Durante ascensão da pandemia de coronavírus, o Grupo A Tribuna obriga os jornalistas do impresso, que atualmente trabalham em home office, a voltar à redação. Os profissionais não querem retornar porque sabem dos riscos. A Baixada Santista tem 24.549 casos confirmados de covid-19, com 1017 óbitos. Em Santos, onde localiza-se a redação, 9.275 pessoas já foram infectadas e 379 mortes são contabilizadas.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) promoveu uma série de assembleias com os jornalistas e tentou conversar com a empresa para evitar o retorno. Por isso, enviou uma carta à direção levantando várias questões e encaminhando reivindicações, conforme as decisões tiradas em assembleias da categoria:
– Reafirmamos ser inadmissível que os jornalistas que atualmente trabalham em regime de home office, por conta da pandemia de coronavírus, retornem à redação enquanto a curva da pandemia estiver ascendente. Os profissionais estão mantendo a produção em suas casas e não há justificativa suficiente para expor os jornalistas a tamanho risco, tanto no deslocamento para a empresa, como dentro dela.
– As medidas destacadas pela empresa no prédio do Grupo A Tribuna e no espaço da redação são insuficientes para garantir condições seguras para os profissionais que seguem na redação, como editores, fotógrafos e diagramadores. Medidas adicionais de proteção são urgentes, independente do retorno do pessoal que está em home office.
– O retorno dos jornalistas que estão em home office à redação agrava ainda mais a situação de risco nas instalações do grupo, o que torna impossível esse retorno ser minimamente seguro sem planejamento transparente.
Diante do exposto, o SJSP, representante legítimo dos jornalistas do Grupo A Tribuna, reivindica a elaboração de um plano de retorno dos jornalistas que estão em home office com a formação de um Comitê de Prevenção do Coronavírus, composto por jornalistas, Sindicato e gestores.
A reivindicação visa assegurar condições seguras tanto para os jornalistas que já estão trabalhando no prédio da empresa, como para os venham a retornar.
O Sindicato aguarda o retorno da empresa para definir os próximos passos.