Se a violência concreta contra os jornalistas diminuiu 38,5% em 2017, registrando 99 casos, o “Relatório 2017 Violência contra jornalistas e liberdade de imprensa no Brasil” aponta com preocupação o aumento dos casos de cerceamento à liberdade de imprensa por ações judiciais.
Elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), o documento comemora a inexistência de assassinato de jornalistas em decorrência do exercício profissional e a redução de mortes de outros profissionais da comunicação e comunicadores populares no mesmo período.
Para a Fenaj também é preciso estar alerta ao grande número de casos de violência concreta e simbólica contra a categoria, pois os jornalistas continuaram sendo vítimas de agressões, ameaças, atentados, detenções arbitrárias, ações judiciais, censuras internas nas redações ou manipulação dos fatos para cercear a liberdade de imprensa.
O relatório destaca o caso do jornalista Marcelo Auler que teve seu blog censurado pelo juizado cível no Paraná e mantido, de forma inédita, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Até então, todas as censuras determinadas pela primeira instância haviam caído no Supremo.
Entre os principais agressores, destacaram-se os policiais (19 casos), políticos (15 agressões) e o Poder Judiciário (14 casos).
O documento destaca que a FENAJ e os Sindicatos de Jornalistas denunciaram as agressões ocorridas e pressionaram para que as autoridades competentes apurassem e punissem os culpados. Com a mesma ênfase, as entidades cobraram das autoridades de segurança pública e das empresas empregadoras medidas de proteção aos profissionais.
Para ler o relatório na íntegra, clique aqui.
Escrito por Adriana Franco – Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo