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Vice-presidente da FENAJ defende a necessidade de reinventar o sindicalismo mantendo sua essência

Vice-presidente da FENAJ defende a necessidade de reinventar o sindicalismo mantendo sua essência


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A vice-presidente da FENAJ, Maria José Braga, representou a entidade na conferência sobre o trabalho das entidades sindicais dos jornalistas e as perspectivas para os próximos anos, realizada na tarde desta terça-feira (07/06), como parte da programação do 29º Congresso da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), em Angers, na França. Ela relatou a experiência da Federação Nacional dos Jornalistas e defendeu a necessidade de reinventar o sindicalismo e ao mesmo tempo manter sua essência, que é a organização dos trabalhadores para enfrentar a luta por condições dignas de trabalho e de vida.

Maria José resgatou que, assim como os demais trabalhadores, os jornalistas estão sofrendo as consequências das medidas neoliberais implementadas na maior parte dos países do mundo, a partir das últimas décadas do século vinte e aguçadas neste início do século 21. “A perda de conquistas é uma ameaça constante e, na maioria dos países, em vez de avançar, a classe trabalhadora está mobilizada para resistir às tentativas de desmonte das legislações para a retirada de direitos conquistados no passado”, disse.

A vice-presidente da FENAJ lembrou que outra dificuldade enfrentada pela categoria é o efeito das mudanças tecnológicas no campo das comunicações, que afetaram o modo de produção do Jornalismo e também o mercado de trabalho da categoria, com a diminuição do número de empregos principalmente na mídia imprensa, que durante décadas, foi a principal empregadora da categoria.

Segundo ela, para a FENAJ a reinvenção do sindicalismo passa pela ampliação do olhar sobre a realidade, com o objetivo de ampliar também a área de atuação sindical.  “Não basta as organizações sindicais fazerem o trabalho estritamente sindical de negociar salários e condições de trabalho. É preciso pensar e agir socialmente”, sustentou, apontando que um desafio do movimento sindical é incluir os  jovens jornalistas que não estão protegidos pelos contratos formais de trabalho e precisam buscar novas formas de sobrevivência, como o trabalho freelance, e financiamentos alternativos de sua produção, a exemplo do crowfunding.

O desafio central, segundo a vice-presidente da FENAJ, é promover o pensar e agir como uma categoria de trabalhadores, inserida na disputa (nem sempre clara) entre capital e trabalho. “Para a Federação dos Jornalistas do Brasil, é preciso buscar permanentemente constituir o que chamamos de identidade do jornalista”, sentenciou.

Ela relatou que além do eixo de atuação sindical, a FENAJ desenvolve outros dois eixos de trabalho fundamentais para promover essa identidade de categoria: a formação acadêmica do jornalista para o exercício da profissão e a promoção da qualidade dos cursos de jornalismo ofertados pelas universidades brasileiras; a defesa dos direitos humanos e das liberdades de expressão e de imprensa, relatando a denúncia que a FENAJ e os Sindicatos da categoria fazem dos casos de agressões a jornalistas e à elaboração anual de um relatório detalhado dos casos de violência contra jornalistas, que inclui desde agressões verbais até os casos de assassinatos.

Ela destacou também, como quarto eixo, que a FENAJ desenvolve um trabalho permanente em defesa da democratização dos meios de comunicação. “Acreditamos que atuando nestes quatro eixos de luta – de ação sindical; de formação e qualificação profissional; de defesa dos direitos humanos e das liberdades de imprensa e de expressão; e de defesa da democratização dos meios de comunicação – as entidades sindicais dos jornalistas estarão cumprindo seu papel junto à categoria. E estarão também contribuindo para o fortalecimento da democracia em cada país e no mundo”, finalizou.

 

O 29º Congresso Mundial da FIJ prossegue até 10 de junho.

 

 

Fonte Fenaj

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