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Vai e Vem do Mercado (Moagem) – 12/01 a 19/01

Vai e Vem do Mercado (Moagem) - 12/01 a 19/01

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Abril

– Era questão de tempo. O intenso processo de reestruturação e enxugamento por que vinha e vem passando o Grupo Abril, com fechamento e transferência de revistas, demissões, diminuição de níveis hierárquicos, venda de empresas ou de participação em outros negócios mais dia menos dia desembocaria na questão da ocupação do imponente prédio da Marginal do Pinheiros, em São Paulo, o NEA – ou Novo Edifício Abril, alcunha que de certo modo buscava enobrecer também o Velho Edifício Abril, o da Marginal do Tietê, inaugurado no final dos anos 1960 e que tanto orgulho trouxe à família Civita e aos já então milhares de colaboradores da empresa.

– O dia chegou. A Abril está se desfazendo de quase metade do prédio, passando a partir de agora a concentrar todas as suas atividades na chamada Torre Alta do NEA – 13º ao 26º andares, além do 8º andar. A mudança já começou e os próximos dias com certeza serão de arrumação, ou rearrumação.

– Com os 15 andares que vai ocupar, mais o mezanino, o terraço e o auditório, que continuarão de uso exclusivo do Grupo Abril, a empresa ainda permanecerá como a principal inquilina do prédio. Vagarão outros 11 andares em no que depender da Abril, se ela conseguir influenciar a administradora, estes serão ocupados por empresas correlatas, como agências de publicidade, firmas de comunicação, produtoras de vídeo etc., o que contribuiria para que ali se continuasse a respirar comunicação.


Record

Celso Zucatelli, Chris Flores e Edu Guedes deixaram, na Record, o comando do Hoje em Dia no dia 9/1 e a partir do dia 12/1 o programa terá apresentação de César Filho, recém-contratado pela emissora, Renata Alves, que fez sucesso no quadro Achamos no Brasil do Domingo Espetacular, e Ana Hickmann, que volta à atração. O programa contará com a colaboração de Dalton Rangel na culinária, e continuam Dr. Antônio Sproesser (saúde), Gustavo Sarti (moda) e Mariana Leão (Rio de Janeiro). Celso, Chris e Edu continuam a integrar o elenco da Record e, segundo a emissora, em breve farão parte de novas atrações.

– Outra novidade por lá foi a estreia no dia 11/1, após o Domingo Espetacular, do Repórter em Ação, apresentado por Celso Freitas e produzido pelo núcleo de reportagens especiais da casa, também responsável por Câmera Record e Repórter Record Investigação. Ele exibirá uma seleção das melhores reportagens desses programas.


Jovem Pan

– O Jornal da Manhã, da Jovem Pan, passou a contar com comentários do historiador Marco Antonio Villa. Ele estreou no dia 6/1, dividindo a bancada com Joseval PeixotoRachel SheherazadeDenise Campos de ToledoAnchieta Filho. Além do Jornal da Manhã, Villa – que é bacharel e licenciado em História, mestre em Sociologia e doutor em História – atuará como consultor do site de notícias da Jovem Pan. Sua participação em outras produções da rádio em breve não está descartada. Villa também é comentarista do Jornal da Cultura, da TV Cultura de São Paulo.


Folha de S.Paulo

– A necessidade de “conter custos em razão da prolongada estagnação da economia brasileira”, levou a Folha de S.Paulo a reduzir drasticamente em 5/1 a equipe editorial que mantinha na sucursal de Ribeirão Preto. Dos sete profissionais que ali trabalhavam na redação, ficaram apenas dois. No total, seis vagas foram fechadas (um profissional do administrativo e cinco jornalistas), com cinco demissões, já que um jornalista será transferido para outra editoria. A região, que o jornal considera muito importante para os seus propósitos, passará a ter dois correspondentes, Marcelo Toledo e Gabriela Yamada. Os que saíram foram os repórteres Isabela Palhares, Camila Turtelli, João Carlos Pedrini e o fotógrafo Edson Silva. Vale lembrar que apenas Ribeirão e Campinas sobraram do projeto de regionalizar a cobertura da Folha no fim da década de 1980, que incluía, entre outras, sucursais em ABCD, Vale do Paraíba e Bauru.


