Reunidos em uma assembleia virtual na manhã desta terça-feira (23), jornalistas do segmento de jornais e revistas da capital decidiram por estender a validade da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) até 31 de dezembro de 2020. Apesar do adiamento da campanha salarial e do início das negociações, a Convenção Coletiva do segmento se mantém com a data-base em 1º de junho.
A assembleia levou em consideração a revalorização do jornalismo com a pandemia, fato que tem elevado o número de assinaturas e acesso aos portais dos jornais e revistas conforme divulgação das empresas. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) pretende acompanhar essas informações para embasar as próximas negociações.
O Sindicato dos Jornalistas já informou o sindicato patronal sobre a decisão da categoria e agendou a primeira rodada de negociação para a primeira quinzena de novembro. O aditivo que estende a validade da CCT deve ser assinado brevemente pelas partes.
A CCT do segmento tem 71 cláusulas, sendo que a maioria tem validade de dois anos. Em 2020, o SJSP negociará apenas as cláusulas econômicas, como piso salarial, auxílio-creche e vale alimentação.
O Sindicato ponderou, em maio, a dificuldade em realizar uma campanha salarial neste momento de pandemia com isolamento social e em que a maioria dos profissionais se encontram com acordos vigentes para redução de jornada e salário, por isso havia proposto ao sindicato patronal a prorrogação da CCT até setembro de 2020.
Em resposta ao SJSP, o sindicato patronal apresentou duas possibilidades para a categoria: a prorrogação da CCT até o final de 2020 com manutenção da data-base ou a renovação das cláusulas econômicas por um ano com reajuste zero.