Quase 170 jornalistas que trabalham nas emissoras de rádio e televisão de São Paulo estiveram reunidos em assembleia na última quinta-feira e deram um recado claro aos patrões do segmento: rejeitam a proposta enviada pelas empresas nesta semana.
Por 144 votos a 17, a categoria rechaçou a tentativa patronal de oferecer um reajuste de apenas 5,5%, frente a uma inflação de 10,96% na data-base de dezembro de 2021. As empresas também ofereceram um abono de 38% do salário de março, referente a um “retroativo” de 9,5% dos últimos meses.
Como contraproposta, as e os jornalistas reunidos aprovaram o seguinte pleito, que será enviado às emissoras:
*- 1ª parcela do reajuste, de 5,5%, em abril, com abono de 43,84%
– 2ª parcela do reajuste, de 5,18%, em agosto, com abono de 20,72%
Cláusula de PLR: empresas com mais de 10 jornalistas devem procurar o SJSP para negociar a PLR em um prazo de dois meses após o fechamento da CCT. Em caso de não abrirem negociação, penalidade de um salário nominal.*
Com a participação de jornalistas de todas as grandes emissoras do estado, a assembleia deixou claro que reajustar os salários pela inflação é condição mínima para garantir dignidade à categoria.
Apesar de todas as dificuldades, a disposição para resistir e demonstrar a união de todas e todos é sinal de que a mobilização deve se ampliar nas próximas semanas. Firmes na luta!