas de rescisão na proporção de 1/90 avos do salário do trabalhador afetado a partir do 11º dia até o limite da obrigação principal.
A proposta também prevê a manutenção das cláusulas sociais vigentes na convenção coletiva 2018-2019, como estabilidade para gestante e diária de viagem.