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Vai e Vem do Mercado (Moagem) – 13/02 a 19/02

Vai e Vem do Mercado (Moagem) - 13/02 a 19/02


trocatroca

 

Confira na edição do Vai e Vem: Estadão demite dois jornalistas que atuavam no Jornal do Carro; Fenaj emite nota de repúdio à demissão do repórter Jackson Silva da Band; Américo Martins é o novo diretor-geral da EBC; Deputado federal Vicentinho (PT/SP) protocola projeto de lei de federalização de crimes contra jornalistas e ABI e Unesco formalizam parceria para celebrar o Dia Mundial da Liberdade de Expressão

 

Brasília

– Américo Martins tomou posse nesta 3ª.feira (10/2) como novo diretor-geral da EBC, em substituição a Eduardo Castro, que terminou o mandato iniciado em 2011. A transmissão do cargo ocorreu no Espaço Cultural da empresa em Brasília, com as presenças do diretor-presidente Nelson Breve, e do vice-presidente Sylvio Andrade Junior.

> Américo, que foi superintendente de Jornalismo e Esportes da RedeTV até julho de 2014, iniciou a carreira na Folha de S.Paulo, onde foi repórter e editor-assistente de Política e Economia. Trabalhou no Jornal do Brasil como coordenador de Política e atuou por 13 anos na BBC, em Londres, onde ocupou as funções de diretor da BBC Brasil e de editor-executivo para o continente americano.

– Mauro Zanatta, coordenador de Economia do Estadão no DF, assumiu a Chefia de Redação da sucursal, no lugar de Luiz Weber, que deixou o jornal para comandar a redação de Época na Capital Federal, em substituição a Diego Escosteguypromovido a redator-chefe em São Paulo. Com a mudança, Zanatta responderá pela sucursal do Estadão juntamente com o diretor Marcelo Moraes, que ainda está em negociações para definir o novo responsável pela Economia.

– Ainda em Época-DF, registro para a chegada do repórter Thiago Bronzatto, vindo da revista Exame, em São Paulo, onde atuou por seis anos. Especializado em Jornalismo Econômico pela Universidade de Columbia, em Nova York, e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pela FIA, Thiago participou do Curso Abril de Jornalismo, integrou a equipe de criação da extinta revista Gloss e colaborou com Vip e Veja. Na Exame, trabalhou como repórter de Finanças e Negócios e foi um dos principais colaboradores da colunaPrimeiro lugar, editada por Tiago Lethbridge

 

Nacionais

ABI e Unesco

– ABI e Unesco acabam de formalizar parceria com vistas à celebração, em 3 de maio, do Dia Mundial da Liberdade de Expressão. O evento será realizado na sede da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro. As duas instituições definirão nas próximas semanas uma pauta conjunta, com vistas a dar à iniciativa uma dimensão internacional e a conclamar a sociedade civil a continuar combatendo toda e qualquer forma ou tentativa de censura e violência.

– A iniciativa de aproximar a ABI da Unesco foi da presidente do Conselho Deliberativo Joseti Marques, que também é ouvidora geral da EBC, em uma conferência no México.

– Para o presidente da ABI Domingos Meirelles, essa parceria chancela o reconhecimento, agora internacional, do importante papel da entidade no cenário sócio-político da atualidade. E para o vice-presidente da ABI e presidente da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e dos Direitos Humanos Paulo Jerônimo de Sousa, essa celebração conjunta será um marco na luta contra qualquer tipo de intolerância e de discriminação.

