Leia na edição desta semana do Vai e Vem: 40 anos depois, Playboy deixa o portfólio da Abril; jornal digital nexo é lançado; SBT cancela Boletim de Notícias; Escala terceiriza títulos e corta 20 e os falecimentos Marco Antonio Coelho, Walkyria Pereira Leite e Vitor Angelo.
Editora Abril
– Há algum tempo, coisa de um ano, um ano e meio, o mercado cochichava que a Abril deixaria de editar Playboy no Brasil, rescindindo contrato de licenciamento que tem desde 1975 com a Playboy americana, de Hugh Hefner . A decisão já teria sido tomada, conforme se comentava à época, se o custo da rescisão não fosse maior do que o de manter a revista em circulação, ainda que deficitária. Era melhor, portanto, continuar com ela no portfólio, por algum tempo.
– Esse tempo agora chegou e com isso sai de cena, ao menos sob a chancela da Abril, a revista que embalou sonhos eróticos de várias gerações masculinas e que, ao lado do apelo sensual de suas fotos e modelos exuberantes, sempre se pautou por um conteúdo maiúsculo, de excelência, com entrevistas, artigos e reportagens consideradas entre as boas coisas do jornalismo brasileiro, sob a guarida de equipes igualmente excepcionais.
– Juca Kfouri, que dirigiu a revista em tempos de grande glamour, disse: “Playboy foi como a Seleção Brasileira: nela estiveram, fixos ou como colaboradores, craques como Mário Escobar de Andrade, Ruy Castro, Humberto Werneck, Eugênio Bucci, Nirlando Beirão, Fernando Morais, Audálio Dantas, Fernando Pacheco Jordão, Mônica Bergamo, Luis Fernando Verissimo e Carlos Maranhão. Além de Thomaz Souto Corrêa, Carlos Grassetti, Pedro Martinelli, J.R.Durán, Bob Wolfenson, Luis Crispino, Ricardo Setti, Dulce Pickersgill, Fernando de Barros, Guilherme Cunha Pinto e Carlos Costa. Todos titulares, todos reservas de qualidade. Como a Seleção Brasileira, Playboy foi”.
– Também ficaram no passado as Playboys com 200, 300 ou mais páginas e inigualável quantidade de publicidade, sobretudo quando traziam na capa Maitê Proença, Vera Fischer, Sonia Braga, Helô Pinheiro (a eterna Garota de Ipanema), entre tantas e tantas outras celebridades. Era um período em que havia recursos para pagar cachês milionários às modelos (algumas até com participação nas vendas de exemplares), fees também generosos para alguns dos mais importantes fotógrafos do País (caso de Durán), uma equipe editorial de qualidade e bem paga, sofisticadíssimos projetos editoriais, viagens para várias partes do mundo etc..
– Com a tiragem encolhendo nos últimos anos e os anunciantes distanciando-se da publicação, nem os sucessivos cortes efetivados na revista com o objetivo de tentar a sobrevivência foram suficientes. Curiosamente, o fim chegou dias depois de o próprio Hefner anunciar uma radical mudança na linha editorial da Playboy americana, com o fim dos nus em suas páginas e uma aposta em conteúdos jornalísticos, numa tentativa de enfrentar a avassaladora concorrência da internet.
– Esse novo movimento da Abril incluiu ainda o fechamento de outros dois títulos licenciados junto à norte-americana Rodale: Men’s Health, aqui editada desde 2006, e Women’s Health, desde 2008. Estavam sob a responsabilidade do diretor Editorial Sérgio Xavier Filho, que chegou à empresa em 1995, como editor-sênior de Placar, após ter passado por Diário do Sul e sucursal do Estadão, ambos em Porto Alegre, sua terra natal, e Agência Dinheiro Vivo e IstoÉ, já em São Paulo, para onde se mudou em 1989.
– Com a descontinuidade dessas três publicações, o portfólio da editora fica com 28 marcas de mídia – dentre elas cinco nativas digitais, e todas as demais com seus desdobramentos em diversas plataformas – e 26 publicações regulares de licenças infantis – entre histórias em quadrinhos e revistas. Vale registrar que, mesmo tendo vendido vários de seus títulos para a Editora Caras, em duas etapas, a Abril não perdeu a liderança no segmento de revistas, em que ainda detém 38% de market share.
– Falar hoje de Editora Abril, portanto, já não é mais falar apenas de revistas. A empresa iniciou quase um ano atrás uma profunda reestruturação em seus negócios, que incluiu uma radical revisão de portfólio e uma ousada mudança no conceito de negócios. No caso da revisão de portfólio, materializada com o fim ou a venda de mais de duas dezenas de títulos, o objetivo foi ficar com as publicações de maior rentabilidade. E em relação ao novo conceito de negócios, foi traçar uma estratégia que usasse a força das marcas, a qualidade editorial em vários segmentos, o conteúdo de excelência e a capacidade logística de chegar física e digitalmente às pessoas, para aproximar os anunciantes do consumidor final (onde quer que este esteja), favorecendo o ambiente de negócios.
