Lungaretti
Com direito a receber, desde outubro de 2005, pensão vitalícia e indenização retroativa por haver tido a carreira profissional prejudicada pela ditadura de 1964/1985, mas até agora sem ver a cor do dinheiro, Celso Lungaretti (lungaretti@uol.com.br /lungaretti@gmail.com e 11-941-586-116) decidiu empreender uma campanha pública para que caso avançar. O objetivo dele é fazer com que colegas publiquem e/ou repassem a mensagem, pois assim aumentará a chance de chegar às mãos de quem possa solucionar o problema; alertem associações e cidadãos defensores dos direitos humanos; enviem mensagens ao novo titular da AGU, José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União – Setor de Indústrias Gráficas (SIG) – Quadra 06 – Lote 800 – CEP 70610-460 – Brasília/DF), “na esperança de que, também neste caso, ele coloque o dever funcional acima das considerações de outra ordem”; e lembrem/indiquem o seu nome a quem estiver precisando de serviços jornalísticos e de assessoria de imprensa. Celso tem experiência como repórter, redator, editor, editorialista, articulista, crítico e administrador de crises.
Segundo ele, até o fim da ditadura só conseguiu trabalhar à margem dos veículos importantes, tendo de atuar em assessorias de imprensa e revistas de cinema e música (nas quais era obrigado a utilizar pseudônimo): “Minha carreira jornalística foi, ainda, comprometida pela má audição, pois as torturas me causaram uma lesão permanente no tímpano do ouvido direito. Impossibilitado de fazer entrevistas ao vivo, jamais pude trabalhar nas tevês e só atuei em rádio durante um semestre, na retaguarda. Os valores que me foram atribuídos pela Comissão de Anistia bastariam para a minha subsistência e para fazer frente aos compromissos com meus vários dependentes, desde que recebesse tudo o que a portaria ministerial determinou: pensão vitalícia e indenização retroativa”.
Celso diz que, como não conseguia receber, entrou com um mandado de segurança cujo mérito foi julgado em 23/2/2011, sem que até agora a decisão tenha sido cumprida, “pois desde então a AGU recorre a uma medida protelatória após outra, sobre aspectos periféricos e secundários, como ser ou não mandado de segurança o instrumento jurídico adequado num caso desses (a corte decidiu que sim, depois de uma eternidade!). Tudo isso pode ser facilmente constatado no site do STJ; meu processo é o de nº 0022638-94.2007.3.00.0000. Assim, de nada adiantou eu haver vencido o julgamento de mérito por 8×0, nem haver derrubado dois embargos de declaração por 7×0 e 8×0. Derrotada no STJ, a AGU conseguiu fazer com que o meu processo fosse colocado na dependência do resultado de outro semelhante, relativo a vários anistiados, que tramita desde 2007 no STF, no qual sua argumentação é a mesmíssima que o STJ rechaçou por maioria absoluta no meu caso”.
E arremata: “Eu, Celso Lungaretti, 65 anos, anistiado político, sou injustiçado em plena democracia!”.
Nacionais
Eduardo Ribeiro recebeu em 3/3, das mãos do vereador Eliseu Gabriel, autor da proposta, a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo, pelo conjunto de seu trabalho no jornalismo e na comunicação corporativa. O evento contou com a presença de cerca de 150 convidados, entre familiares e amigos, e teve discursos, entre outros, de Audálio Dantas e Everaldo Gouveia, ex-presidentes do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Wilson Baroncelli, editor executivo deste J&Cia, Marco Rossi, sócio de Eduardo na Mega Brasil Comunicação, e Carlos Carvalho, presidente executivo da Abracom. Também integraram a mesa Hamilton Almeida, biógrafo do padre-cientista Roberto Landell de Moura, e o também ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo Róbson Moreira.
Em seu discurso, Edu Ribeiro lembrou passagens de sua infância e juventude, da atuação profissional, da criação deste J&Cia e de projetos que ajudou a organizar, reservando o final para um alerta sobre o futuro do jornalismo.