 

Marcos Faerman

– Laura Faerman, cineasta e filha do repórter, editor e professor Marcos Faerman, uma referência no jornalismo brasileiro nas décadas de 1970 a 1990, cujo falecimento completa 16 anos nesta 5ª.feira (12/2), está pilotando um projeto de recuperação dos trabalhos do pai, que ficará disponível num site de pesquisa de livre acesso. O projeto ­– um dos 104 selecionados entre mais de 15 mil propostas inscritas no Rumos Itaú Cultural 2013/2014 –, que teve início no segundo semestre de 2014, passa pelo mapeamento da obra de Faerman em seus mais de 30 anos de jornalismo. Isso inclui a publicação de 798 reportagens no Jornal da Tarde, a fundação e direção de revistas emblemáticas na chamada imprensa nanica durante o período da ditadura (como Versus, Singular & Plural, entre outras), a publicação de livros, a docência na Faculdade de Jornalismo Cásper Líbero, o trabalho como editor e repórter em revistas importantes junto à comunidade judaica, como a Shalom, entre outras atividades.

> “É uma enorme felicidade para mim e para o meu irmão Julio poder prestar essa homenagem a ele e o engajamento dos seus amigos no projeto tem sido fundamental”, diz Laura. “No final de fevereiro todo o material será digitalizado e até o segundo semestre estará organizado e disponível em um site de pesquisa gratuito, para fins educacionais e de valorização de nossa memória cultural e história recente”.

> Ela informa que teve apoio do Estadão para obter as reportagens publicadas no Jornal da Tarde, que o Instituto Vladimir Herzog cedeu uma cópia da coleção do jornal Versus digitalizada e que na Hemeroteca Mário de Andrade encontrou as revistas Singular & Plural, Cidades e Bondinho (para a qual o pai escreveu uma reportagem). “Mas ainda estamos em busca de informações sobre o período em que ele escreveu para Zero Hora, antes de vir para São Paulo, e sobre alguns programas de rádio de que participou nos anos 1980 (a informação é de que teriam sido na rádio Eldorado). Outros materiais, incluindo fotografias, também são bem-vindos!”

> Quem tiver algum material sobre Marcos Faerman ou souber onde pode ser encontrado, pode entrar em contato com Laura pelo laura.faerman@gmail.com.


 

Vicentinho

– O deputado federal Vicentinho (PT/SP), ex-líder do PT, protocolou na Câmara um novo projeto de lei de federalização dos crimes contra jornalistas. Ele tomou como base o antigo PL de autoria do deputado Delegado Protógenes (PCdoB/SP), de 2011, que acabou sendo arquivado, em razão de ele não ter sido reeleito e deixado a Câmara dos Deputados. A Federação Internacional dos Jornalistas pediu que as autoridades brasileiras apoiem a proposta e tomem iniciativas para impedir a violência contra os profissionais, destacando o crescimento desse tipo de crime.

> Segundo a assessoria da Câmara, no final de uma legislatura todos os projetos que não foram aprovados são arquivados. Existem duas formas de ressuscitá-los: 1) o próprio autor, se reeleito, pede o desarquivamento e o PL prossegue tramitando de onde parou; e 2) um deputado eleito reaproveita o texto do projeto arquivado e reapresenta-o como um novo projeto, caso em que a proposta ganha nova numeração e começa a tramitar desde o início (em geral, passa por três comissões antes de ir a plenário).

 

Fenaj

– A Fenaj emitiu uma nota de repúdio à demissão do repórter Jackson Silva da Band do Rio, no início deste mês (2/2). O motivo da dispensa teria sido a recusa dele a assinar um termo que isentava a emissora de responsabilidade sobre consequências da cobertura realizada em áreas de risco.

– Rodolfo Schneider, diretor da Band no Rio, reagiu com indignação: “Nunca existiu esse termo, nunca ouvi falar de uma empresa ter isso. Jackson foi chamado para receber uma advertência de que infringia regras de segurança, e não concordou em assinar a advertência. Ao contrário do que disse a Fenaj, existem, sim, regras de segurança – estão aqui para serem apresentadas a quem for – e ele as infringiu: não usava o capacete balístico que fornecemos, não estava perto do motorista para sair do local com rapidez. Não tem que entrar na favela, não é para entrar junto com a polícia. A melhor imagem não vale o menor risco, não cobro isso de ninguém. Temos reuniões periódicas sobre segurança, com o que pretendemos implantar e os prazos para implantar. Não é conversa de corredor, são reuniões formais. O desligamento é mais uma demonstração de que temos nossas regras de segurança. Não queria dispensar o Jackson, é bom repórter, era da produção e foi promovido. Mas perdemos Gelson em conflito de favela, e isso não pode acontecer de novo”. O cinegrafista da Band Gelson Domingos morreu baleado por traficantes durante um confronto com policiais, em novembro de 2011.

