Liberação remunerada do presidente do SJSP: primeiros sindicatos se manifestam
Em resposta ao chamado feito pela assembleia dos jornalistas de São Paulo, o movimento sindical, de forma solidária, começou a enviar moções à Editora Abril reivindicando a manutenção da liberação do jornalista Paulo Zocchi para o exercício do mandato sindical, sem prejuízo de vencimentos e direitos, até o fim do atual mandato (agosto/2021).
O Sindicato dos Jornalistas SP recebeu, até o momento, a cópia de 19 dessas moções, a começar pelas enviadas pela Central Única dos Trabalhadores e pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).
Na área da comunicação, se manifestaram até o momento os sindicatos de jornalistas do Município do Rio de Janeiro, do Estado do Ceará, e do Norte do Paraná, a Federação dos Trabalhadores da Indústria Gráfica, da Comunicação Gráfica e dos Serviços Gráficos do Estado de São Paulo, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Presidente Prudente e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Gráfica, da Comunicação Gráfica e dos Serviços Gráficos de Cajamar, Jundiaí, Vinhedo e Região.
Também foram enviadas moções pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, dos Energéticos do Estado de São Paulo (Sinergia), pelo SindSaúdeSP, pelo Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo, dos Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federais (Sindsep-DF), pelo Sindviários, pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv), dos Municipais de Ribeirão Preto Guatapará e Pradópolis, dos Municipais de São Vicente, pela Subsede Ribeirão Preto da Apeoesp e pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sintapi).
A campanha segue em curso.
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Seis ex-presidentes do Sindicato enviam carta à Abril
“Por que agora (…), justamente quando jornalistas e a imprensa sofrem tremendos ataques do presidente da República e seu entorno, justamente neste momento, a Editora Abril toma uma decisão tão nefasta?”, questiona documento enviado nesta segunda, dia 26. Veja aqui.
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Jornalista Patrícia Zaidan apoia a Campanha #AbrilRespeiteoSindicato
Patrícia Zaidan, jornalista que atuou por mais de 20 anos na Editora Abril, apoia a Campanha #AbrilRespeiteoSindicato e destaca a importância da liberação sindical do presidente da entidade, Paulo Zocchi, para o exercício do mandato e o desempenho pleno das atividades ligadas à Presidência da entidade. Zaidan destaca que foi a autonomia e liberação do presidente que garantiu o pagamento dos jornalistas demitidos pela Editora em 2018.
Assista ao depoimento da jornalista aqui.
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Ato denuncia prática antissindical da Abril contra a categoria
Na manhã chuvosa desta sexta-feira (30), jornalistas e dirigentes sindicais manifestaram-se em frente à Editora Abril, na Marginal Tietê, em São Paulo, contra a cassação da liberação sindical sem prejuízo dos vencimentos e benefícios do presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), Paulo Zocchi. O ato foi realizado na data em que Zocchi teve de se apresentar para retorno ao trabalho.
O acordo firmado entre o SJSP, a Editora Abril e Zocchi, em 2015, reconhecia que o exercício do mandato sindical é incompatível com a manutenção das atividades profissionais e, por isso, concedia a liberação sindical sem prejuízo dos vencimentos. O sindicato é de âmbito estadual e o presidente da entidade tem extensa atuação diária em defesa dos direitos da categoria. A Editora Abril, no entanto, convocou o presidente do SJSP a retornar ao trabalho, encerrando cinco anos de liberação sindical.
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Jornalista Fernando Souza soma-se à Campanha #AbrilRespeiteoSindicato
O jornalista e ex-funcionário da Abril, Fernando Souza, que atuou por 18 anos na Abril, somou-se à Campanha #AbrilRespeiteoSindicato que aborda a importância da liberação sindical do presidente do SJSP, Paulo Zocchi, para o exercício do mandato e o desempenho pleno das atividades ligadas à Presidência da entidade.
Souza destaca que a cassação da liberação do presidente do Sindicato, Paulo Zocchi, enfraquecerá atuação sindical em defesa da categoria. “Como ex-abriliano com 18 anos de casa, posso afirmar que é impossível conciliar o trabalho na Abril com as inúmeras demandas da presidência do Sindicato”, disse Souza.
Assista ao depoimento do jornalista aqui.
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Jornalistas se mobilizam contra cassação da liberação sindical do presidente do SJSP
Dezenas de jornalistas têm se mobilizado, a partir das redações, para repudiar a cassação da liberação sindical sem prejuízo dos vencimentos do presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Paulo Zocchi, que foi convocado pela Editora Abril para retornar ao trabalho a partir desta sexta-feira, dia 30. As moções enviadas expõe como é árduo o trabalho que envolve as negociações a respeito das relações de trabalho dos jornalistas no estado de São Paulo.
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Confira as moções enviadas para a Campanha #AbrilRespeiteOSindicato
Já são 96 entidades, organizações, redações, parlamentares, dirigentes sindicais e jornalistas que enviaram moções à Abril ou manifestaram-se publicamente em favor da campanha.
