O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) repudia o cerceamento à liberdade de imprensa praticada pelo presidente Antônio Delomodarme, do Olímpia Futebol Clube, contra os jornalistas Walter Carucce e João Rodrigues Ferreira, da rádio Espaço Livre AM.
Niquinha, como é mais conhecido, admitiu publicamente na última sexta-feira (13), no jornal Planeta News, da cidade de Olímpia, que não permitirá que os trabalhadores tenham contato com os jogadores, comissão técnica e diretoria, dizendo que eles “só poderão narrar as partidas”, não sendo permitido fazer entrevistas ou cobertura nos vestiários.
A atitude qualificada como “ditatorial” por Walter Carucce, teve início no ano passado, após ele e João Rodrigues criticarem o presidente por interferir na escalação do técnico Claudinei Peixoto. Na ocasião, ele mandou tirar os dois artilheiros do time, João Paulo e Gabriel, da partida contra o Grêmio Prudente. No jogo seguinte, os dois jornalistas foram impedidos de trabalhar, se limitando a narrar os jogos.
O Sindicato dos Jornalistas espera que o presidente do Olímpia F.C. reveja sua posição autoritária e permita o livre exercício da profissão, deixando de realizar o indesejável cerceamento da liberdade de imprensa, que prejudica não apenas a qualidade das informações transmitidas aos ouvintes, como a cobertura dos jogos do próprio time do Olímpia F.C.
Legenda: presidente do Olímpia Futebol Clube, Niquinha
Foto: Reprodução
SJSP protesta contra hostilidade a repórteres no ato do dia 15
O editor do site Carta Capital, José Antonio Lima e o cinegrafista Igor Boy, foram hostilizados durante as manifestações realizadas no domingo (15) na avenida Paulista contra o governo da presidenta eleita Dilma Rousseff.
Segundo José Antonio, eles solicitaram acesso ao carro de som do chamado Movimento Brasil Livre (MBL) que estava estacionado na frente do Masp. A recepção foi amistosa até que um dos líderes, Tom Martins, começou ao microfone incitar as dezenas de milhares de pessoas contra os jornalistas de Carta Capital, considerando-os como uma imprensa favorável ao PT.
Gritos de “sujos”, “corruptos”, “mentirosos”, entre outros, passaram partiam de uma multidão ensandecida, que impediu a saída da equipe mesmo diante da tentativa de “escolta” montada pelo MBL.
Para José Antonio, o jornalista, por trabalhar em uma publicação com candidato declarado, é tratado como comprado ou cooptado e, portanto, ilegítimo. “Em um estágio mais grave, o “petista” é desumanizado, transformado em inimigo, passível de ser hostilizado e empurrado enquanto trabalha. Deve ser jogado aos leões em uma situação que, sem ajuda, poderia ter um desfecho bem mais grave”.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) repudia qualquer atitude de intimidação e hostilização a profissionais de comunicação, por se tratar de inaceitável cerceamento da liberdade de imprensa, inconcebível no regime democrático de direito.