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Vai e Vem do Mercado (Moagem) – 12/01 a 18/01

Vai e Vem do Mercado (Moagem) - 12/01 a 18/01


trocatroca

 

Leia na edição desta semana do Vai e Vem: Ramiro Alves é o novo assessor do ministro da Fazenda,  Nelson Barbosa ; Rede Globo trás de volta Delis Ortiz; Brasil fecha 2015 como terceiro país mais violento para jornalistas; Téo Taveira começa na RedeTV e os falecimentos  de Daniel Milani Dotoli e de Cláudio Antônio Lachini


Ministro da Fazenda

Ramiro Alves aceitou o convite do ministro Nelson Barbosa e já se apresentou ao Ministério da Fazenda, em Brasília, para chefiar a Assessoria de Imprensa do órgão. Com isso, deixou o posto de publisher do Grupo Ejesa, que ocupava desde 2012. Ali, no Rio de Janeiro, cuidava do iG e dos jornais O Dia e Meia Hora.

– Carioca e apaixonado por carnaval, Ramiro foi um dos fundadores do bloco Imprensa que eu gamo, tradicional no Rio. Trabalhou como editor em O Globo e IstoÉ, revista que deixou em 2004 para assessorar o ministro Guido Mantega, também no Ministério da Fazenda, época em que conheceu o atual ministro Nelson Barbosa, até ser contratado pelo Grupo Ejesa.

– Atuam também na assessoria Patrícia Mesquita, que chegou com o novo ministro, para assessorá-lo diretamente, e a coordenadora Érica Andrade. Os contatos da Ascom são 61-3412-2501 / 2547 e imprensa@fazenda.gov.br.


STF

– O ministro do STF Dias Toffoli determinou em 18/12 a suspensão da eficácia do Artigo 10 da Lei 13.888/2015, que regulamentou o direito de resposta nos meios de comunicação. A medida atende a pedido liminar da Ordem dos Advogados do Brasil e suspende a aplicação do artigo que garantia somente a órgãos colegiados dos tribunais a possibilidade de concessão de recurso para sustar a publicação da resposta.

– “Admitir que um juiz integrante de um tribunal não possa, ao menos, conceder efeito suspensivo a recurso dirigido contra decisão de juiz de primeiro grau é subverter a lógica hierárquica estabelecida pela Constituição, pois é o mesmo que atribuir ao juízo de primeira instância mais poderes que ao magistrado de segundo grau de jurisdição”, argumentou Toffoli.

– Na ação, a OAB defendeu a regulamentação do direito de resposta, mas afirmou que a lei não pode impedir a Justiça de coibir eventuais abusos contra direito de resposta abusivamente concedido.


Rede Globo 

– mo parte das movimentações de correspondentes que começou a fazer em outubro passado, a Rede Globo também trouxe de volta Delis Ortiz, que estava há cinco anos em Buenos Aires. Ela volta a atuar em Brasília na cobertura da política nacional, editoria em que iniciou a carreira, em 1990. Delis está na Globo desde 1991.


Demissões

– Conduzido por Sérgio Spagnuolo, o projeto de jornalismo de dados Volt Data Lab atualizou os números da “conta dos passaralhos” com as demissões ocorridas em 2015.

– e acordo com a pesquisa mais de cinco mil profissionais foram demitidos desde 2012, sendo 2.631 só em 2015. uem lidera esse ranking é a Editora Abril, seguida por Terra, Infoglobo, Estadão e Folha de S.Paulo. Veja os infográficos.

 

Estadão

Estranhos na noite – Mordaça no Estadão em tempos de censura é o título do vídeo que José Maria Mayrink, repórter especial do jornal, concluiu recentemente ainda como parte das comemorações dos 140 anos do Estadão, completados em 4 de janeiro de 2015. Segundo ele, a ideia surgiu em 2014, de um encontro do diretor de Conteúdo Ricardo Gandour (em licença até o final de maio, fazendo pesquisas nos EUA) com o cineasta Camilo Tavares, da PequiFilmes, diretor do documentário O dia que durou 21 anos, sobre o golpe militar de 1964: “O roteiro de nosso filme foi o livro Mordaça no Estadão, que publiquei em dezembro de 2008, aniversário do AI-5. Terminei as entrevistas no primeiro semestre de 2015. Tiramos cópias em DVD para distribuição interna e testes. O jornal está montando um esquema de divulgação, para a segunda quinzena de janeiro. O link deverá ser acessível pela TV Estadão e pelo Portal Estadão”.