Diário da Região

– O Grupo Diário de Comunicação, de São José do Rio Preto, no noroeste do Estado, fechou nesta no dia 6/1, o Diário da Região/Votuporanga e o Diário da Região/Catanduva, veículos com o mesmo padrão gráfico do Diário da Região/Rio Preto, tiragem de 1,5 mil exemplares cada, que havia lançado naquelas cidades no final de março do ano passado. O motivo, segundo a direção do Grupo divulgou internamente, foi que, em função da queda da atividade econômica no País a partir do segundo semestre, eles não deram o retorno esperado. Com isso, deixaram a empresa oito dos 13 profissionais das equipes fundadoras que ainda permaneciam na casa. Ademir Terradas, editor-chefe da edição de Votuporanga, é o único a ficar, em função ainda não definida.

– Com essas oito baixas, mais as seis que houve quando da saída do diretor de Redação Decio Trujilo, em meados de dezembro, o Grupo Diário perdeu perto de 20% de sua equipe editorial em menos de um mês.

– A Câmara Municipal de Taquaritinga aprovou em novembro, por unanimidade, moção de aplauso a Pedro Cafardo, editor-executivo e colunista online do Valor Econômico. Iniciativa do vereador Luís José Bassoli, a homenagem lhe foi feita “por seu trabalho na imprensa nacional, tendo atuado em cargos de chefia em outros importantes veículos de comunicação. Seu talento é um orgulho para Taquaritinga, município em que nasceu”. Pedro diz ter ficado feliz: “Foi uma lembrança de minha terra, onde vivi a infância e que deixei há mais de 50 anos”.

 

ESPN

– Com o fim da parceria da Rádio Capital AM de São Paulo com a ESPN, em 31/12, o Esporte da emissora fez acordo com outra equipe: a partir de 12/1, Alexandre Barros, no comando de Futebol Capital, Equipe de Alexandre Barros, transmitirá os principais jogos dos grandes clubes paulistas, além de manter um programa diário de Esportes no antigo horário ocupado pela ESPN (das 18h às 19h). Neste período de transição, o horário vem sendo preenchido por David Nascimento, que apresenta o Esporte Capital.


Assessoria de Imprensa

Everaldo Gouveia é o novo assessor de imprensa da Presidência da Câmara Municipal de São Paulo. Assumiu a convite do novo presidente, vereador Antônio Donato (PT), com quem já vinha trabalhando desde a campanha de 2012 (incluindo a passagem que teve como secretário, pela Prefeitura de São Paulo). Ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e por vários anos repórter do extinto Diário Popular, Everaldo começou na nova função no dia 6/1 . Eleito deputado estadual, o ex-presidente da Câmara José Américo assumirá, em março, uma cadeira na Assembleia Legislativa de São Paulo, pelo PT.

 

Secom

– Depois de ligeiras especulações sobre a possível troca do titular da Secom no novo mandato de Dilma Rousseff na Presidência da República, deu novamente Thomas Traumann na cabeça e ele continua firme e forte à frente da Secom, com status de ministro, dando continuidade ao trabalho que iniciou um ano atrás, quando sucedeu Helena Chagas. Com formação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, Thomas coordenou a assessoria de imprensa do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci e foi assessor especial da mesma Secom. Em 2012, foi nomeado porta-voz da Presidência da República, cargo que acumula com a Chefia da Secretaria de Comunicação. Antes de entrar no governo, trabalhou em Folha de S. Paulo, Veja e Época. Também ocupou cargos de direção nas agências FSB e Llorente & Cuenca.

