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Sindicato organiza ato durante julgamento do torturador Ustra

Sindicato organiza ato durante julgamento do torturador Ustra


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Foto André Freire: Guto no debate aberto com a população.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, que integra o Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça, foi um dos organizadores da manifestação realizada na tarde desta terça-feira (dia 14), em frente ao Tribunal de Justiça de São Paulo, pela manutenção da condenação do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra pelo crime de tortura. Ele recorreu da decisão que foi ratificada hoje por três votos a zero.

Brilhante Ustra chefiou o centro repressivo do Exército, o DOI-Codi, no período da ditadura militar e havia sido condenado em primeira instância pela tortura de três integrantes da família Teles: Maria Amélia de Almeida Teles, César Augusto Teles, Criméia Schmidt de Almeida, Janaína Teles e Edson Luís Teles durante o período em que estiveram detidos, no começo dos anos 1970.

Durante o julgamento, os manifestantes realizaram um debate público defendendo a manutenção da condenação de Ustra. Um dos debatedores, o presidente do Sindicato, José Augusto Camargo (Guto), lembrou a morte do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, morto em 1971, nas dependências do DOI-Codi que era então chefiado pelo coronel, o que intensificou as campanhas da entidade em favor da democracia e na defesa dos Direitos Humanos e da criação da Comissão da Verdade e Justiça.

“Este não é um ato de familiares e amigos. É um ato em defesa da democracia e de esclarecimento de todo o povo brasileiro do que foi a ditadura militar. O coronel Brilhante Ustra, é sem dúvida, um dos principais representantes daquele período que manchou a história do país”.

Para Guto, o julgamento de Brilhante Ustra, do ponto de vista histórico, é muito mais importante para o país do que o do chamado “mensalão”, que tem ganho ampla divulgação da imprensa. “Este tem a ver com todos os direitos do cidadão. O direito das Minorias, das Cotas, da proteção dos Idosos e dos Adolescentes. Tem a ver com a liberdade individual e coletiva. Mas não ganha muita importância dos órgãos de imprensa, como fazem com o mensalão”, disse ele.

Além de Guto, o debate público teve a participação da Secretaria Nacional de Políticas Sociais da CUT, representada pela diretora Jandira Uehara, do advogado Aton Fon da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, do advogado Lúcio França, da Comissão de Direitos Humanos OAB-SP, Márcio Sotelo Felippe, do Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça, Osvaldo Bezerra, da coordenação política do Sindicato dos Químicos, Pedro Estevam Serrano, professor de Direito Constitucional da PUC-SP e o deputado estadual Adriano Diogo (PT/SP).

A diretora do Sindicato, Rose Nogueira, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais/SP, a coordenadora da comissão de Ética da entidade, Denise Fon e o ex-presidente do Sindicato, Antonio Carlos Fon também participaram da manifestação, além de populares que estavam no local e utilizaram a palavra. O Sindicato organizou a manifestação em parceria com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Comitê Paulista Pela Memória, Verdade e Justiça, a OAB/SP e teve a participação do Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Químicos, Coletivo Merlino, a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, entre outros.

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