– No comunicado que distribuiu ao mercado em 19/11, a editora sintetiza esse movimento como uma “radical readequação das ofertas Abril à sua audiência, aos seus anunciantes e agências” e esclarece que esse é um novo posicionamento, que “compreende soluções cada vez mais eficientes, com a expansão digital fortemente ancorada por big data (ABD – Abril Big Data) e branded content (Estúdio ABC – Abril Branded Content)”.
Nexo
– Paula Miraglia, cientista social e doutora em antropologia social, Renata Rizzi, engenheira e doutora em economia, e Conrado Corsalette, ex-editor de Política do Estadão e de Cotidiano da Folha de S.Paulo, lançaram em 24/11 o jornal digital Nexo.
– “O projeto privilegia informações precisas e interpretações equilibradas sobre os principais fatos do Brasil e do mundo, além de novas abordagens para assuntos que estão em debate”, diz texto de apresentação do novo site.
– “Nosso objetivo, desde o início, foi criar um modelo editorial capaz de produzir conteúdo que seja acessível para um maior número de pessoas, por ser claro e explicativo, e também efetivamente rico, proporcionando contexto suficiente para subsidiar a formação de opinião”, explicou em nota Paula Miraglia.
– Com sede na capital paulista, o novo jornal digital pretende oferecer, com cobertura diária e nacional, uma visão de Brasil cujos principais temas serão política, economia, sociedade, tecnologia, ciência e saúde, esporte, cultura, meio ambiente, além de assuntos internacionais. Segundo Paula, “o Nexo é dividido em seis núcleos que trabalham de forma integrada. Há uma separação básica entre dois núcleos: um é responsável por política e economia e nacional e internacional, e outro responde por assuntos variados, que incluem cultura, esporte e cidades, entre outros. Além disso, compõem a redação os núcleos de arte, pesquisa, materiais especiais e tecnologia”.
– Estão na equipe de conteúdo os redatores de Contemporaneidades Ana Freitas (ex-Estadão) e Kaluan Bernardo (ex-youPix, Olhar Digital e Folha de S.Paulo); o correspondente em Brasília Bruno Lupion (ex-Estadão e UOL); o editor de especiais Camilo Rocha (ex-Estadão, Folha, O Globo); o produtor de vídeo Guilherme Prado; o editor de Política e Economia João Paulo Charleaux (ex-Estadão e Vice); os redatores de Política e Economia José Roberto Castro (ex-Agência Estado) e Lilian Venturini (ex-Estadão); a editora executiva Marina Menezes; o redator de especiais Murilo Ronconato; e a editora de Contemporaneidades Tatiana Dias (ex-Abril, IstoÉ e Estadão). Além deles, integram o time Ralph Mayer (infografista), Simon Ducroquet (editor de Arte), Daniel Mariani (cientista de dados), Wellington Freitas (desenvolvedor), Raíssa Belchior (Marketing), Mais Fortes (Desenvolvimento Institucional), Ibrahim Cesar Souza (coordenador de Tecnologia), Dídia Thais Santana (administrativo), Carina Pavanello (secretária executiva) e Julia Rocha (estagiária de Pesquisa e Relações Institucionais).
SBT
– Mais uma baixa no Jornalismo do SBT: de acordo com Flávio Ricco, do UOL, a emissora não vai mais apresentar as edições do Boletim de Notícias, que entravam nos intervalos da programação.
– Ainda segundo Ricco, a repórter Solange Boulos, que também era uma das suas apresentadoras, junto com Analice Nicolau e Carol Aguaidas, foi informada da decisão minutos antes de entrar no ar, em 23/11.
ACE
– A Associação dos Correspondentes Estrangeiros em São Paulo passou a editar uma newsletter que traz assuntos de interesse desses profissionais e alguns links para o site que o argentino Carlos Turdera vem montando. O objetivo é mostrar o trabalho dos associados fora dos veículos para os quais trabalham e, com isso, fortalecer laços com os colegas brasileiros.
– Carlos diz que “a newsletter e o site fazem parte do meu compromisso de cuidar da mídia digital e projetos de conteúdo da ACE no mandato da Stijntje Blankendaal, que assumiu como nova presidente da nossa associação em junho”. Os contatos dele são crift@terra.com.br e 11-976-417-290.
Editora Escala
– A Editora Escala anunciou em 23/11 que cinco títulos – Casa & Construção, Construir Mais por Menos, Decora Baby, Dieta Já e Meu Pet –, cuja produção editorial era feita parcialmente por colaboradores externos, passarão a ser feitos totalmente por empresas parceiras. Com isso, devem sair perto de 20 profissionais que integravam as equipes de produção dessas revistas.