– Já o Ministério das Comunicações, ao que tudo indica, vai passar por grandes transformações, inclusive de orientação política, sob a gestão de Ricardo Berzoini. Por mais complexa que seja sua missão numa pasta tão estratégica, que responde, entre outros temas candentes, pelas telecomunicações, o que de fato interessa aos veículos de comunicação é a possível deflagração do processo de Regulação da Mídia, uma das bandeiras do PT – e uma das que mais arrepios causa ao empresariado e a grande parte dos próprios jornalistas. Berzoini, segundo tudo o que foi publicado, é simpático à causa e certamente a abraçará em futuro próximo. Os grandes veículos são visceralmente contra e já estão com seus canhões e metralhadoras apontados para o Ministério.

– Engenheiro, ele foi secretário de Imprensa e Comunicação da CUT. Filiado ao PT, foi eleito deputado federal quatro vezes, além de já ter sido presidente nacional do partido. No governo Lula, foi ministro da Previdência Social e, posteriormente, do Trabalho e Emprego. Durante a campanha à reeleição de Dilma, foi um dos articuladores da proposta de regulamentação econômica da mídia. Em diversas entrevistas o novo ministro declarou ser a favor de medidas que proíbam o monopólio ou oligopólio dos meios de comunicação no Brasil.


Nacionais

– O Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) divulgou relatório especial em que aponta os países com maior índice de assassinatos em jornalistas em 2014. Na conta, apenas os casos em que há fortes indícios de que o homicídio tem relação com a atividade jornalística do profissional. No Brasil, o CPJ confirmou a morte de dois jornalistas no Rio de Janeiro em função de seu trabalho. O primeiro, Pedro Palma, proprietário do jornal Panorama Regional, foi morto a tiros em frente de casa em fevereiro. Sua morte provavelmente está ligada à cobertura local de fatos políticos. O segundo caso foi do cinegrafista da Band Santiago Andrade, que difere das outras mortes nessa lista por ter acontecido durante um protesto, ambiente particularmente perigoso para jornalistas brasileiros no ano.

– No Paraguai, país mais perigoso da América Latina para jornalistas, foram três casos de assassinato em 2014. O mais recente é de Pablo Medina Velázquez, correspondente regional do jornal ABC Color, baleado diversas vezes no departamento de Canindeyú, enquanto trabalhava. Uma assistente também foi morta no ataque. Medina cobria a produção de maconha e o tráfico de drogas próximo à fronteira com o Brasil, e editores disseram que ele recebia ameaças frequentes por causa disso. Seu irmão e parceiro de trabalho Salvador Medina foi morto na mesma região, em 2001, por suas reportagens. Ainda estão na lista paraguaia Fausto Gabriel Alcaraz Garay, da Radio Amambay, e Edgar Pantaleón Fernández Fleitas, da Belén Comunicaciones, também baleados e mortos perto da fronteira com o Brasil em maio e junho, respectivamente. CPJ relatou que Alcaraz denunciava regularmente atividades criminosas e tráfico de drogas em seu programa de rádio. Fernández, que também era advogado, apresentava um programa crítico a juízes locais, advogados e funcionários do gabinete do procurador-geral.

– No México, o repórter Octavio Rojas Hernández, que havia começado a trabalhar para o jornal El Buen Tono, em Córdoba, Veracruz, foi assassinado na porta de casa em agosto. De acordo com o diretor de Redação do veículo, a morte está relacionada a uma matéria que ligava um diretor da polícia municipal a uma quadrilha de roubo de gás. Também em Veracruz, o repórter Gregorio Jiménez de la Cruz foi morto após ter sido sequestrado em fevereiro por homens armados perto de Coatzacoalcos. Jiménez cobria crime e segurança para os jornais Notisur e Liberal del Sur, segundo o CPJ.

– O Comitê identifica também uma tendência à impunidade no que diz respeito aos assassinatos de jornalistas da região, com raros casos em que os responsáveis pelos crimes são identificados e punidos.

