Lílian Parise (1ª direita) e dirigentes no Dia Internacional da Mulher
Mulheres da cidade e do campo, junto com homens solidários à luta por igualdade de oportunidades e direitos, caminharam pelas ruas de São Paulo na última quinta-feira (08), Dia Internacional da Mulher. Foram mais de cinco mil pessoas – entre dirigentes, lideranças sindicais, militantes e feministas – que protestaram para reivindicar o combate à discriminação no trabalho, a equiparação de direitos e a instalação de mais delegacias especializadas no atendimento à mulher.
Em pronunciamento na Praça da Sé, Rosane Silva, secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, destacou que o ato também foi uma oportunidade para cobrar democracia, liberdade e autonomia sindical. “A CUT realizará um plebiscito entre as entidades cutistas para ouvir os trabalhadores sobre o fim do imposto sindical e sua substituição por uma contribuição negocial definida democraticamente em assembléia das categorias”, afirmou.
Combate à desigualdade e à violência
Já a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-SP, Sônia Auxiliadora destacou o papel do Estado no combate à desigualdade. “Políticas públicas que promovam a equiparação de direitos é a nossa principal reivindicação. Para isso é preciso investir em creches e habitação”, disse.
A cantora e deputada estadual pelo PCdoB, Leci Brandão, abordou a necessidade de combater a violência contra as mulheres e destacou que a Lei Maria da Penha – criada no governo do ex-presidente Lula – é um importante avanço. “Já no nosso Estado, onde estão as delegacias especializadas para atendimento às mulheres vítimas da violência, principalmente na cidade de São Paulo?”, questionou.
Aliás, durante a manifestação, não faltaram vaias ao governo paulista, especialmente pela atitude truculenta que expulsou cerca de 1.500 famílias do Bairro Pinheirinho em São José dos Campos, no começo do ano, quando mulheres e crianças foram agredidas e obrigadas a sair de suas casas.
Luta também é pela democratização da comunicação
Lílian Parise, secretária do Interior e Litoral, Cândida Vieira, coordenadora do Coletivo de Mulheres Jornalistas e Evany Sessa, secretária de Relações Sindicais e Sociais, representaram o SJSP na caminhada. “Nossa luta é por um mundo melhor e possível, com mulheres e homens convivendo com igualdade de direitos no trabalho e na vida. As mulheres são maioria na nossa categoria, mas continuam com salários menores e sofrendo ainda muita discriminação, inclusive racial”, afirma Lílian, também dirigente da CUT-SP.
“Uma luta que passa também pela conquista da democratização dos meios de comunicação, com controle social, para garantir que a imagem da mulher – assim como o enfoque dos movimentos sindical e social – não seja mais desrespeitada, estereotipada, deturpada, violentada e caluniada em pautas, notícias ou propagandas publicadas ou veiculadas pelos barões da velha mídia”, alerta a dirigente do SJSP.
Também participaram do ato o presidente nacional da CUT, Artur Henrique, o secretário de Relações Internacionais, João Felício e Nalu Farias, pela Marcha Mundial de Mulheres, além de dirigentes de vários ramos e sindicatos cutistas.
Foto: Roberto Parizotti/CUT
Campinas
Em Campinas as diretoras do SJSP Márcia Quintanilha (na foto à direita) e Edna Madallozzo (na foto à esquerda)participaram do ato e da marcha do Dia Internacional de Luta das Mulheres.