Em decisão histórica para os jornalistas profissionais de São Paulo, a categoria decidiu em assembleia virtual nesta sexta-feira, 29, pela paralisação em 10 de novembro. Os cerca de 200 participantes não aceitaram a proposta das empresas de jornais e revistas da Capital. “A assembleia pode ser considerada histórica. A proposta dos patrões está muito longe da reivindicação da categoria, ainda mais nesta situação cada dia mais difícil que vivemos”, avaliou o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Thiago Tanji.
Em reunião ontem, 28, as empresas seguiram com a proposta de reajuste de 5% para salários de até R$ 10 mil, sendo R$ 500,00 fixos para quem ganha acima disso. Também não houve avanço com relação ao PLR, que segue sem qualquer reajuste. A contraproposta dos jornalistas defende um reajuste de 5%, a partir de junho de 2021, e outro de 3,72% em novembro, além da manutenção da multa da PLR, com reajuste de 8,9% de recomposição inflacionária.
A partir de agora, a direção do sindicato vai levar a posição da categoria para as empresas e iniciar o processo de mobilização. “Foi uma vitória importante e histórica para os jornalistas, que precisa contar com toda unidade da categoria. Unidade, aliás, que já pôde ser vista na assembleia de hoje, tanto na adesão da categoria quanto na qualidade das discussões”, disse Tanji. O ato de paralisação em 10 de novembro deve ser de duas horas. Mas na próxima sexta-feira, 5.11, está programada nova assembleia onde serão debatidos os próximos passos do movimento.