A última quarta-feira, dia 18 de janeiro, foi marcada por mais de 40 demissões no Diário de São Paulo. Entre os profissionais dispensados sobre a alegação de “prejuízos mensais” estão repórteres, editores, fotógrafos e as áreas comercial e administrativa.
Só na redação, cerca de 18 pessoas foram demitidas. Os nomes ainda não foram divulgados. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo já entrou em contato como direção do jornal para pedir explicações sobre as demissões e agendou reunião para próxima semana em busca de uma solução para o caso. Caso as demissões anunciados se configurem o Sindicato solicitará que as homologações sejam realizadas na sede da entidade em São Paulo. Como não existe representação do Sindicato no município a empresa pode querer homologar na DRT local. Desta forma,o SJSP terá como garantir que todos direitos trabalhistas sejam cumpridos.
A notícia de demissões pegou os trabalhadores de surpresa pois no mesmo dia, eles receberam um comunicado interno que falava sobre um novo plano para aumento de lucratividade …“A Rede Bom Dia tem muito orgulho de seu quadro de colaboradores e tem certeza que o novo plano obterá êxito. O momento favorável do Diário de S. Paulo (crescimento de 15% em circulação em 2011) e dos jornais do Bom Dia (liderança em venda avulsa em Sorocaba e em Rio Preto) sinalizam que o projeto tem todas as condições de ter sucesso”…, dizia o comunicado.
“Se prestarmos atenção ao comunicado as demissões não são citadas e sim mudanças administrativas que visam em logo prazo aumentar a lucratividade da empresa. Os cortes não seguiram critérios de “acertos financeiros”, pois lucro existe. Esta é mais uma manobra das empresas de comunicação que descartam profissionais em troca de lucro e esquecem da qualidade jornalística de seus veículos, disse o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto).
