A assembleia de jornalistas do segmento de rádio e TV, realizada na última sexta-feira (15) em duas sessões, rejeitou a proposta patronal para a campanha salarial 2020-2021. As empresas ofereceram somente 2% de reajuste nas cláusulas econômicas, pagos a partir do mês seguinte ao do fechamento do acordo. Além disso, querem retirar a PLR ou abono da Convenção e se recusam a negociar os dois pontos das cláusulas sociais (teletrabalho e escala de fim de semana) reivindicados pela categoria.
A posição do sindicato patronal foi debatida nas duas sessões da assembleia, que contaram com presença significativa.
A ampla maioria dos jornalistas foi favorável a apresentar uma nova contraproposta, retirando a reivindicação de aumento real de 1,5%. Foi então mantido o pleito de reajuste das cláusulas econômicas pela inflação do período (5,2%), retroativo à data-base da categoria, em 1º de dezembro, sem a exclusão da PLR ou abono. Reafirmou-se também a reivindicação de negociar as cláusulas de teletrabalho e escala.
Para os jornalistas, o pleito é justo diante da situação em que a carga de trabalho cresceu durante a pandemia e garantiu a melhora na audiência das emissoras além de aumentos no número de anúncios. Parte da categoria teve até mesmo redução de salários no período e colegas sofrem o risco de contaminação pelo coronavírus em virtude da necessidade de realizar a apuração de informações sobre a pandemia. O trabalho jornalístico foi considerado atividade essencial pelo Decreto 10.329, de 28 de abril de 2020.
Nesta segunda-feira (18), o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) encaminhou a contraproposta da categoria, solicitando antecipação da próxima rodada de negociação, que está marcada para o dia 27 de janeiro.