Profissionais protestam por falta de pagamento e de condições dignas de trabalho
Jornalistas e trabalhadores administrativos do Diário de S.Paulo entram em greve nesta sexta-feira (13), em protesto devido ao atraso no pagamento de salários e benefícios e por falta de condições dignas de trabalho. A empresa não pagou o 13º e nem o salário de dezembro, que deveria ter sido quitado no último dia 5 de janeiro.
Pela decisão dos trabalhadores, em assembleia realizada na segunda-feira (9), a paralisação deveria começar neste dia 12 (quinta-feira), mas a direção da empresa se recusou a receber na portaria o aviso de greve pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP). Como, legalmente, o a greve deve ser comunicada com 48 horas de antecedência ao jornal, o SJSP encaminhou o documento pelos Correios e o aviso chegou na manhã desta quarta-feira (11) ao Diário.
Durante a paralisação, os profissionais vão trabalhar em esquema de rodízio para manter 30% do efetivo na redação e na área administrativa, mas o percentual pode variar porque a empresa também não pagou o vale transporte de janeiro.
Na redação, além do problema da falta de pagamento, o quadro é de total precariedade porque há até estagiário “PJ”; a água foi cortada e o abastecimento ocorre por caminhão pipa; o telefone também foi cortado e o ar-condicionado está quebrado.
Os atrasos se estendem, ainda, ao pagamento de fornecedores e distribuidores e, com o jornal sem circular, cerca de 2 mil assinaturas foram canceladas nos últimos dias.
Em diálogo com representantes do SJSP durante a assembleia do último dia 9, o gestor do Diário, Mário Sales, afirmou que o jornal aguarda cerca de R$ 1 milhão em pagamento até o dia 15. Porém, o executivo não apresentou qualquer sinal ou compromisso de que o valor será destinado para quitar os débitos devidos aos trabalhadores.
Escrito por: Redação – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
