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SJSP participa de debate pela proibição do uso de bala de borracha pela PM

SJSP participa de debate pela proibição do uso de bala de borracha pela PM


debate bala de borracha

  

Na última terça-feira (09), a Assembleia Legislativa de São Paulo realizou o debate “O uso de bala de borracha em manifestações populares”, com o intuito de discutir os graves ferimentos sofridos por cidadãos, inclusive jornalistas, em manifestações públicas. O objetivo é proibir o uso do artefato pela Polícia Militar.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo esteve presente no debate representado pelo presidente da entidade, José Augusto Camargo (Guto), simbolizando a postura do Sindicato em defesa dos jornalistas vitimados por balas de borracha e o repúdio ao uso do equipamento pela PM, que já causou vários ferimentos aos trabalhadores da imprensa, inclusive com a perda da visão. 

No dia 03 de dezembro, o SJSP afixou uma faixa na sede da entidade com os dizeres “Governador Alckmin. Basta de violência da PM contra jornalistas”, exigindo uma rigorosa investigação e punição dos agentes envolvidos nos episódios contra os jornalistas, que permanecerá estendida até as questões sejam devidamente esclarecidas.

O projeto de lei que proíbe o uso deste tipo de munição, de autoria da Bancada do PT, foi aprovado em plenário no último dia 3 de dezembro. Agora, movimentos sociais, sindicatos, Defensoria Pública e alguns parlamentares, inclusive da base do governo, se mobilizam para que o governador Geraldo Alckmin sancione o projeto.

Coordenando os trabalhos, o deputado Professor Tito contou sobre o esforço da Bancada do PT para conseguir a aprovação do projeto. Também apresentou um vídeo que mostrava o governador negando o uso daquele tipo de munição, enquanto as imagens mostravam as pessoas feridas, numa evidente contradição entre imagem e discurso.

O líder da Bancada do PT, deputado João Paulo Rillo, disse durante o evento que já pediu uma audiência com Alckmin, juntamente com representantes das entidades que apoiam o projeto. “Queremos dar início a uma agenda de discussão. Queremos estimular a livre participação nas ruas e na Assembleia”, afirmou Rillo, lembrando das manifestações de junho, quando várias pessoas foram gravemente feridas por balas de borracha disparadas por policiais militares.

O deputado Luiz Claudio Marcolino lembrou do episódio em que manifestantes que pediam a instalação da CPI da Corrupção Tucana, para apurar o pagamento de propina em licitações do Metrô e da CPTM, foram impedidos de entrar no plenário da Assembleia. Policiais militares dispararam balas de borracha e diversas pessoas ficaram feridas. “Todos os movimentos sociais vão ganhar com a aprovação desse projeto”, afirmou Marcolino.

Segundo Sergio Silva, repórter fotográfico atingido no olho em junho de 2013, a bala de borracha já causou mortes fora do Brasil. Para Sergio, o uso da bala “é um instrumento de tortura moderno da PM”.

O representante da Defensoria Pública de São Paulo, Rafael Português, falou que a aprovação da lei pode ser um caminho para a população paulista sentir orgulho de seus policiais. “O governador tem a oportunidade de dar a São Paulo uma polícia ainda mais profissional”, disse.

Na audiência pública estavam presentes representantes do Minha Sampa, do Conectas, dos Advogados Ativistas, do Artigo 19 e da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado de São Paulo (ARFOC-SP), entre outros.

 

Da Redação com informação do PT ALESP

Foto da Liderança do PT na ALESP

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