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Confira o vídeo do ato da Campanha #AbrilRespeiteoSindicato
Confira o vídeo do ato da Campanha #AbrilRespeiteoSindicato, que aconteceu em 30 de outubro, data em que Paulo Zocchi se reapresentou ao trabalho.
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Parlamentares manifestam apoio à campanha #AbrilRespeiteoSindicato
A Campanha #AbrilRespeiteoSindicato recebeu o apoio de diversos parlamentares. Essa campanha reivindica a manutenção da liberação sindical sem prejuízo dos vencimentos do presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), Paulo Zocchi, pela Editora Abril.
O deputado federal por São Paulo, Orlando Silva (PCdoB); a deputada estadual de São Paulo, Leci Brandão (PCdoB) e o deputado estadual de São Paulo, José Américo (PT); o deputado estadual de Minas Gerais, Betão (PT-MG); e o deputado estadual da Bahia, Jacó Lula da Silva (PT-BA) manifestaram-se. Além disso, a Câmara Municipal de Santos aprovou, a partir de iniciativa do vereador Chico Nogueira (PT), a moção de apoio.
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Presidenta da Fenaj, Maria José Braga, declara apoio à campanha #AbrilRespeiteoSindicato
A presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Maria José Braga, participa da campanha #AbrilRespeiteoSindicato que aborda a importância da liberação sindical do presidente do SJSP, Paulo Zocchi, para o exercício do mandato e o desempenho pleno das atividades ligadas à Presidência da entidade.
Maria José Braga afirma que a cassação da liberação sindical do presidente do SJSP, Paulo Zocchi, é um ataque à organização sindical. Zocchi também é vice-presidente da Federação.
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Confira os boletins da Campanha
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Jornalista e ex-funcionário da Abril, Juca Kfouri soma-se à campanha #AbrilRespeiteoSindicato
O jornalista Juca Kfouri, funcionário da Editora Abril de 1970 a 1995, juntou-se à campanha #AbrilRespeiteoSindicato, que aborda a importância da liberação sindical do presidente do SJSP, Paulo Zocchi, sem prejuízo dos vencimentos, para o exercício do mandato e o desempenho pleno das atividades ligadas à Presidência da entidade.
Kfouri lembrou que, no período em que trabalhou na empresa, dois jornalistas da Editora, Audálio Dantas e David de Moraes, foram eleitos como presidente do SJSP e, democraticamente, liberados pela empresa para cumprir seu mandato sindical e cuidar do Sindicato e dos problemas da categoria. O jornalista pede que os herdeiros da marca Editora Abril “tenham a grandeza, a dignidade, o espírito democrático de voltar atrás e permanecer permitindo que Paulo Zocchi exerça suas funções plenamente como presidente do nosso Sindicato dos Jornalistas.”
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Jornalistas da TV Globo protestam contra decisão da Abril de suspender licença remunerada do presidente do SJSP
Jornalistas da TV Globo repudiaram e protestaram contra a cassação da liberação sindical remunerada do presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, Paulo Zocchi, em moção enviada à Editora Abril nesta terça-feira, dia 17.
A categoria destacou o trabalho desenvolvido pelo Sindicato em defesa dos jornalistas da emissora, contra os sistêmicos ataques a direitos. Essa atividade conta com a presença regular de Paulo Zocchi. Os jornalistas destacaram ainda a atuação sindical do presidente do Sindicato na defesa e implementação de protocolos de saúde durante a pandemia de coronavírus.
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Fernando Morais integra a campanha #AbrilRespeiteoSindicato
O jornalista e escritor Fernando Morais, que foi diretor e vice-presidente do Sindicato, integra a campanha #AbrilRespeiteoSindicato, que aborda a importância da liberação sindical do presidente do SJSP, Paulo Zocchi, sem prejuízo dos vencimentos, para o exercício do mandato e o desempenho pleno das atividades ligadas à Presidência da entidade.
Morais destacou que “em nenhum momento a Abril cometeu uma barbaridade como essa que está pretendendo cometer agora, que é impedir o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Paulo Zocchi, de exercer a sua função como dirigente sindical, exigindo que ele dê expediente na empresa. Isso é inadmissível e a categoria não pode aceitar isso.”
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Eugênio Bucci faz depoimento contra atitude antissindical da Abril
O jornalista Eugênio Bucci faz depoimento para a campanha #AbrilRespeiteoSindicato e ressalta que a liberação sindical do dirigente sindical é uma tradição de nossa precária democracia e quando uma empresa se recusa a fazer essa cessão estamos diante de uma medida coercitiva, de um veto e de um ato que pode ser caracterizado como uma interdição política.
Bucci, que é professor da Escola de Comunicação e Artes da USP e ex-secretário editorial da Abril, disse: “Eu tenho a esperança de que a Abril reconsidere essa postura porque ao prejudicar dessa forma o Sindicato, a editora prejudica a observância da liberdade de imprensa no Brasil, a defesa da categoria dos jornalistas profissionais e prejudica, de modo amplo, toda a imprensa, prejudicando até mesmo o interesse das empresas jornalísticas”.
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Saiba mais:
Abril ataca Sindicato dos Jornalistas de SP ao cassar liberação do presidente da entidade!