“Quero caminhar para o encerramento, falando de minha paixão pelo jornalismo e de meu otimismo com essa profissão que abracei e pela qual sou apaixonado e que passa por sua mais grave crise existencial. Nunca se demitiram tantos jornalistas na história. Nunca os salários dessa atividade estiveram tão achatados. Nunca as empresas jornalísticas enfrentaram, no conjunto, crise financeira mais grave. Nunca o jornalismo viu-se tão questionado em seu modelo de negócio. Nunca o jornalismo transformou-se tanto, buscando saídas para a sobrevivência.
“Mas nunca a sociedade precisou tanto do jornalismo como nos dias atuais!! É nele que residem os fundamentos e as esperanças da justiça e da liberdade, da fiscalização do poder, da defesa da cidadania, do combate à opressão e outras formas de tirania, do empenho pelos direitos humanos e pelo respeito às minorias. Nunca a civilização dependeu tanto do jornalismo como hoje, diante da invasão de conteúdos por todos os meios possíveis e imagináveis, que chegam aos lares e mentes de todos os cidadãos do mundo. Quem melhor do que o jornalismo para hierarquizar, para levar confiabilidade, para orientar, para separar o joio do trigo (e não publicar apenas o joio, como de forma bem-humorada por vezes se fala), para garantir informação de qualidade às populações?
“Nunca a democracia – a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas, como certa vez disse Winston Churcill – foi tão dependente da imprensa, como em tempos de intolerância, de homofobia, de agressões, que vivenciamos pelos monitores fixos e móveis das redes sociais, quando até pelo nazismo se propugna.
“Agora, não podemos esconder os pecados da imprensa, que muitas vezes, longe da imparcialidade, exerce de forma tacanha o seu papel, cumprindo um desserviço à sociedade que diz representar. Jornalistas e cidadãos, devemos ficar eternamente vigilantes para defender o bom jornalismo, o jornalismo de qualidade, e ao mesmo tempo combater os excessos da imprensa, pois se a queremos digna, temos de induzi-la a ser merecedora de nossa confiança e admiração.
“Encerro reafirmando o meu otimismo na vida, nas pessoas, na democracia e no Brasil, esse País que tanto amo. E, mais do que isso, declarando o meu eterno amor por São Paulo, cidade que hoje me agracia com esta singela homenagem e que me viu nascer no já distante 1954, o ano de seu quarto centenário”.
Despediu-se com a frase que usou no convite: “Nossos sonhos devem ter o tamanho do universo e o brilho do Sol. Por isso, mirar no Sol nos dá a certeza de que, mesmo errando, estaremos entre as estrelas”.
São Paulo
Fundador do site Máquina do Esporte, veículo especializado na cobertura do marketing esportivo, Erich Beting passou a integrar também o quadro de sócios da TK10. Com sede na capital paulista, a agência atua em marketing esportivo digital, criando campanhas e produzindo conteúdo audiovisual para a web. Ao lado dos sócios Thales Mendes e Kei Eguti, Beting passa a responder pela Diretoria de Novos Negócios da agência.
Há oito anos à frente de uma produtora de conteúdo customizado, Nanna Pretto lançou a M Lab, agência especializada na produção conteúdo customizado com foco na primeira infância (0 a seis anos). Mais informações pelo www.mlab.com.vc, 11-5087-8535 ou nanna@mlab.com.vc.
Rádio Estadão
Depois de os 22 trabalhadores demitidos em outubro passado da Rádio Estadão conquistarem uma histórica sentença de reintegração ao trabalho, obtida por decisão unânime no TRT da 2ª Região, em São, os jornalistas e radialistas firmaram com a empresa em 26 de fevereiro um importante acordo.
Ele prevê que sejam reintegrados ao trabalho todos os trabalhadores que assim o queiram – casos de dois jornalistas e três radialistas. Quanto aos demais, que não pretendem mais voltar à empresa, terão direito a receber uma indenização suplementar de 4,5 salários e a extensão do plano de saúde por nove meses, a partir da data da demissão. O total das indenizações a serem pagas aos jornalistas e radialistas chega a cerca de R$ 300 mil. Com o acordo, a empresa abandona a pretensão de recorrer da decisão judicial.
