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Vai e Vem do Mercado (Moagem) – 06/01 a 12/01

Vai e Vem do Mercado (Moagem) - 06/01 a 12/01


 trocatroca

 

Nacional

– Semanas atrás, no Rio de Janeiro, o deputado federal Protógenes Queiroz, do PCdoB, que recentemente foi condenado à perda de mandato, multa e prisão pelo STF, denunciou na ABI, durante a cerimônia de posse da nova diretoria, que estava sendo vítima de uma das mais absurdas inconstitucionalidades do País, praticada sob a guarda da Suprema Corte: a quebra do sigilo da fonte. Em sua fala, ele denunciou que uma decisão judicial autorizou a quebra simultânea do sigilo telefônico da Polícia Federal e de 50 jornalistas que atuaram na cobertura da Operação Satiagraha. O objetivo era cruzar informações, para colher provas de que havia ocorrido vazamento de informações do processo que corria sob segredo de justiça e com isso descobrir e processar o responsável pelo suposto vazamento. Foi com base nessa ilegalidade, disse ele, que o STF o condenou, mesmo sem ter nenhuma comprovação de que os telefones investigados eram de fato dele. “O mais grave – afirmou – é a quebra do sigilo da fonte de informação, que fere mortalmente a liberdade de imprensa e de expressão, garantida pela Constituição brasileira. Hoje a vítima sou eu, mas se nada for feito, logo mais teremos muitas outras vítimas”.

– Demorou muito pouco para que o vaticínio de Protógenes se confirmasse. Em decisão do dia 27/11, mas que só veio a público em 18/12, graças à reportagem de Thiago Herdy publicada em O Globo, o juiz Dasser Lattiere Júnior, da 4ª Vara Federal de São José do Rio Preto (SP), determinou a quebra dos sigilos telefônicos do repórter Allan de Abreu e do jornal Diário da Região, atendendo a um pedido da Polícia Federal, cujo objetivo é identificar a fonte de Abreu em reportagens sobre a Operação Tamburutaca, deflagrada pela PF em 2011.

– Allan de Abreu foi contatado logo após a publicação da reportagem pelo procurador da República Álvaro Stipp, que solicitou ao jornalista que revelasse sua fonte. Com a negativa, pediu a abertura de inquérito contra Allan por coautoria em quebra de sigilo das investigações.

– No texto de sua decisão, o juiz Lattiere afirma haver “indícios de fatos graves a serem apurados” e “se imprescindível, como sustenta a autoridade policial, a obtenção de informações para apuração dos fatos, é de se deferir a ruptura do sigilo”. O Grupo Diário informou que vai recorrer da decisão.

 

São Paulo – Interior 

– Aparentemente sem nenhuma correlação e fruto de mera coincidência, Decio Trujilo deixou o cargo de diretor de Redação do Diário da Região, de São José do Rio Preto, após um ano e três meses no cargo. Decio, que foi o último editor-chefe do Jornal da Tarde, havia sido convidado a dirigir o jornal com a proposta de modernizar a plataforma digital e reestruturar o impresso. Já havia uma combinação de que passaria um período na empresa, até concluir esse processo. O segundo semestre difícil vivido por grande parte da mídia brasileira e o olhar mais conservador da empresa em relação ao cenário para 2015 levaram-na, no entanto, a fazer alguns ajustes no orçamento, entre eles o de extinguir o cargo de diretor de Redação, que havia sido criado com a chegada de Decio.

– Com a saída dele, fica no comando do jornal o editor-chefe Fabrício Carareto, que ali já estava quando ele chegou. Decio passa o final de ano em São Paulo e depois regressa a São José do Rio Preto para os acertos finais com o Diário. Só aí deverá definir os próximos passos profissionais.

 

São Paulo

– “Uma rede de profissionais a serviço da produção de conteúdo qualificado e inovador”. Essa é a proposta de Andréia Lago e Cacalos Garrastazu com a eder content. Texto, imagem, áudio, desenho, infografia, dados, HQ. A ideia da nova plataforma é explorar os diferentes formatos – desde os mais tradicionais até os ainda experimentais – com distintas gerações de profissionais para produzir conteúdo, tanto para a indústria jornalística, como para empresas de outros segmentos e suas marcas.

– Após mais de 20 anos de experiência em redações de São Paulo, Brasília e Porto Alegre – com passagens por Folha de S.Paulo, Valor Econômico, Zero Hora, rádios Gaúcha, Guaíba, Jovem Pan e CBN, TV Bandeirantes –, Andréia, que recentemente deixou o Grupo Estado após 14 anos, afirma que decidiu “unir forças para manter viva a tradição das grandes reportagens”.

– Cacalos Garrastazu, repórter fotográfico freelancer, aponta para o diferencial do novo espaço: “Nosso conteúdo terá qualidade e profundidade, características que acompanham os trabalhos jornalísticos feitos com tempo e rigor, algo que se vem perdendo no dia a dia das grandes redações”.