– Hercílio de Lourenzi, presidente da Escala, disse que a editora tem a tradição de trabalhar com essa sistemática na produção de conteúdo: “Isso é o que faz com que a empresa consiga manter um portfólio bem diversificado e relativamente grande de títulos. Também possibilita o lançamento de novas revistas, mesmo em tempos bicudos, como foram os casos das revistas Vida Natural, cuja produção editorial é feita por empresa parceira, e da semanal Auto Fácil, de produção editorial com equipe interna, ambas lançadas neste ano dificil de 2015”.
– Segundo ele, “as atuais mudanças se encaixam na postura histórica da empresa e visam maior dinamismo, flexibilidade e sustentabilidade na produção editorial de conteúdo”.
Curtas
– Após mais de três décadas de trabalho em São Paulo, em jornais, assessorias de imprensa, em uma revista especializada em Medicina e de escrever um romance, Branca Ferrari (brferrari10@gmail.com) está de mudança para o Rio de Janeiro. A partir de janeiro, em sua nova residência, na Gávea, vai se dedicar a escrever outro livro.
– Roberto Muylaert, que progressivamente afastou-se da linha de frente nas atividades editoriais e de sua própria editora, associou-se recentemente à BTB Telecom, que atua no segmento de gestão de telefonia. O e-mail dele na organização é muylaert@btbtelecom.com.br.
– ABI e Mackenzie celebraram em 19/11 Convênio de Cooperação Acadêmico-Científica e Cultural, que permitirá o desenvolvimento de projetos conjuntos nas áreas educacional e editorial, bem como o ingresso de alunos e docentes no quadro associativo da ABI, com direito a carteira individual na categoria aprovada – colaborador-estudante, no caso dos alunos; e profissional, para os professores. O convênio tem duração de dois anos e entre seus objetivos estão fortalecer os vínculos entre a ABI e a Universidade Presbiteriana Mackenzie e o desenvolvimento de projetos conjuntos nos campos editorial, acadêmico e educacional, em atividades como cursos, palestras, workshops, treinamentos etc..
– Quase 800 jornalistas empregados em jornais e revistas da Capital participaram de plebiscito, de 6 a 11/11, e aprovaram por 748 votos a última proposta patronal de reajuste salarial. O acordo prevê reajuste de 8,76% (INPC) para os salários até R$ 13.472,16, e um fixo de R$ 1.180,16 para os vencimentos acima desse valor. Com isso, o piso da categoria passa de R$ 2.500 para R$ 2.719, para uma jornada de trabalho de cinco horas diárias. As diferenças salariais referentes à data-base (de 1º de junho a 31 de outubro de 2015) devem ser pagas até 5/1/2016, enquanto os salários de novembro, a serem pagos em dezembro, devem ser corrigidos imediatamente. Mais informações, no site do Sindicato dos Jornalistas de SP.
– Estreia na próxima 3ª.feira (1º/12), no CBN São Paulo, o quadro Cidade Segura. Promovido em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o espaço trará que debaterão desde arrastões, roubos e violência policial até as boas práticas em implantação no mundo. A atração vai ao ar toda 3ª.feira, a partir das 11h10, com apresentação de Fabíola Cidral.
Jornalismo Literário
– Estão abertas as inscrições para o curso de pós-graduação em Jornalismo Literário, em São Paulo. Desde a sua criação, em 2005, por meio da ABJL (Academia Brasileira de Jornalismo Literário), o curso especializou mais de 500 alunos de diversas partes do Brasil. A direção pedagógica é do escritor, jornalista e professor Edvaldo Pereira Lima, cofundador da ABJL, extinta em 2013, cujo legado acadêmico segue sob sua liderança.
– “Reunimos os melhores especialistas para resgatar a tradição do jornalismo literário em diversas partes do mundo, além de fazer um mapeamento de seus conceitos, procedimentos e técnicas”, explica Edvaldo, que também é professor aposentado da Universidade de São Paulo. O curso é da categoria lato sensu (especialização), com 370 horas de carga horária, totalmente presencial, com aulas quinzenais e disponível para jornalistas e profissionais graduados em todas as áreas do conhecimento. As aulas começam em 4 de março.
Prêmios
– A Sociedade Interamericana de Imprensa abriu inscrições para seu concurso Excelência Jornalística da SIP 2016. Publicações impressas e digitais, assim como agências de noticias de mais de 33 países das Américas e do Caribe têm até 16/1 para enviar seus melhores trabalhos em espanhol, português e inglês.
