Em novo capítulo da novela dos aventureiros que pretendem “rachar” o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, pisoteando 75 anos de história e conquistas, a Chapa 2, derrotada nas eleições da entidade realizada no final de março, emitiu nota repudiando a atitude de parte de seus membros que, ao não aceitarem os resultados das urnas, decidiram fundar por conta própria uma entidade à parte, na região Noroeste do estado.
Sob o título “Fortalecer o SJSP, sim! Dividir a categoria, não!” a Chapa 2 condenou a atitude dos divisionistas, os isolando ainda mais politicamente. O texto afirma: “Várias das empresas jornalísticas que atuam no Interior e Litoral constituíram monopólios regionais e detêm grande força econômica e política, de modo que pequenos sindicatos de base local terão enormes dificuldades de se contrapor a elas”, e, ao final conclui: “Lutar para fortalecer a atuação do SJSP no Interior e Litoral, sim! Dividir e enfraquecer a categoria por meio da criação de sindicatos de base local ou regional, não!”.
Segundo o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto), a ideia de fundar um sindicato próprio é tão descabida que a “parte consequente da Chapa 2 emitiu nota condenando a ação”.
A ideia de dividir o Sindicato causou grande indignação junto a categoria. Os divisionistas – dois membros da Chapa 2 e uma ex-diretora do Sindicato, Daniele Jammal, que abandonou à própria sorte a subsede de Rio Preto, convocaram uma assembleia para o último domingo (dia 15), publicando editais em jornais da região, onde apenas oito jornalistas apareceram para votar favoráveis, dois se abstiveram e 1 votou contrário. Mas por força de liminar expedida pelo juiz federal da 3ª Vara do Trabalho de São José do Rio Preto, Marcelo Magalhães Rufino, continua não possuindo valor legal.