– Mayrink, também responsável pelo roteiro, entrevistou 27 pessoas e incluiu um depoimento próprio. A maioria dos entrevistados é de profissionais que trabalharam no Estadão e no Jornal da Tarde no período da censura do AI-5. Alguns foram presos e torturados, como Carlos Garcia, na época diretor da sucursal do Recife: “Todos foram testemunhas da repressão e sofreram suas consequências na redação. O ex-ministro Delfim Netto, o último a falar, deu uma bela e honesta entrevista, em contraponto. Outras contribuições importantes foram as das atrizes Eva Wilma e Irene Ravache, que falaram sobre a censura na cultura”. Os outros entrevistados são Carlos Brickmann, Carlos Chagas. Edmundo Leite, Fernando Mitre, Flávio Tavares, Gellulfo Gonçalves (Gegê), Hagop Boyadjian, Ivan Angelo, João Luiz Guimarães, Júlio César Mesquita, Ludenbergue Góes, Luiz Roberto de Souza Queiroz, Manuel Alceu Affonso Ferreira, Marco Antônio Rocha, Maria Aparecida de Aquino, Miguel Jorge, Oliveiros S. Ferreira, Raul Bastos, Ricardo Kotscho, Roberto Godoy, Ruy Mesquita Filho, Selma Santa Cruz e Sérgio Mota Mello.


Manifesto

 – Um ato cívico em 6/1, na praça Vladimir Herzog, atrás da Câmara Municipal de São Paulo, marcou a passagem do 40º aniversário do documento Em nome da verdade, que foi lançado pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo para rebater ponto por ponto a farsa do Inquérito Policial Militar instaurado “para apurar as circunstâncias em que ocorreu o SUICÍDIO do jornalista Vladimir Herzog”, em 25/10/1975, nos porões da ditadura. Assinaram o manifesto 1.040 jornalistas de todo o País, que, com esse gesto, denunciaram a tortura do regime militar ao mesmo tempo em que preservaram o Sindicato de represálias.

Crise na TV Senado

– Em carta enviada aos senadores em dezembro, profissionais da TV Senado denunciam desmonte da emissora e perseguição aos jornalistas da casa. “A redução de equipes limitou seriamente a cobertura das reuniões de comissões e a produção de entrevistas com os senadores, que esclareciam propostas legislativas e davam equanimidade à participação dos parlamentares na programação da TV Senado”, diz trecho do comunicado.

– Segundo os profissionais, foi perpetrada uma intervenção com “demissão sumária” das diretoras (Junia Melo e Isabela Dutra) e a indicação de um “interventor” (Sylvio Guedes). O comunicado denuncia ainda perseguição política a servidores, com “atentados à liberdade de expressão, mediante ameaça com
processos administrativos contra os que se manifestam publicamente contra
as mudanças, o que tem causado a fuga maciça de profissionais da área”.

– “Outro motivo de grande preocupação é a tentativa de alterações na estrutura da Secretaria de Comunicação sem estudos preliminares que apontem os impactos envolvidos. A reestruturação da área, preparada pela direção da Secom, aponta para o desmonte da TV Senado, com a retirada das áreas técnica e operacional da estrutura da emissora e a criação de uma supersecretaria, ligada diretamente à diretora da Secom, que concentraria os contratos e compras da Comunicação, sem a participação dos profissionais da TV e da Rádio Senado, que acumulam expertise na área há 20 anos”, completa do texto.

– Também a TV Senado da Argentina, que lá se chama canal Senado TV, vive dias de agitação, no governo do recém-empossado presidente Mauricio Macri, que ordenou a suspensão, até segunda ordem, do sinal da emissora. Segundo a Telesur, a ideia “é reordenar sua programação, enquanto se realiza uma auditoria externa sobre as contas da Câmara alta”.

