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Sindicato rejeita precarização e exige o retorno das redações do Bom Dia

Sindicato rejeita precarização e exige o retorno das redações do Bom Dia


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O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) rejeita a precarização do trabalho imposta aos colegas do jornal Bom Dia e, em mais uma reunião de negociação que será realizada nesta quarta-feira (06), exigirá o retorno imediato do trabalho profissional em todas as redações do Bom Dia, que foram desmontadas após o periódico ser vendido para a empresa Cereja Comunicação Digital.

A adoção pela empresa do sistema de trabalho conhecido como “homework” representa a mais nova forma de precarização do trabalho, visto que, desde o dia 10 de outubro, os jornalistas de Bauru, ABC, Jundiaí, São José do Rio Preto e Sorocaba foram obrigados a trabalhar em casa sem estrutura adequada, sem contrato formalizado, sem ressarcimento dos custos para a produção jornalística e com salário reduzido.

“O que a empresa vende como sendo a nova forma de se fazer jornal é na realidade o aprofundamento sem precedentes da precarização do trabalho jornalístico. A exploração do trabalhador com o menor custo para a empresa. Um absurdo que nós não aceitamos e que utilizaremos de todos os recursos necessários para garantir que o jornalista não seja ainda mais prejudicado”, afirma o secretário do Interior e Litoral, Edvaldo Almeida (Ed).

 

Mesa redonda

No dia 31 de outubro, a direção do SJSP se reuniu com representantes da Cereja Comunicação Digital em mesa redonda realizada na Delegacia Regional do Ministério do Trabalho e Emprego de Osasco. O objetivo da mesa redonda foi criar um canal de negociação com a empresa, já que a mesma estava dificultando o diálogo com o SJSP.

Na ocasião, o SJSP deixou claro que não aceita o “homework”, principalmente com uma realidade de baixa remuneração, excesso de trabalho e acúmulo de funções. Denunciou também todos os problemas que ocorrem nas diversas praças do Bom Dia e no Diário de SP, como a não formalização dos contratos de trabalho, a contratação de PJs, a redução da jornada de trabalho de 5h para 7h com exigência da mesma produtividade para garantir a publicação final, a falta de mecanismos de controle da jornada de trabalho, o excesso diário de horas trabalhadas, o aumento da prática de assédio moral e de pressão das chefias, entre outros graves problemas e ilegalidades.

Como o advogado Rubens Camargo, que representou a Cereja Comunicação Digital na mesa redonda, disse não poder resolver de imediato as questões expostas pelo Sindicato, uma nova reunião foi agendada para o esta quarta-feira, na sede do Sindicato.

“Ficou claro na mesa redonda que o novo grupo controlador dos jornais Diário de SP e Bom Dia tem uma visão, no mínimo, equivocada do mercado do jornalismo impresso e tenta implantar um novo modelo de negócio que prejudica sobremaneira os trabalhadores. Isso significa que a unidade de todos os jornalistas junto ao Sindicato é fundamental para pressionar a empresa e impedir que esse modo de trabalho extremamente precarizado avance e se torne uma realidade em nosso Estado”, diz a secretária adjunta do Interior e Litoral, Fabiana Caramez.

O SJSP está em permanente contato com os jornalistas do Bom Dia em todo o interior para fortalecer a mobilização com o objetivo de impedir o avanço dessa aventura administrativa e pressionar soluções imediatas para os problemas criados pela empresa que aprofundam a precarização do trabalho e geram um clima de intranquilidade para a categoria. “A Cereja deixou os jornalistas num verdadeiro vácuo jurídico. Eles não têm contrato de trabalho, mas estão trabalhando. Além do retorno das redações, nós exigimos que todos sejam recontratados dentro da lei trabalhista, com carga horária, salário e condições de trabalho adequados”, afirma o presidente do SJSP, José Augusto Camargo (Gut o), que também esteve na mesa redonda.

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