A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo participou da assembleia dos Radialistas que discutiu a demissão de 53 trabalhadores, entre eles dois jornalistas. Assim, a crise na Rádio e TV Cultura, que se arrasta há vários anos, ganhou proporções ainda mais alarmantes nesta quarta-feira (15). A entidade repudia qualquer tipo de corte, ainda mais em empresa pública estadual.
A RTV Cultura, administrada pelo governo do PSDB, vive mais uma crise. Além de dever reajuste nos salários de 2014 para radialistas e jornalistas, tem sucateado sua área técnica e de produção de conteúdo, com a falta total de investimentos e com demissões.
O Sindicato dos Jornalistas repudia qualquer tipo de demissão, manifesta sua solidariedade e utilizará todos os mecanismos para barrar as dispensas. Ele já enviou fício onde pede a confirmação do número oficial de jornalistas demitidos, já que os números preliminares são de dois e reitera o pedido de resposta a ofício enviado anteriormente, que dava prazo até sexta-feira (17) para saber sobre o reajuste ainda não pago da última convenção coletiva.
No mês passado, os radialistas fizeram greve – com solidariedade dos jornalistas e o caso acabou no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), onde foi feito um acordo que garantiu estabilidade até o final de julho. A diretoria da RTV Cultura descumpriu o acordo fechado na Justiça.
Os jornalistas ainda não receberam o reajuste de 2014 – a justificativa da empresa é que o Conselho de Defesa dos Capitais do Estado (Codec), órgão da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, vetou os pagamentos sob a alegação de que o governo estadual está com problemas financeiros e queda de arrecadação.