Violência

– O ano de 2015 registrou o maior número de jornalistas assassinados dos últimos 23 anos. É o que aponta levantamento do Comitê para Proteção de Jornalistas, que somou 69 casos de violência fatal contra profissionais de imprensa, sendo seis deles no Brasil.

– Ainda segundo o CPJ, o Brasil ficou atrás apenas de Síria (com 13 casos) e França (com nove) – contando, claro, os jornalistas mortos no atentado contra o Charlie Hebdo, em janeiro passado.

– De acordo com Jamil Chade, do Estadão, o número de jornalistas assassinados no Brasil se equipara ao de países que vivem em estado de guerra, como Iraque, Iêmen e Sudão do Sul, com a ressalva de que a maioria dos brasileiros assassinados não atuava na cobertura de conflitos armados ou mesmo de criminalidade urbana, e sim em apurações sobre casos de corrupção envolvendo políticos locais.


RedeTV

Téo Taveira, que em novembro deixou de ser correspondente da TV Record em Portugal, onde estava desde 2013, passou a integrar o núcleo de Jornalismo da RedeTV. Ele atuará como repórter do principal telejornal da casa, o RedeTV News, e do Documento Verdade.

– Após dois anos afastado do mercado automotivo, desde que deixou o comando da Quatro Rodas, Sérgio Berezovsky (sberezovsky@gmail.com) volta ao segmento como editor do site AutoEntusiastas.

 

Registro

– Morreu no início da tarde de 3/1, em São Paulo, Daniel Milani Dotoli, editor-assistente do jornal Propmark. Ele estava afastado de suas funções para tratamento de saúde e hospitalizado nos últimos dias. O corpo foi sepultado no Cemitério Gethsemani, no Morumbi. Daniel também teve passagens pelas revistas Marketing e Propaganda.

Cláudio Lachini

– Morreu em  5/1, aos 74 anos, vítima de câncer, Cláudio Antônio Lachini. Natural de Alfredo Chaves (ES), descendente de italianos, começou a trabalhar aos 15 anos, na redação da Folha do Norte, em Colatina (ES).

– Formado em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo, trabalhou como chefe da Divisão de Divulgação e do Serviço de Imprensa Universitária. Deixou o Espírito Santo para fazer parte da equipe de criação da revista Veja, em que foi repórter. Também colaborou para a revista Realidade, ambas da Editora Abril.

–  Foi copydesk no Estadão, secretário de Redação nas revistas Varejão e Expansão e secretário geral de Redação da Gazeta Mercantil, jornal em que esteve por 30 anos. Participou ainda da criação do programa de televisão Crítica e Autocrítica, da TV Gazeta (SP). Em 1984, transferiu-se para Curitiba-PR, como diretor da sucursal da Gazeta Mercantil.

– Escreveu diversos livros, entre eles Sperandio – Fragmentos de uma saga ítalo-brasileira, sobre os imigrantes italianos que povoaram o Espírito Santo; Vasco – Memórias de um percursor da globalização, sobre Vasco Fernandes Coutinho, fidalgo português que foi o primeiro capitão donatário da Capitania Hereditária do Espírito Santo; e a coleção A produção de riquezas no Brasil, pela Gazeta Mercantil.

André Lachini, filho de Cláudio e também jornalista, escreveu em sua página do facebook: “Amigos e amigas. Hoje é o dia mais triste da minha vida. Meu pai, Claudio Antonio Lachini, morreu aos 74 anos aqui em São Paulo. Ele enfrentou uma longa batalha contra o câncer. Peço a todos que o conheceram que façam uma prece por ele”. O corpo foi enterrado nesta 4ª.feira (6/1), no Cemitério do Morumbi.

