Votação começou dia 13, no Valor Econômico, e se encerra nesta quarta-feira (19) no Estadão e na sede do Sindicato dos Jornalistas
O plebiscito da Campanha Salarial de Jornais e Revistas da Capital termina nesta quarta-feira (19), prazo final para que os jornalistas possam decidir se aceitam ou não a contraproposta das empresas para a Convenção Coletiva 2017-2018.
Nesta segunda-feira (14), a votação ocorreu na Folha de S.Paulo e prossegue nesta terça-feira (18), nas editoras Abril, Caras e no jornal O Globo. A consulta à categoria se encerra nesta quarta-feira (19), no Estadão.
Durante o período, também tem urna aberta para votação, das 9h às 18h, na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, na Rua Rego Freitas nº 530, sobreloja, na Vila Buarque, centro da capital paulista.
O plebiscito começou na última quinta-feira (13), no Valor Econômico, e na sexta-feira (14) foi a vez dos jornalistas das editoras Globo e Globo Condé Nast decidirem.
Agenda de votação:
17/07 (segunda-feira)
13h às 17h- Folha de S.Paulo
18/07 (terça-feira)
10h30 às 11h – Dedoc Abril
12h às 15h – Caras
14h15 às 18h – Abril
15h30 às 17h – O Globo
19/07 (quarta-feira)
14h às 18h – O Estado de S.Paulo
A proposta dos empresários que está em plebiscito é a seguinte:
1- Reajuste de 3,5% nos salários e de 3,35% (inflação) nos demais itens da pauta econômica, como o auxílio-creche;
2- Correção de 3,82% no piso para jornada diária de 5h, de R$ 2.986,00 para R$ 3.100,00;
3- Vale-refeição: de R$ 11,90 para R$ 12,50 nas empresas com até 20 jornalistas, de R$ R$ 17,80 para R$ 18,50 nas empresas com mais de 20 jornalistas e mudança na faixa salarial para desconto de até 20%, de R$ 5 mil para R$ 5.200,00;
4- Manutenção das cláusulas sociais vigentes na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com a exceção da licença-maternidade para adotante, reformulada para incluir o pai adotante.
Balanço
As negociações da Campanha Salarial de Jornais e Revistas da Capital 2017-2018 começaram no último 30 de maio com os jornalistas reivindicando reajuste para reposição da inflação, acumulada em 3,35% desde a última data base (01/06/2016), e mais 2,5% de aumento real sobre os salários vigentes em janeiro de 2017.
Desde o início, o intuito da categoria foi a luta para recomposição das perdas do ano passado, quando o reajuste, além de parcelado, foi de 8,16% ante uma inflação de 9,82%. Assim como na campanha de 2016, a cantilena da crise foi o mote dos empresários, que recusaram a reivindicação dos jornalistas.
Os patrões também não aceitaram discutir cláusulas sociais, como ampliação das medidas de combate aos assédios moral e sexual nas redações, alegando que as empresas já têm mecanismos internos próprios para tratar do problema.
Após consulta realizada em julho, a categoria deixou claro às empresas que não aceitaria a intransigência patronal com novas perdas econômicas na campanha de 2017 e, nas demais rodadas, a bancada dos trabalhadores seguiu insistindo num percentual de reajuste maior que a reposição da inflação.
Na quinta rodada, no último 6 de julho, os jornalistas reivindicaram 4,93% de reajuste sobre os salários e benefícios, sendo 3,35% da inflação acumulada e outros 1,53% para recompor perdas de 2016.
Após análise da pauta dos trabalhadores, no último dia 11 os empresários apresentaram a contraproposta que está em plebiscito. Caso os jornalistas aceitem a contraproposta das empresas, o acordo será fechado ainda nesta semana ou, se a categoria recusar, as negociações prosseguem na sexta rodada.
Escrito por: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo