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Campanha fecha com 8,5% de reajuste

Campanha fecha com 8,5% de reajuste

Sindicato chama jornalistas para maior participação em assembleias e mobilizações / Foto: Divulgação

A campanha salarial de jornais e revistas do Interior é encerrada após meses de esforço da categoria em negociar na defesa da reposição salarial para suportar o aumento do custo de vida. O desfecho é positivo em relação a campanhas salariais de outros segmentos, mas foi marcado por atitude oportunista dos patrões, que negaram 0,4% que completariam os 8,9% pelo INPC – índice historicamente praticado há mais de 20 anos nas negociações.

Os jornalistas defenderam a recomposição salarial pelo índice historicamente utilizado em campanhas salariais de categorias de trabalhadores. O sindicato patronal (SindJori) , no entanto, chegando à reta final da campanha, lançou cartada insensata ao usar como referência o índice IPC-Fipe, cujo percentual medido no período é menor, de 8,5%.

Na assembleia que encerrou a campanha, dia 16, os jornalistas, por entenderem que não seria interessante estender a negociação por mais tempo, manifestaram disposição em aceitar o oferecido pelo patronal: 8,5% de reajuste, a partir de setembro, nas cláusulas econômicas, exceto no seguro e na PLR, a ser paga até 30 de maio de 2022; e manutenção da convenção anterior. Mas decidiram, numa última tentativa de sensibilizar o patronal, aprovar o envio de uma carta ao SindJori propondo 0,4% adicional para 1 de janeiro de 2022. Os patrões negaram.

Após aceitar o encaminhamento da assinatura da Convenção Coletiva, na última sexta-feira (17 de setembro), o Sindicato solicitou que o SindJori avisasse às empresas de sua base a realizarem o reajuste salarial ainda na folha de pagamentos de setembro. Ontem, 20 de setembro, os jornalistas realizaram uma nova cobrança para que as empresas assinem o quanto antes o documento que rege as cláusulas econômicas e sociais de nossa atividade profissional.

Daqui pra frente
“O SJSP fez o bom combate até o limite, mesmo sem composição de mesa da parte do patronal, como manda o protocolo contemporâneo de negociação entre patrões e trabalhadores”, afirma a secretária do Interior, Solange Santana, que observa: “Fechamos com pontos positivos comparando com campanhas em outros segmentos, ou mesmo categorias. Mas no cenário perverso imposto pela política econômica do governo Bolsonaro precisamos já pavimentar o terreno para a próxima data-base termos melhores condições de negociação. Isso passa pelo fundamental engajamento da categoria, que precisa participar mais das assembleias e mobilizações do Sindicato”.

Para o presidente do SJSP, Thiago Tanji, é hora de já iniciar a próxima campanha salarial do segmento, que também provavelmente será travada em uma difícil conjuntura. “Faço o convite para que as jornalistas e os jornalistas que trabalham em empresas de jornais e revistas nas cidades do litoral e do interior conversem com o nosso Sindicato para que possamos organizar reuniões e entender a realidade de cada redação. Assim, conseguiremos ampliar as nossas reivindicações e avançar em nossa luta.”

Porque INPC
O supervisor técnico do escritório regional Dieese no Estado de São Paulo, Victor Pagani, explica que o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), pesquisado pelo IBGE, é o índice de inflação mais usado nas campanhas salariais em todo o País há anos porque teve sua metodologia desenvolvida justamente com objetivo de corrigir o poder de compra dos salários. “O INPC mede as variações de preços da cesta de consumo das famílias com rendimentos de um a cinco salários mínimos, cuja pessoa de referência é assalariada, residentes nas áreas urbanas das regiões de abrangência do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC). Importante dizer também que o INPC tem, como unidade de coleta, estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionária de serviços públicos e internet”.

Já o IPC da FIPE, esclarece Victor, “é um Índice de Preços ao Consumidor do Município de São Paulo que estima as variações do custo de vida das famílias paulistanas com renda familiar entre um e dez salários mínimos”.

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