Na Feira de Artes da Praça Benedito Calixto – Pinheiros – SP – Dia 31 de maio, sábado
- A partir das 11h00, na sede Associação Amigos da Praça (Praça Benedito Calixto, 112), o público poderá conferir uma exposição de 22 banners com reproduções com tirinhas e charges do cartunista Henfil que foi apresentada em fevereiro na sede do Museu da República no Rio de Janeiro.
- Às 14h00 no Espaço Plínio Marcos, (tenda na Feira de Artes da Praça Benedito Calixto), haverá o relançamento da Coleção Fradim e do livro “Sapo Ivan”. Também vai rolar uma roda de conversa sobre a vida e a obra de Henfil, com a presença de Ivan Consenza, filho do cartunista, da jornalista Rose Nogueira, que foi amiga do cartunista e editora do quadro “TV Homem” no programa “TV Mulher” na década de 1980, além de Mateus Prado, idealizador do projeto de relançamento da Coleção Fradim. O cartunista Junior Lopes irá realizar caricaturas ao vivo, a interprete Érica Mello apresentará músicas relacionadas ao Henfil, como o hino da Anistia “O Bêbado e a Equilibrista”, veja um momento dela: http://www.youtube.com/watch?v=Je1RB_w4ibo.
- As revistas da Coleção Fradim estarão disponíveis para venda durante o evento. São 31 revistas que foram relançadas este ano como parte da comemoração dos 70 anos do cartunista. Todas foram publicadas originalmente pelo Henfil ao longo da década de 1970, com coletâneas de historinhas dos fradins, Cumprido e Baixim, da Graúna junto com a Turma da Caatinga.
Local: Feira de Artes da Praça Benedito Calixto, Pinheiros – SP
Informações: Edson Lima – 3739 0208 / 95030 5577 – oanp@uol.com.br.
Na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo – De 2 a 27 de junho.
- Dia 2 de junho, segunda-feira, as 19h30 – abertura da exposição de 22 banners com tirinhas e charges do cartunista Henfil que foi montada em fevereiro no Museu da República no Rio de Janeiro, permanecerá no Sindicato até 27 de Junho. Na ocasião haverá uma mesa de bate papo com Ivan Consenza (Filho de Henfil), Rose Nogueira (jornalista e amiga do cartunista), José Augusto de Oliveira Camargo, “Guto” (presidente do Sindicato dos Jornalistas) e Mateus Prado (presidente de Honra do Henfil – Educação e Sustentabilidade – Cursinho Henfil).
- As revistas da Coleção Fradim estarão disponíveis para venda durante o evento. São 31 revistas que foram relançadas este ano como parte da comemoração dos 70 anos do cartunista. Todas foram publicadas originalmente pelo Henfil ao longo da década de 1970, com coletâneas de historinhas dos fradins Cumprido e Baixim e da Graúna junto com a Turma da Caatinga. Junto com a exposição haverá uma mostra de charges e textos do Henfil que fazem parte do acervo do Sindicatos dos Jornalistas.
- Dia 5 de junho, quinta-feira, as 19h30 – Mesa de bate papo sobre o cartunista Henfil e sua arte, com a presença de seu amigos e cartunistas JAL (presidente da ACB – Associação dos Cartunistas do Brasil), Claudio Oliveira (lançado por Henfil), José Luis Ohi e Paulo Caruso.
- Dia 6 de junho, sexta-feira, exibição dos filmes:
18h30 – Henfil – Profissão Cartunista, direção de Marisa Furtado de Oliveira
19h30 – Tanga – Deu no New York Times, escrito, roteirizado e dirigido por Henfil
(Informações sobre os filmes abaixo)
Local: Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo – Rua Rego Freitas, 530 – Sobreloja. Informações: Tel. (11) 3217 6294 e (www.sjsp.org.br).
Sobre Henfil – Pseudônimo de Henrique de Souza Filho. Nasceu em 5 de fevereiro de 1944, Bocaiúva (MG), falecendo em 4 de janeiro de 1988, no Rio de Janeiro, aos 43 anos. Começou trabalhando na revista Alterosa, depois foi para o Diário de Minas. Mudou-se para São Paulo, que satirizava como “sul maravilha” a região sudeste. Foi colaborador de O Pasquim (1969). Em 1970 lançou a revista Os Fradinhos, seus personagens mais famosos e que possuem sua marca registrada: um desenho humorístico, crítico e satírico, com personagens tipicamente brasileiros e que retratavam a situação nacional da época. Sua importância na História em Quadrinhos no Brasil se deve à renovação que trouxe ao desenho humorístico nacional. Henfil se destacou principalmente na produção de tirinhas, cartoons e charges com temáticas políticas e sociais, especialmente na edição das revistas dos “Fradins”, mostrando que era possível contar boas histórias com traços simples, transformando as mazelas da sociedade em piadas críticas e libertárias. Criou tipos com seu traço característico: Zeferino, Bode Orellana, os Fradins, Orelhão, Urubu, Pó de Arroz, Bacalhau, Ubaldo o Paranóico. Porém, a Graúna foi seu maior sucesso de público. Henfil atuou, ainda, em teatro, cinema, televisão e literatura, tendo sido marcante sua atuação nos movimentos políticos e sociais do Brasil. Trabalhou com várias mídias, escreveu para o teatro, escreveu e dirigiu o filme “Tanga – Deu no New York Times”, produziu quadros na TV, escreveu livros. Tentou trabalhar nos Estados Unidos, mas seu estilo agressivo não agradou, uma vez que seu trabalho talvez fosse mais voltado para as revistas underground do que para os leitores de jornais, de conservadoras famílias americanas. Voltou para o Brasil e escreveu mais um livro. Hemofílico, foi vítima da incompetência dos governantes que levaram a saúde ao caos: numa transfusão de sangue, em um hospital público, contraiu o vírus da Aids e faleceu em decorrência da doença no auge da sua carreira, quando conquistou espaço nos principais jornais do País, no final da ditadura que tanto combateu.