A editora Abril convocou o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), Paulo Zocchi, a voltar ao trabalho na empresa a partir de 30 de outubro próximo, encerrando cinco anos de liberação sindical sem prejuízo de vencimentos, iniciada em 2015.
Essa atitude da empresa ataca o exercício do mandato sindical, pois o cumprimento da jornada normal de trabalho impede o desempenho pleno das atividades ligadas à Presidência da entidade. Zocchi é também vice-presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas).
O Sindicato dos Jornalistas é uma entidade de âmbito estadual, que representa uma categoria distribuída em dezenas de empresas. O exercício do mandato de presidente exige uma extensa atuação diária, em reuniões com os jornalistas, negociações com empresas, audiências judiciais ou com o Ministério Público, além de reuniões com outras entidades sindicais ou sociais em defesa dos interesses da categoria.
A própria Abril, aliás, reconhecia isso no acordo de liberação sindical, assinado pelas partes em 2015, no qual está escrito: “Considerando-se a solicitação da entidade sindical para a liberação do empregado para o exercício de suas atividades sindicais em período integral, vez que seriam incompatíveis com a manutenção de suas atividades profissionais na empresa”.
Por que agora a empresa resolve romper esse acordo?
Só podemos entender como um ataque à categoria dos jornalistas e uma retaliação à sua entidade representativa. Impedir que o presidente do Sindicato seja liberado, sem prejuízo de vencimentos, enfraquece objetivamente a capacidade de organização dos jornalistas para enfrentar os ataques às suas condições de trabalho.
A Abril conhece muito bem o intenso trabalho do SJSP na luta contra o calote da empresa resultante da demissão de centenas de funcionários sem o pagamento de verbas rescisórias, em 2018. Viu de perto a atuação da entidade no complexo processo de recuperação judicial da empresa, quando o SJSP conquistou garantias para os trabalhadores que não estavam previstas inicialmente. O Sindicato contestou também as demissões em massa feitas pela Abril, obtendo na Justiça a anulação das demissões (processo em trânsito). Defendeu o pagamento das multas previstas em lei e na convenção coletiva e lutou para garantir condições adequadas de saúde para o trabalho na pandemia, além de se opor à redução de salário permitida pela MP 936 do governo Bolsonaro. É contra essa atividade permanente em defesa dos jornalistas que se volta a atitude antissindical da Abril.
No momento de crise profunda vivida pelo Brasil, com diversos ataques do presidente da República à liberdade de informação e de imprensa, sérias violações às prerrogativas dos profissionais de comunicação, o SJSP – maior sindicato de jornalistas do país – tem presença ativa na atuação das forças democráticas. A decisão da Abril enfraquece também a defesa da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa.
Além disso, a Abril tem 2.657 funcionários (dados de maio de 2020) e dispõe de meios para desenvolver seus projetos jornalísticos sem depender da volta imediata ao trabalho do atual presidente do SJSP. Essa exigência não passa de um ataque ao Sindicato.
Este é um chamado dirigido a jornalistas de São Paulo, entidades sindicais, movimentos populares, instituições democráticas, parlamentares comprometidos com a liberdade e autonomia sindical e a democracia. Uma assembleia da categoria decidiu construir uma campanha contra a prática antissindical da Abril. Pedimos que enviem suas manifestações à Abril, reivindicando que a empresa reveja sua decisão e mantenha a liberação do presidente do Sindicato dos Jornalistas, com pagamento de salários e direitos, até o fim do mandato, em agosto de 2021.
#AbrilRespeiteoSindicato
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP)
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Às entidades e organizações, segue modelo de moção pela continuidade da liberação remunerada do presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
À Abril S.A.
Ao presidente do Grupo Abril, sr. Fábio Carvalho:
A (nome da entidade) dirige-se à Abril S.A, e a Fábio Carvalho, presidente do Grupo Abril, para reivindicar a manutenção da liberação do trabalho, sem prejuízo de vencimentos, do presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, empregado desta empresa, Paulo Leite Moraes Zocchi (também vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas). Sua atuação à frente de entidade, de âmbito estadual, exige dedicação integral, como a própria empresa já reconheceu.
A revogação da liberação sindical sem prejuízo de vencimentos só pode ser compreendida como uma inaceitável medida antissindical, como uma retaliação ao Sindicato por defender os interesses dos jornalistas face aos seus empregadores, e, em particular, face ao Grupo Abril. A decisão é um ataque ao exercício do mandato de presidente do SJSP, entidade de destaque na defesa da liberdade de expressão e de imprensa, e da própria democracia, em nosso país. Lamentamos que uma empresa vinculada à área de comunicação adote tal medida contra o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, e reivindicamos do Grupo Abril:
– Manutenção da liberação do jornalista Paulo Leite Moraes Zocchi para o exercício do mandato sindical, sem prejuízo de vencimentos e direitos, até o fim do atual mandato, em agosto de 2021.
ASSINATURA: ____________________________________
Enviar para:
Com cópia para:
POR CARTA:
PARA A ABRIL S.A.
A/C Fábio Carvalho, presidente
Av. Otaviano Alves de Lima, 4.400 – São Paulo (SP) – CEP 02909-900