Jackson Silva dá a sua versão: “Um diretor da Fenaj no Rio soube pelos colegas e me ligou. Contei o que aconteceu, e ele perguntou se poderiam fazer uma nota. Durante o tiroteio da Vila Aliança, Zona Oeste do Rio, eu e o cinegrafista tínhamos três alternativas: seguir para o blindado, deitar no chão ou correr para o carro da equipe. Preferi o blindado por questão de segurança: ali havia policiais para nos proteger. A Band tem outros programas com cobertura policial, o Brasil Urgente, oDatena. Antes de passar para o Jornal da Band, esperavam que o [Ricardo]Boechat falasse da matéria de outra forma. Ele falou do risco, o que não era novidade para ninguém. Quando ele assumiu essa posição, mudou o discurso para se proteger, para mostrar que não era conivente com o risco. E sobrou para mim. No dia seguinte, recebi uma carta de advertência, que dizia que eu estava assumindo riscos e que, se no futuro isso viesse a acontecer, eu seria punido. Questionei o fato de que a empresa está ciente do tipo de matéria que eu faço. Não assinei a carta e o RH pediu para explicar por quê. Mandei um e-mail contando, e dizendo que a responsabilidade era da empresa, não minha. Minhas fontes na polícia me avisavam sobre as operações com antecedência, e eles pautavam. Eu executava o que era pedido. Gostavam desse tipo de matéria, que eu fazia porque empresa pedia, mas não queriam assumir. Foram omissos em todos os momentos. A ordem do diretor era: fica longe, não faz a matéria. Fala para não entrar, para ficar no acesso, mas pode ser até pior para levar um tiro. Ideal era não fazer esse tipo de cobertura”. Jackson esteve na Band por quase cinco anos, tem passagem por TV Globo e assessoria da Guarda Municipal.

– Paula Máiran, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio, afirma que soube do caso pela nota na Fenaj: “Não temos contato direto com esse profissional, e a Fenaj infelizmente se pronunciou sem antes conversar conosco. É fundamental garantir o fortalecimento das nossas entidades na questão da segurança”. Durante a reunião semanal da diretoria, na 2ª.feira (9/2), a questão foi discutida. Paula prossegue: “Deliberamos que o primeiro passo será cobrar esclarecimentos da própria Band. E num dia muito especial, 10/2, em que faz um ano da morte de Santiago Andrade”.

– Celso Schröder, presidente da Fenaj, comenta os desdobramentos: “Fizemos a nota a partir de uma demanda de jornalistas do Rio. O diretor de Jornalismo da Band gentilmente nos ligou, fez suas considerações, tentou explicar o que teria acontecido, e parece compartilhar uma posição parecida com a da Fenaj. Estou planejando ir ao Rio, e devemos nos encontrar para conversar sobre que posições seguir”. A Fenaj registrou, em documento recente – Relatório 2014 da violência contra jornalistas e liberdade de imprensa no Brasil – os indicadores fortíssimos do aumento da violência no Brasil. Schröder propõe três ações: no âmbito parlamentar, uma lei federal que auxilie nas investigações; por parte do Executivo, um acompanhamento desde as denúncias até o esclarecimento; e um Protocolo de Segurança, válido para todos os estados, para a constituição de uma comissão de segurança nas empresas. Nessa comissão, os jornalistas, juntamente com as chefias, vão analisar a pertinência dessas pautas e como fazê-las, além de equipamento, treinamento jornalístico mais investigativo, e seguro de vida para os profissionais.

