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SJSP repudia agressão da Tropa de Choque à repórter de O Globo

SJSP repudia agressão da Tropa de Choque à repórter de O Globo


liberdade

 

 

A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) repudia as agressões sofridas pela jornalista de O Globo, Tatiana Farah, em mais um episódio em que profissionais de imprensa são agredidos por Policiais Militares, cuja função principal é assegurar a segurança do cidadão. Os dirigentes irão analisar as medidas a serem tomadas, mas já reconhecem a necessidade de procurar autoridades que estejam acima do secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, que tem desconsiderado os pedidos de proteção aos jornalistas efetuadas pelo SJSP.

Tatiana foi atingida intencionalmente por disparos de balas de borracha e por golpes de cassetete tiros disparados por policiais da Tropa de Choque da PM, durante manifestação ocorrida no último sábado (19) próximo ao Instituto Royal, na cidade de São Roque, interior paulista. Durante o conflito, três carros foram incendiados (dois da TV TEM, afiliada da Rede Globo) e outro (da Rede Bandeirantes).

“Vou tentando engolir essa humilhação e essa dor”, desabafa Tatiana.  “Essa é a parte mais difícil. A violência nessas manifestações está ganhando um contorno absurdo. Liberada pelo Estado, a polícia voltou a usar balas de borracha. Eu e um fotógrafo que não conheço erguemos os braços, estávamos na lateral da operação de varredura da Tropa de Choque no meio da rodovia Raposo Tavares. Eu gritava que era imprensa, que estava trabalhando. O PM mirou na minha cara, como um alvo. A primeira bala passou raspando sobre a minha cabeça. Deixou um vergão no couro cabeludo e um rastro de medo de tudo o que poderia ter acontecido. A outra bala passou no meu braço e acertou as costelas. Deixou escoriações e edemas”.

E continuou: “Eu tenho mais de 20 anos de jornalismo. Cubro política, nacional, direitos humanos. Sou repórter. Só sei isso na vida: ver, observar, ouvir, escrever, tentar compreender o que vejo, tentar mostrar o que vejo. Não tenho o couro mais fino nem mais grosso do que ninguém que saiu dali apanhado, machucado e humilhado, seja a pessoa repórter, manifestante, passante. Mas quero dizer que são tempos tristes”.

Bastante abalada com o episódio, Tatiana não se conforma que a PM ainda utilize balas de borracha para reprimir manifestações. “É inaceitável que a PM utilize equipamento tão lesivo contra os manifestantes”, diz.

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