Dados das contas do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) no primeiro semestre registram a continuidade da situação de déficit, com as despesas superando as receitas em aproximadamente R$ 155 mil. Entre janeiro e junho, a arrecadação total da entidade foi de R$ 1,3 milhão, enquanto os gastos somaram R$ 1,45 milhão, como pode ser visto no resumo do balancete. [Clique aqui para acessar]
Esse resultado não significa que tenhamos ficado com a conta negativa no banco, porque o exercício passado (2021) deixou um saldo de aproximadamente R$ 200 mil. Demonstra, porém, que o Sindicato opera atualmente no limite, com dificuldades até mesmo para manter em ordem os pagamentos do dia a dia. Por isso, serve de alerta a toda a categoria, que precisa se mobilizar de forma coletiva para manter o Sindicato de pé e com capacidade de trabalho.
Entre julho e agosto, por exemplo, tivemos de atrasar alguns pagamentos. Iremos também fazer o parcelamento de parte dos tributos devidos, o que levará ao início de uma nova dívida, inevitável no momento atual. Se a situação não for revertida rapidamente, pode-se colocar até mesmo a necessidade de empréstimos bancários, o que está sendo evitado, até agora, em razão das altas taxas de juros.
Explicações sobre o resultado
Uma informação importante é que, no orçamento aprovado para este ano, já havia uma previsão de saldo negativo no semestre, mas num valor menor, de aproximadamente R$ 125 mil. A elevação do déficit teve como fator central a arrecadação mais baixa de mensalidades. O resultado de R$ 646,8 mil nas mensalidades é cerca de R$ 43 mil inferior ao orçado para o período de seis meses.
Outras receitas previstas para o período não entraram, como o valor de uma vaquinha virtual para custear a implantação da biblioteca e do centro de documentação do Sindicato. Essa vaquinha será realizada, mas seu início sofreu atraso em relação ao planejado anteriormente.
Nas despesas, realizamos cortes e deixamos de investir em algumas iniciativas, o que resultou em economias de R$ 54 mil no semestre. Se não conseguirmos elevar a arrecadação rapidamente, seremos obrigados a realizar novos cortes, o que traria prejuízo ao trabalho do Sindicato, cuja estrutura já é bem enxuta para dar conta de atividades em todo o estado de São Paulo.
Solução está na categoria
A principal solução para os problemas enfrentados está na sindicalização de novos e novas jornalistas, assim como na ressindicalização de quem se desligou e pode voltar a fazer parte do quadro de associados. Iniciamos uma campanha de sindicalização, com a ousada meta de termos 500 novos sindicalizados/as até dezembro. Temos certeza de que é a categoria que poderá defender e sustentar financeiramente o Sindicato.
A mensalidade ao Sindicato é acessível. Para quem tem vínculo empregatício, por exemplo, o valor é equivalente a apenas 1% do salário bruto (com teto de R$ 70,00 na capital e de R$ 45,00 no interior, Grande São Paulo e litoral). Profissionais sem vínculo empregatício pagam um valor fixo: R$ 60,00 na capital e R$ 40,00 no interior, Grande São Paulo e litoral.
É um valor relativamente baixo para manter a entidade que, no momento, se desdobra para conduzir três duras campanhas salariais, nas quais as empresas se recusam a conceder o reajuste pelo índice da inflação nos salários. E que, no momento em que ingressamos numa tensa campanha eleitoral, realiza esforços para defender a categoria contra a violência.
Outras medidas para elevar as receitas são a realização da vaquinha virtual e a elevação do número de sindicalizados/as que pagam mensalidades solidárias – ou seja, uma contribuição suplementar à mensalidade normal. Como referência, o Sindicato sugere os valores de R$ 100,00 na capital e de R$ 60,00 no interior, Grande São Paulo e litoral.