FILMES – sinopses
Tanga – Deu no New York Times, Filme de Henfil – (90 min.) Direção: Henfil. Com Henfil, Rubens Corrêa, Elke Maravilha, Flávio Migliaccio – Mais do que o canto do cisne de um artista talentoso, este primeiro e único filme do cartunista Henfil revela-se como uma espécie de testamento – às vezes tingido por sombrias cores premonitórias. Tudo do melhor Henfil está lá. Ecos do Fradim; de Ubaldo, o Paranóico, e muita da agilidade e das cusparadas no pundonor que caracterizavam seus desenhos. Do humor que não respeita ninguém, nem ele mesmo escapa: um personagem de chama Aids. A Aids não só matou Henfil como acaba de levar seu irmão Chico Mário, Tanga é um país fictício, governado por um ditador onde tudo depende das manchetes do New York Times. Henfil, na pele de Kubanim, o sobrinho do ditador, acaba fraudando as manchetes do único exemplar do jornal que é enviado para Tanga e promove um verdadeiro pandemônio revolucionário. A esquerda, lá, continua a se digladiar e a direita, a inventar atentados etc. etc. Mas o que acontece com o filme de Henfil – rigorosamente planejado com calhamaços de story-boards e revelando um cuidado incomum com as imagens para um cineasta de primeira viagem – é que, por incrível que pareça, não tem a menor graça. Por que nada nela dá certo, já que é um Henfil legitimo que se projeta nas suas imagens estudadas? Carlos Volpato, texto do site da revista SET. Prêmios do filme: Melhor trilha Sonora no III Rio Cine Festival 1987 – Wagner Tiso e Melhor Música Original, no III Rio Cine Festival de 1987.
Cartas da Mãe, de Fernando Kinas e Marina Willer (28 min)– O filme é uma crônica sobre o Brasil dos últimos 30 anos contada através das cartas que o cartunista Henfil (1944-1988) escreveu para sua mãe, Dona Maria. Estas cartas, publicadas em livros e jornais, são lidas pelo ator e diretor Antônio Abujamra, enquanto desfilam imagens do Brasil contemporâneo. Política, cultura, amigos e amor são alguns dos temas que elas evocam, criando um diálogo entre o passado recente do Brasil e sua situação atual. Artistas, políticos e amigos de Henfil, entre eles o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o escritor Luis Fernando Veríssimo, os cartunistas Angeli e Laerte e o jornalista Zuenir Ventura, falam sobre a trajetória do cartunista, dos anos da ditadura militar até sua morte. Animações inéditas dos cartuns complementam o documentário.
Henfil – Profissão Cartunista, direção de Marisa Furtado de Oliveira (57 min) – Realizado pela produtora Scriptorium Films em parceria com a STV – Rede Sesc-Senac de Televisão, com direção de Marisa Furtado de Oliveira, o programa registra a obra deste cartunista que tão bem traduziu para a arte dos quadrinhos um momento político importante na história do país. O filme traz a sua carreira desde 1964, relembra seu trabalho em O Pasquim e no Jornal do Brasil, examina seus livros, seu filme: “Tanga: deu no New York Times”, somando-se às imagens dos programas de TV que participou na TVE e na Rede Globo. O trio fenomenal: a Graúna, Zeferino e Bode Orelana, presenças teimosas diárias. O Urubu; o Ubaldo, o paranóico; o Orelhão, entre tantos outros “velhos amigos” que são resgatados em imagens animadas no documentário. O documentário apresenta entrevistas com Roberto Drummond; Ziraldo; Jaguar; Ique; Zuenir Ventura; Zico; Ivan Consenza de Souza; Miguel Paiva; Laerte e Claudius.
Realização: O Autor na Praça, Instituto Henfil, Henfil – Educação e Sustentabilidade (Cursinho Henfil), Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, Edson Lima & AAPBC. Apoio: ACB – Associação dos Cartunistas do Brasil, Max Design, Enlace-Media, Restaurante Consulado Mineiro e O Cantinho Português (Barraca de comida portuguesa na Feira da Benedito Calixto).