A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) que participa na noite desta terça-feira, dia 22 de outubro, da cerimônia de entrega do 35º Prêmio Vladimir Herzog, fará uma justa homenagem ao jornalista Raimundo Pereira, referência de resistência na luta contra ditadura.
Serão premiadas nove categorias: Artes / Fotografia / Jornais / Rádio / Revista / Internet / TV – Documentário / TV – Jornalismo e Tema Especial. A solenidade ocorrerá no Auditório Simon Bolívar, às 19h3, no Memorial da América Latina.
O Prêmio foi instituído em 1978 pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, Comitê Brasileiro de Anistia, Comissão Executiva Nacional dos Movimentos de Anistia, Federação Nacional dos Jornalistas, Associação Brasileira de Imprensa/Seção São Paulo, Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil/Seção de São Paulo, Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo e Família Herzog.
Desde a sua primeira edição (1979), reverencia a memória do jornalista Vladimir Herzog, preso pela ditadura militar, torturado e morto nas dependências do DOICodi, em São Paulo, no dia 25 de outubro de 1975, reconhecendo o trabalho de jornalistas que colaboram na defesa e promoção da Democracia, da Cidadania e dos Direitos Humanos e Sociais.
Trajetória de Raimundo Rodrigues Pereira
Pernambuco, nascido em Exu se destacou na imprensa alternativa brasileira pela sua militância política contra a ditadura. Ainda quando estava no movimento estudantil foi preso e torturado pelos militares.
Entretanto o jornalista destacou-se na profissão, sendo hoje reconhecido como um grande nome da imprensa nacional, principalmente devido à sua intensa atuação nos semanários Opinião (1972-1977) e Movimento (1975-1981), dois dos principais periódicos populares políticos, que nasceram para combater a ditadura militar.
Atualmente pela Carta Capital, em parceria com a Editora Manifesto, Raimundo coordena outro importante projeto: a série Retrato do Brasil e Carta Capital.