FIJ

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) também divulgou, em 31/12, seu relatório anual da violência, que registrou 118 jornalistas e profissionais de mídia mortos em 2014 em incidentes relacionados com o trabalho direcionado ou fogo cruzado, um aumento de 13 assassinatos em relação ao ano anterior. O relatório registra ainda que outros 17 profissionais morreram em acidentes rodoviários e desastres naturais enquanto exerciam suas atribuições, contabilizando 135 vítimas fatais. De acordo com a lista anual da FIJ, a região da Ásia-Pacífico teve o maior número de óbitos, 35, o que torna a região mais perigosa para os jornalistas e meios de comunicação pelo segundo ano consecutivo. O Oriente Médio vem na segunda posição, com 31 mortes, seguido pelas Américas (26), África (17) e Europa, com nove mortes violentas.

 

Prêmios

– A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) está com inscrições abertas para o Prêmio de Excelência Jornalística 2015, do qual podem participar publicações impressas e digitais, além de agências de notícias de mais de 33 países das Américas e do Caribe. O prazo para envio dos trabalhos, em espanhol, português ou inglês, é até 15 de janeiro. Esta edição tem como novidade a categoria Jornalismo sobre o Meio Ambiente Robert Eisenmann Jr., patrocinada pelo La Prensa, do Panamá, em homenagem ao editor e fundador do jornal. Somam-se a ela as categorias Relações InteramericanasDireitos HumanosCobertura Noticiosa, Crônica, Jornalismo em ProfundidadeFotografiaCaricaturaInfografiaOpiniãoJornal na EducaçãoJornalismo AmbientalCobertura Noticiosa na InternetCobertura Multimídia.

– Há ainda Grande Prêmio SIP para Liberdade de Imprensa, que será entregue à pessoa ou organização que tenha obtido resultados significativos em favor da causa da liberdade de imprensa. Os vencedores receberão certificados e prêmios em dinheiro durante a Assembleia Geral, em outubro, em Charleston, Carolina do Sul (EUA). É imprescindível que o trabalho inscrito tenha sido publicado durante 2014, mas não é necessário que o veículos seja sócio da SIP para participar. O regulamento do concurso e detalhes sobre a participação estão no site da SIP.

– As inscrições para o Prêmio Petrobras de Jornalismo terminam daqui a um mês, em 6 de fevereiro. As categorias por tema são: Cultural, Esportiva, Responsabilidade Socioambiental, Petróleo-Gás-Energia e Fotojornalismo. Há premiações regionais, em todos os temas, também para Nordeste; Sul e interior de São Paulo; Espírito Santo e interior do Rio de Janeiro; Norte, Centro-Oeste e Minas Gerais. Os temas se subdividem por mídias – impresso, rádio, tevê e portal. Além disso, o concurso oferece um prêmio para correspondente estrangeiro residente no Brasil, sobre qualquer dos temas, em qualquer plataforma. Entre todos os trabalhos inscritos, será escolhido o Grande Prêmio Petrobras, fazendo jus a R$ 31.800. As categorias por tema recebem R$ 18.250 cada, e as regionais  R$ 7.600, todos em valores brutos.

 

Registro

Morreu em 2/1, aos 60 anos, Rafael Guelta, que trabalhou no Diário do Grande ABC na década de 1990, atuando repórter, editor de vários cadernos e colunista. Diabético, Guelta foi vítima de um ataque cardíaco. O corpo foi enterrado em 3/1, no Cemitério Parque das Aléias,em Campinas. Natural de Santo de André, passou pelas redações dos jornais Diário do Povo e A Tribuna, além da revista Livre Mercado. Foi ainda coordenador de textos no Governo do Estado de São Paulo. Especializado em Economia, prestou serviços para Volkswagen e Fiesp. No DGABC, participou de importantes coberturas jornalísticas, como o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.

 

Com informações dos Jornalistas & Cia

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