– A comissão julgadora avaliará os trabalhos enviados e escolherá os dez finalistas e o ganhador em cada uma das 13 categorias. Os vencedores receberão certificados e prêmios em dinheiro durante a Assembleia Geral de outubro, em Denver, nos EUA. As categorias são relações interamericanas, direitos humanos, cobertura noticiosa, crônica, jornalismo em profundidade, fotografia, caricatura, infografia, opinião, jornal na educação, jornalismo ambiental, cobertura noticiosa na internet e cobertura multimídia.
– Será concedido também o Grande Prêmio SIP para Liberdade de Imprensa para uma pessoa ou organização que tenha obtido resultados significativos em favor da causa da liberdade de imprensa.
– Vale lembrar que a premiação é uma das mais valiosas em pontuação no levantamento do Ranking dos Mais Premiados Jornalistas Brasileiros, concedendo 85 pontos para os vencedores do País. Neste ano, quatro trabalhos brasileiros foram premiados entre as 13 categorias: Ianomâmis: A guerra de um povo entre a vida e a morte, do repórter fotográfico Sebastião Salgado, em Fotografia; e as equipes da Folha de S.Paulo, em Cobertura Multimídia, com Líquido e Incerto; do Diário Catarinense, em Jornal na Educação, com o especial DC na sala de aula; e O Dia, em Infografia, com O labirinto de Getúlio.
– O regulamento do concurso e detalhes para participação estão disponíveis no http://premios.sipiapa.org/.
Registro
– No mesmo mês em que o Brasil sofre o que pode ser considerado o pior desastre ambiental de sua história, o jornalismo se despede de Marco Antonio Coelho, autor, entre outros, de Rio Doce e a espantosa evolução de um Vale. Lançado em 2011, o livro aponta justamente os riscos ambientais que acabaram se materializando tragicamente no desastre de Mariana. Nascido em 1926, em Belo Horizonte, ele formou-se em Direito mas foi no Jornalismo que encontrou a sua grande paixão profissional. Militante político comunista, foi um dos dirigentes do PCB na época do golpe militar de 1964, quando era deputado estadual no Rio de Janeiro. Teve seu mandado cassado e foi preso em 1975, quando foi torturado por ser o editor do jornal, Voz Operária, do Partido Comunista Brasileiro.
– Após a redemocratização continuou no Jornalismo, foi editor da revista do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) e escreveu a autobiografia Herança de um sonho: Memórias de um comunista (Record, 2000), e os livros Rio das Velhas – memória e desafios (Paz e Terra, 2002) e Os descaminhos do São Francisco (Paz e Terra, 2005). Segundo seus familiares, o escritor enfrentou uma insuficiência renal. Ele deixa a viúva Teresa, dois filhos e netos.
Walkyria Pereira Leite
– Faleceu em 15/11 em São Paulo, aos 84 anos, após complicações decorrentes de um coágulo na cabeça provocado por queda, Walkyria Pereira Leite, que por mais de 50 anos trabalhou na Folha de S.Paulo fazendo degravações de entrevistas. Segundo o necrológio dela no jornal, as principais marcas registradas de Dona Wal eram a capacidade de entender a dicção de qualquer repórter e a rapidez na entrega da transcrição. Formada em Direito, jamais exerceu a profissão. Deixou a Folha em 2011, mas seguia visitando os amigos na Redação. Solteira, deixou uma filha de criação, duas irmãs e vários sobrinhos.
Vitor Angelo
– Em 19/11, aos 43 anos, morreu Vitor Angelo. Com passagens pelos canais GNT, SBT, MTV, RedeTV e Bandeirantes, neste último como chefe de Reportagem, era um dos mais importantes militantes da causa gay na imprensa brasileira. Ultimamente escrevia para o Blogay, do iG, e era colunista do jornal Folha de S.Paulo. É coautor do livro Aurélia – A Dicionária da Língua Afiada, que apresenta palavras e expressões utilizadas no universo LGBT. A causa de sua morte ainda não foi confirmada.
Livros
– As crianças e os adolescentes brasileiros hoje têm pouco contato com a nossa música. Ou pelo menos com a riqueza dela. Muitos não sabem sequer nomear alguns dos principais gêneros que existem no País. E quando os pais querem passar a elas essa informação, encontram pouco material disponível ou então numa linguagem pouco acessível.
– Com o desejo de mudar esse quadro, os jornalistas Carla Gullo e Camilo Vannuchi e a cantora e historiadora Rita Gullo, todos de São Paulo, resolveram contar a história da música brasileira de maneira simples, divertida e fácil de entender. Assim nasceu a coleção Ritmos do Brasil. O primeiro volume, Samba e Bossa Nova (Editora Moderna, 64 págs, R$ 41), foi lançado no final de 2014 e o segundo, Choro e Música Caipira (64 págs, R$ 41), agora em outubro.
– “Nosso objetivo é contar a história da música de um jeito lúdico e informativo ao mesmo tempo. É um livro para os pais lerem para os filhos e vice-versa”, diz Carla.
veja também