Alexandre Barbosa (prof.alexandrebarbosa@gmail.com), coordenador de Jornalismo da Universidade Nove de Julho, foi aprovado em concurso para professor temporário na ECA-USP, com contrato de um ano. Por isso, este ano ele será também professor do curso de Jornalismo da universidade e uma das suas tarefas é a orientação do jornal-laboratório Jornal do Campus, tabloide de 16 páginas quinzenal totalmente produzido por alunos. “É minha volta à casa onde fiz mestrado e doutorado”, diz Alexandre. “Também lá atuo como pesquisador no Celacc (Centro de Estudos Latino-americanos sobre Cultura e Comunicação)”.
De 15 a 17/3 a Cásper Líbero promove a IV Semana da Mulher e Mídia. Organizada pela Frente Feminista da Instituição, contará entre seus palestrantes com Adriana Carranca, Laís Modeli e Vanessa Martina Silva. O evento é gratuito e aberto para todos os públicos. Inscrições e programação completa estão disponíveis no casperlibero.edu.br.
Ricardo Kotscho
O portal Avosidade publica uma entrevista com Ricardo Kotscho mostrando o seu lado de avô. Ele também inaugura uma inovação no site: a entrevista ao lado da mulher, socióloga Mara. Eles falam sobre o mundo que querem para seus cinco netos (das duas filhas do casal) e o que transmitem para eles, além de contarem histórias deliciosas.
Avosidade é a única publicação do País focada na conexão de gerações entre avós, filhos e netos. Com apenas sete meses de existência, já ultrapassou 140 mil visitantes e tem muitos leitores cativos entre o pessoal da comunicação. Também continuam disponíveis no site dezenas de entrevistas e textos de avós da área.
Após quase dois meses hospitalizado, Silvio Lancellotti (slancellotti@uol.com.br) recupera-se em casa. Ele escorregou no banheiro, fraturou o fêmur e teve lesão de quadril. Fez cirurgia para a implantação de uma prótese – que, cinco dias depois, se deslocou e o obrigou a uma nova intervenção. Diz ele que, nesse tempo de hospital, continuou a enviar, quase diariamente, seus textos para o portal R7: “Agora, de volta à minha casa, o meu ritmo se multiplicou. Aos 71 de idade, não desisto do Jornalismo. Pena, somente, que ainda necessite esperar alguns meses, de dois a três, para caminhar sem a ajuda de um andador e me locomover à cata de mais e mais assuntos”.
A Agência Brasil, da EBC, está lançando um serviço de vídeos noticiosos. Assim como os textos e as fotos, eles poderão ser vistos, compartilhados nas redes sociais e distribuídos gratuitamente por outros sites. O serviço já está disponível. Serão vídeos variados, como trechos de discursos ou entrevistas de autoridades, votações importantes no Congresso, sessões do STF, além de matérias exclusivas gravadas por seus fotógrafos e repórteres e reportagens da TV Brasil e das emissoras públicas parceiras. O trabalho é comandado pelo fotógrafo Juca Varella, gerente de Imagem da Agência Brasil.
Prêmios
Estão abertas até 29/5 as inscrições para a quinta edição do Prêmio CNI de Jornalismo 2016. Podem concorrer trabalhos jornalísticos veiculados em jornal, revista, tevê, rádio e internet entre 1º/6/2015 e 25/5/2016, quando se comemora o Dia da Indústria.
A premiação distribuirá R$ 310 mil em 13 categorias: os melhores trabalhos de impresso jornal, impresso revista, telejornalismo, radiojornalismo e internet serão contemplados com R$ 25 mil cada. Aos destaques regionais – Sul, Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste – serão entregues R$ 15 mil; para os prêmios Especiais – Educação e Inovação serão distribuídos R$ 30 mil; e para o Grande Prêmio José Alencar de Jornalismo, o valor será de R$ 50 mil. O anúncio dos finalistas será em 7/7 e a entrega dos prêmios está prevista para 28 do mesmo mês.
O concurso premiará as melhores reportagens ou séries relacionadas ao setor industrial e à agenda estratégica definida no documento Mapa Estratégico da Indústria (2013-2022).
