O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) esteve presente no ato “Basta de Genocídio na Palestina: Lula, rompa com Israel!”, realizado no último domingo (15/6) e iniciado na Praça Roosevelt, no centro da capital paulista. A manifestação reuniu milhares de pessoas e é considerada a maior já promovida no Brasil em defesa da Palestina e contra o genocídio cometido por Israel em Gaza.
Convocado pela Frente Palestina de São Paulo, pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e por diversas outras entidades, o ato integrou a “Marcha Global por Gaza”, uma mobilização internacional por um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, em repúdio aos ataques e assassinatos de civis praticados por Israel (inclusive na Cisjordânia) e à catástrofe humanitária em curso no território palestino.
Com palavras de ordem, bandeiras e faixas cobrando o fim dos bombardeios e o rompimento das relações diplomáticas e comerciais entre Brasil e Israel, a manifestação contou com a participação de movimentos sociais, sindicatos, parlamentares, artistas, militantes da causa palestina e representantes da comunidade árabe. O SJSP participou do protesto em unidade com a Apeoesp e outras entidades do movimento sindical — e reafirmou seu compromisso com os direitos humanos, a liberdade de imprensa e a autodeterminação dos povos.
Durante o ato, diversos discursos destacaram o papel dos jornalistas palestinos, que, mesmo sob risco de morte, continuam registrando e denunciando os horrores do conflito. Até o momento, “Israel assassinou, deliberadamente e de modo covarde, 225 jornalistas palestinos(as), bem como cerca de dez jornalistas do Líbano e da Síria”, denuncia Pedro Estevam da Rocha Pomar, secretário de Formação Sindical e Profissional do SJSP e integrante do GT Palestina.
Na avaliação de Thiago Tanji, presidente do SJSP, o ato de domingo contou com a participação ativa de muitos diretores e diretoras do Sindicato, o que fortalece a necessária denúncia e maior visibilidade das atrocidades cotidianamente praticadas em Gaza — e também em outros pontos da região — pelas forças armadas de Israel, que incluem a execução de jornalistas palestinos e de outros países do Oriente Médio.
“Não podemos nos calar diante do genocídio do povo palestino, dos crimes diários cometidos na Faixa de Gaza e em outros territórios do Oriente Médio. E, especialmente, diante dos ataques sistemáticos contra jornalistas. Infelizmente, estamos vendo um número sem precedentes de profissionais da imprensa sendo assassinados por Israel. Diante dessa realidade, não basta denunciar, é nosso dever participar ativamente de atos e mobilizações em solidariedade ao povo palestino”, defende Tanji.
Após a concentração na Praça Roosevelt, os manifestantes subiram em passeata pela Rua da Consolação até a altura da Avenida Paulista, quando passaram à Dr. Arnaldo e de lá seguiram até a Praça Charles Miller, no Pacaembu. Além do apelo por cessar-fogo, os manifestantes exigiram a abertura de corredores humanitários, o fim do bloqueio à Faixa de Gaza e apoio à caravana internacional que tenta levar ajuda emergencial ao território palestino pela passagem de Rafah, no Egito.
No entender de Pomar, a manifestação de 15 de junho foi “empolgante” e representou um salto de qualidade na contribuição de brasileiras e brasileiros à luta internacional contra os crimes de guerra perpetrados por Israel contra o povo palestino.
“Espero que daqui para a frente o Brasil decididamente se junte aos esforços de milhões de pessoas, no mundo todo, contra a continuidade dos horrores cometidos pelas forças armadas israelenses não só em Gaza, mas também na Cisjordânia, em Jerusalém, no Líbano, na Síria e no Irã. Precisamos que o governo Lula rompa imediatamente relações diplomáticas e comerciais com o estado colonial, delinquente e terrorista de Israel”, finaliza Pomar.








