Com plateia lotada, foi realizada na última quinta-feira (26) uma homenagem ao professor Eduardo de Oliveira ,organizada pelo Sindicato dos Escritores e o Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB). O evento aconteceu na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e contou com o apoio da Cojira (Comissão dos Jornalistas pela Igualdade Racial), órgão ligado ao Sindicato dos Jornalistas.
A mesa foi presidida por Nilson Araujo, presidente do Sindicato dos Escritores e Ubiraci Dantas, presidente do CNAB. Durante o evento, foi exibido vídeo contando a trajetória das lutas e conquistas do homenageado contra o racismo, sempre ao som do “Hino à Negritude”, de autoria do professor Eduardo, recentemente reconhecido oficialmente como hino oficial.
O SJSP esteve representado pelos seus diretores, o presidente José Augusto Camargo (Guto) e José Eduardo de Souza (Conselho de Diretores). O professor e dirigente sindical José Francisco Ferreira, filho de Eduardo de Oliveira, se declarou honrado com a homenagem a seu pai. Já o professor Carlos Lopes, da redação do jornal Hora do Povo, falou sobre a importância da obra literária de professor.
Já Raquel Trindade, intelectual e filha do poeta Solano Trindade, lembrou da amizade entre os dois e Rosani Abu Adal, poeta e diretora do Sindicato dos Escritores, recitou um poema do homenageado. Entre os convidados ilustres teve destaque a presença do jornalista Audálio Dantas, ex-presidente do SJSP.
Quem foi Eduardo de Oliveira
Escritor e poeta, Eduardo de Oliveira compôs aos 16 anos o Hino à Negritude, recentemente sancionado pela presidência da República como hino oficial em todo o território nacional. Foi o primeiro vereador negro na capital paulista e fundador, em 1995, do CNAB, tendo publicado, desde 1958, nove livros de poemas. Em 1998, lançou a enciclopédia “Quem é Quem na Negritude Brasileira”, um trabalho de pesquisa que retrata personalidades negras de destaque nas diversas áreas da sociedade. Era Membro honorário do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) e faleceu em 2012 aos 86 anos.
Da redação, com informações de Flávio Carrança (Cojira)
