O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) protesta contra a forma antissindical e autoritária com que a Rádio Jovem Pan tratou as negociações que envolviam o correto enquadramento de oito jornalistas que trabalhavam na Redação On Line. Eles haviam sido contratados como pesquisadores de internet, mas faziam trabalho jornalístico veiculado na emissora e publicado também no site da empresa.
Desde março, o Sindicato negociava para que a Jovem Pan os contratasse ganhando ao menos o piso salarial da categoria. Os jornalistas são diplomados em jornalismo, mas recebiam bem abaixo do piso: R$ 1.430,00 para uma jornada de 8 horas, enquanto o piso de Rádio e TV da Capital é de R$ 2.100,00 para jornada de 5 horas de trabalho e R$ 3.675,00 para 7 horas.
Os oito jornalistas estavam divididos em duas turmas, cumprindo jornadas de trabalho das 7h às 15h e das 14h às 22h. Nos finais de semana, trabalhavam em escala de 1 x 1, ou seja, folgavam um e trabalhavam um.
Passados quase dois meses da reunião, realizada na sede da emissora em 8 de março, a Jovem Pan decidiu resolver o problema da pior maneira possível: demitiu 5 dos 8 trabalhadores e vai registrar como jornalista apenas 3 deles.
O Sindicato repudia a decisão e exige que os contratados tenham seus vencimentos atualizados de forma retroativa, ou seja, recebam as diferenças salariais referentes à data da contratação (eles serão reajustados ainda ao final da Campanha Salarial de Rádio e TV, que está indo a dissídio).
Também convida os demais profissionais demitidos a procurarem o Departamento Jurídico do Sindicato para ajuizarem ação contra a Jovem Pan exigindo o enquadramento correto e as diferenças salariais inerentes à função que exerciam sem a devida remuneração, já que são jornalistas profissiona is diplomados exercendo funções jornalísticas na empresa.