Outro que abriu inscrições – que vão até 21/10 – foi o 2º Prêmio Abrafarma de Jornalismo, iniciativa da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias para incentivar a produção de trabalhos jornalísticos sobre o varejo farmacêutico nacional. Poderão concorrer trabalhos veiculados originalmente e de forma inédita entre 17/10/2015 e 16/10/2016, em jornal, revista, rádio, televisão ou internet em qualquer região do País. A premiação destacará os três melhores trabalhos, sendo que o 1º colocado receberá R$ 5 mil; o 2º, R$ 3 mil; e o 3º, R$ 2 mil. O júri será formado por representantes de Jornalistas Editora, que edita este J&Cia, Scritta Comunicação e Abrafarma. A solenidade de entrega será na tradicional festa de final de ano da entidade, em dezembro, em data e local a serem oportunamente anunciados.
Os trabalhos inscritos deverão ser enviados para o e-mail premioabrafarma@portaldosjornalistas.com.br, acompanhados das respectivas fichas de inscrição, que devem ser solicitadas à coordenação do Prêmio, assim como o regulamento, pelo perfil@portaldosjornalistas.com.br ou 11-3861-5280. No caso de publicações impressas, serão aceitos arquivos pdf; no de vídeos, arquivos MP4 ou indicação de link; no de rádio, arquivos MP3 ou indicação de link; e no de internet, links para site ou para matéria específica em site ou para blog.
O Kurt Schork Memorial Fund (Fundo Memorial Kurt Schork) abre inscrições para seu prêmio internacional de jornalismo, que está na 15ª edição. Ele foi criado para homenagear o jornalista americano Kurt Schork, assassinado em 2000 enquanto produzia reportagens em Serra Leoa. O fundo é financiado pela Thomson Reuters Foundation, organização para a qual Schork trabalhava quando foi assassinado.
O prêmio busca reconhecer o trabalho de repórteres freelance e jornalistas locais de países em desenvolvimento que, por suas reportagens sobre conflitos, corrupção, transgressões de direitos humanos e outros assuntos fundamentais da atualidade, buscam esclarecer a condição humana.
Duas categorias serão premiadas. A primeira contempla repórter local de uma nação em desenvolvimento, que escreva sobre eventos e acontecimentos de seu país ou região. A outra categoria tem como enfoque o trabalho de jornalistas freelance, que façam cobertura internacional. O ganhador de cada uma receberá US$ 5 mil na cerimônia de premiação, em Londres.
Para participar, os candidatos devem submeter três artigos publicados entre 1°/6/2015 e 31/5/2016. Só serão avaliados trabalhos de texto, publicados em jornais, revistas ou sites.
Concurso de cartuns
O cartunista Dalcio Machado, do Correio Popular, de Campinas, ficou em primeiro lugar na 55ª edição do International Cartoon Festival de Knokke Heist, evento realizado na Bélgica há mais de 50 anos.
O trabalho de Machado foi escolhido entre mais de dois mil concorrentes, de 598 autores e 77 países. Como uma crítica social, desenho vencedor mostra o contraste entre crianças que têm medo do imaginário e as que temem o monstro da realidade.
Estão abertas as inscrições para o Prêmio Urbs Brasil 2016 de fotografia digital. Direcionado ao descobrimento de novos fotógrafos, este ano traz como tema Cidades em tom de cinza. As inscrições, até 5/6, são gratuitas.
Livros
Alberto Cairo, jornalista espanhol especialista em infografia, lança, apenas em inglês, o livro The Truthful Art: Data, Charts and Maps for Communication, em que explica como trabalhar com dados, descobrir histórias por trás deles e como compartilhar essas informações com o mundo por meio de tabelas, mapas e infográficos. Ele transforma princípios elementares dos dados e do raciocínio científico em ferramentas para interpretar conjuntos de informações.
Cairo foi o diretor de infográficos e multimídia da Editora Globo, editor executivo de Época e consultor interno para outros 12 títulos do grupo, além de professor no Master em Jornalismo Digital do IICS, em São Paulo. As primeiras 40 páginas do livro estão disponíveis no site do autor.