 

São Paulo

Vaivém-SP

– Nos cortes que estariam acontecendo no Estadão desde a semana passada, foram confirmados pelo menos dois profissionais que atuam no Jornal do Carro, tradicional caderno automotivo que circula às 4as.feiras: os repórteres Rodrigo Samy (rodrigosamy@gmail.com e 11-982-774-502) e Heverton Nascimento(hevertonsp@uol.com.br e 11-991-181-704). Rodrigo estava na casa desde novembro de 2013 e fazia parte da equipe fixa do caderno, e Heverton vinha atuando desde fevereiro de 2014 como freelancer para a publicação. “Posso garantir que não se trata de ‘passaralho’, estamos apenas fazendo alguns ajustes na editoria, que em breve terá novidades, mas que ainda não podemos adiantar”, explicou o editor Tião Oliveira.

– Antes do JC, Rodrigo integrou por seis anos o time de reportagem doWebMotors, e teve ainda passagens pela rádio Trianon AM, pelas redações do siteCarro Online e das revistas Motociclismo, Carro e Transporte Mundial, e pelas assessorias de Mitsubishi Motor e Yamaha. Jornalista desde 1998, Heverton chegou ao segmento automotivo em 2000 pela revista Som & Carro. De repórter, passou a editor da publicação, até deixar a casa em 2006 a caminho da Editora Sisal, onde foi subeditor da revista Oficina Mecânica e editor da Hot. Passou ainda pela extinta DNA Off Road (entre 2009 e 2013) e desde 2006 colabora para a revista Guitar Player.

Mônica Zarattini não é mais editora-assistente de Fotografia do Estadão. Graduada em História e Mestre em Ciências da Comunicação pela USP, ela começou a fotografar em 1981, ainda estudante. Em 1988 iniciou no Grupo Estado como repórter-fotográfica. No currículo, soma os prêmios EmbratelHerzog, ambos ganhos em 2001, além de integrar o acervo de fotografias do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Em janeiro deste ano, iniciou o blog De olho na foto, nosite do Estadão, que continuará ativo. Mônica está disponível para novas oportunidades pelo monica.zarattini@gmail.com.

– Depois de um período de experiência, de abril a junho de 2014, o boletim Auto Agora, produzido e apresentado por Edison Ragassi (ragassi@gmail.com), está de volta à programação regular da rádio Transamérica Pop (100,1 Mhz). As chamadas, com informações sobre lançamentos, peças, acessórios, serviços e dicas de manutenção preventiva, vão ao ar de 2ª a 6ª.feira, às 8h20, 10h, 13h30 e 16h, e aos sábados e domingos, às 10h, 12h e 14 horas. Além da emissora paulistana, o Auto Agora é veiculado desde outubro do ano passado pela Transamérica Light (95,1 Mhz), de Curitiba. Ragassi também é editor de veículos dos jornais Balcão Automotivo e Reparação Automotiva.

– Bartira Betini (bartira.betini@gmail.com), ex-Diário de S.Paulo e Rede Globo, e que desde 2008 atua como free-lancer de textos e assessoria de imprensa (fez trabalhos, entre outros, para Votorantim Cimentos, A Tribuna/Santos, Sanofi Aventis, Veja e 4 Rodas), começa o ano em busca de novas oportunidades para trabalhar em sistema de home office.

 

Livro

Acaba de ser relançada a obra de José Ramos Tinhorão Música popular: do gramofone ao rádio e tv (Editora 34), edição revista do livro publicado em 1981. Para o autor, ainda que a obra tenha como pano de fundo a música popular, o mais importante são os primeiros sinais da “relação da tecnologia com os modernos meios de divulgações de sons e imagens na era industrial”. A obra cita o pioneirismo nacional de Landell de Moura e Roquette-Pinto no rádio, embora os louros tenham sido colhidos por estrangeiros, tempos depois.

 

Com informações do Jornalistas&Cia

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