Na última segunda-feira, cerca de 375 trabalhadores, ligados ao Newspaper Guild de Nova Iorque – sindicato de trabalhadores dos media – fizeram uma paralisação, em frente ao edifício do New York Times, em Manhattan, contra a possibilidade de cortes nos contratos de compensações e benefícios.
Este protesto surge posteriormente a uma reunião de 200 funcionários, no dia 24 de setembro, onde foi discutida a necessidade de se organizar uma acão coletiva para demonstrar o descontentamento à direção do Jornal.
As negociações entre o Newspaper Guild de Nova Iorque e os negociadores do New York Times sobre salários, pensões e seguros de saúde estão ainda pendentes.
Segundo o sindicato, os contratos propostos pelo New York Times Company implicam uma abrupta redução nos salários e benefícios. Os contratos anteriores expiraram há 18 meses e os trabalhadores estão sem contrato desde então.
Os funcionários contestam a separação dos contratos para os trabalhadores do digital e para os do papel, assim como o congelamento das pensões. Grant Glickson, representante do Newspaper Guild de Nova Iorque no New York Times, declarou que esta paralisação representa o começo de uma série de protestos que irão ser realizados para que a empresa atenda às reivindicações dos trabalhadores.
As atitudes a que se refere Glickson incluem enviar uma carta ao editor Arthur Sulzberg Jr., à editora executiva Jill Abramson e ao futuro CEO Mark Thompson, onde os trabalhadores fazem o seguinte apelo: “Imploramos-vos: não deixem que o New York Times se aproxime ainda mais deste abismo.”
A paralisação não foi o primeiro protesto no New York Times devido ao término dos contratos. No início deste ano houve um protesto silencioso à porta de uma reunião dos principais editores e igualmente uma manifestação por ocasião o encontro anual dos acionistas da empresa.
Adaptado do site Acontecendo