 

Curtas

– Plurale, revista e site com foco em sustentabilidade, dirigida por Sônia Araripe e Carlos Franco, acaba de completar oito anos. A edição especial de nº 50 vem com artigos inéditos e logo na capa matéria de fôlego sobre a tragédia de Mariana (MG). “Marcamos o aniversário com esta notícia dramática e de grande impacto. Um alerta para empresas, órgãos públicos e especialistas realmente tenham compromisso com a sustentabilidade”, explica Sônia. Na equipe de Plurale estão Nicia Ribas, Isabel Capaverde, Luciana Tancredo, Isabella Araripe e os correspondentes Aline Gatto Boueri, na Argentina; Wilberto Lima, nos Estados Unidos, e Vivian Simonato, na Comunidade Europeia, além de um time de colunistas colaboradores que tem feito história nestes oito anos. Como novidade, já para este começo de 2016, Plurale em site, atualizado diariamente com vários temas (como energia, educação, social, LGBT e estudos), terá também a TV Plurale, com vídeos exclusivos e de parceiros. Confira a edição especial de oito anos.

– Estreou nessa 2ª.feira (4/1) na Transamérica o programa #DaBola, que se propõe a dialogar com o mundo atual, no qual o futebol é discutido em uma mesa dinâmica, com a participação de convidados e ampla interação nas redes sociais mais utilizadas do momento: facebook, whatsapp, twitter, instagram, snapchat e periscope. Integram a equipe do programa, que vai ao ar de 2ª a 6ª.feira, das 20h às 22h, nomes conhecidos do jornalismo esportivo, como Oscar Roberto Godoi, Ronaldo Giovaneli e Silvio Luiz. A apresentação está a cargo de Thomaz Rafael e Ivan Drago, com reportagens de Marco Bello, Guilherme Lage e Leandro Boudakian. Completa a equipe o humorista Gavião.

– O blog FabioTV, de Fabio Maksymczuk, está agora hospedado no UOL. Segundo ele, o antigo espaço www.fabiotv.zip.net chegou ao limite de armazenamento de mensagens, após 11 anos: “Tentamos apagar as mensagens antigas para liberar espaço, sem sucesso. Por isso mesmo, criamos um novo espaço com a mesmíssima identidade visual e inverti o ‘TV’ e ‘Fabio’ no endereço do blog: www.tvfabio.zip.net.

 

Prêmio

– Vão até 15/1 as inscrições para o Prêmio Excelência Jornalística, oferecido pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), dirigido a publicações impressas e digitais de países das Américas e do Caribe.

– A comissão julgadora avaliará os trabalhos enviados e escolherá os dez finalistas e o ganhador em cada uma das 13 categorias. Os vencedores receberão certificados e prêmios em dinheiro durante a Assembleia Geral da SIP, a ser realizada em outubro, em Denver, no Colorado (EUA). Relações interamericanas, direitos humanos, cobertura noticiosa, crônica, jornalismo em profundidade, fotografia, caricatura, infografia, opinião, jornal na educação, jornalismo ambiental, cobertura noticiosa na internet e cobertura multimídia são as categorias em disputa.

– Também será concedido o Grande Prêmio SIP para Liberdade de Imprensa a uma pessoa ou organização que tenha obtido resultados significativos em favor da causa da liberdade de expressão.

Livro

Aldo Schmitz lança o seu terceiro livro na área da Comunicação, o Jornalista a serviço das fontes, pela Combook, editora sem fins lucrativos; por isso, a versão e-book é gratuita e o livro em papel cobrado pelo custo da impressão. A obra reúne alguns artigos divulgados em publicações científicas e eventos de pesquisadores em jornalismo no período de 2012 a 2015 e que abordam a migração e as contribuições dos jornalistas para a comunicação das organizações. Segundo o autor, trata-se de um paradoxo, “pois quem, em princípio, deveria vigiar, questionar, criticar e até mesmo denunciar, assume um papel profissional para promover e inclusive defender as fontes”.

–  Schmitz tem mestrado em Jornalismo e doutorado em Sociologia Política pela UFSC. Trabalhou cinco anos como repórter e por 20 em gestão da comunicação pública e empresarial. Desde 2007 atua como professor do Instituto Superior de Comunicação (Iscom). É também autor de Fontes de notícias (2011) e Agência de comunicação (2013).

Com informações dos Jornalistas&Cia

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