– São parceiros da rede Beatriz Abreu, Dimalice Nunes, Ricardo Gozzi, Rita Tavares e Soraia Haddad. No time de colaboradores estão Alexandre Dall’Ara, Daniela Fabrasile, Edgar Maciel, Jéssica Kruckenfellner, Juliana Karpinski, Luis Lima, Marcella Fernandes, Renato Oselame, Sirlene Farias, Thiago Moreno e Victória Mantoan.


Curtas

– Após três anos à frente da agência de notícias da ONG Repórter Brasil, Daniel Santini (danielsantini@gmail.com) deixa o cargo de coordenador de jornalismo para assumir a vaga de coordenador de projetos na Fundação Rosa Luxemburgo. Simultaneamente sai também do site de jornalismo ambiental O Eco, em que escreve desde 2010, para participar em 2015 de um novo projeto que combina dados públicos, jornalismo de dados e geojornalismo, iniciativa cujos detalhes serão anunciados em breve.

– Não é a única mudança na Repórter Brasil, organização sem fins lucrativos considerada referência em informações sobre combate ao trabalho escravo e defesa de direitos humanos. O editor-assistente Igor Ojeda e o repórter Stefano Wrobleski também estão de saída da organização. Este último vai atuar com Santini do novo projeto e paralelamente trabalhar em uma reportagem investigativa sobre energia, iniciativa para a qual recebeu financiamento por meio do concurso de microbolsas da Pública e do Greenpeace. Na Repórter Brasil, os nomes dos eventuais substitutos ainda não foram anunciados.

Soraia Gama, editora do Viva desde março de 2012, deixou o Diário de S.Paulo após seis  anos de casa e volta a atuar por sua Gama Comunicação. Ela começou no Diário como repórter especial da extinta revista de domingo, a Diário Dez. Antes, passou por Editora Abril (revistas Minha Novela, Capricho e Contigo e sites do núcleo jovem) e Editora Globo (frila das revistas Quem e Crescer).

– Outras demissões movimentaram o Diário de S.Paulo e a Rede Bom Dia nos últimos dias. No Diário há informações da saída de dois profissionais da área de tratamento de imagens; e da Rede Bom Dia, colegas da própria redação.

– Desde a venda da Rede Bom Dia, responsável pelo Diário de S.Paulo, para a Cereja Comunicação em setembro de 2013, o jornal passa por profundas mudanças – que vão desde a mudança de sede, da Barra Funda para a Lapa, até a saída do chefe de Redação Carlos Frey de Alencar. Fabrício Cardoso, editor-executivo do jornal, disse que “os cortes de pessoal são reflexo da mesma realidade que atingiu outras empresas de comunicação, que precisaram reajustar seus custos em função das dificuldades enfrentadas em 2014. Os movimentos no Diário e na Rede Bom Dia foram no sentido de preparar a empresa para os desafios de 2015. Frise-se que, mesmo com a revisão de processos internos, nenhuma operação foi descontinuada no interior do Estado”.

 

Livros

Gustavo Henrique Ruffo lançaO colesterol do trânsito”. O Livro reúne artigos bem-humorados, escritos para a extinta versão brasileira do site Jalopnik, sobre diferentes tipos de “maus motoristas” 

– Como combater a lentidão do trânsito, especialmente a causada por maus motoristas? Para tentar responder a essa questão Gustavo Henrique Ruffo lança O colesterol do trânsito, livro que reúne nove artigos que ele escreveu para a extinta versão brasileira do site Jalopnik, nos quais aborda de maneira bem humorada os diferentes tipos de motoristas que ajudam a tornar ainda mais caótico o dia a dia das grandes cidades. “A ideia do tema surgiu a partir de uma brincadeira em que comecei a citar os diferentes tipos de motoristas que entopem o trânsito, que eu chamava de colesterol”, explica Gustavo. “Juliano Barata, que era o editor do Jalô, achou interessante o tema e sugeriu que eu o abordasse em artigos para o site. O que começou como uma brincadeira acabou caindo no gosto dos leitores, que comentavam e compartilhavam bastante os textos. Com o fim da versão brasileira do site conversei com o Juliano e sugeri transformar aquilo em livro e ele deu todo apoio à ideia”.

– Com uma mistura de humor e manual de boa conduta ao volante, a obra chega ao mercado com os textos revisados e ilustrados por Walter Junior. Editado de modo independente, O colesterol do trânsito pode ser comprado em papel no site do Clube de Autores (R$ 40,38), ou em e-book (R$ 13,99) nas lojas virtuais de Amazon Brasil, Livrarias Saraiva, Google Play, iBook Store e Iba. “O livro é uma ótima opção de presente do tradicional Amigo da onça, promovido nas festas de final de ano. É um jeito sutil de dar um recado ao seu amigo roda-presa ou mesmo para divertimento próprio”, garante Ruffo, que também é autor de Estúpido Tanatos (2010), obra que reúne crônicas sobre os absurdos da morte.


Com informações dos Jornalistas & Cia

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